Todo apoio à greve dos metalúrgicos da GM de São José dos Campos!

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No dia 8 de agosto cerca de 500 operários da GM de São José dos Campos receberam em suas casas um telegrama comunicando sua demissão. A empresa já vinha com a política de lay-off e férias coletivas, dando a mesma desculpa de sempre: que é necessário “se adequar ao mercado”. Porém, sabemos que essa não passa de mais uma mentira dos patrões que buscam descarregar a conta da crise econômica nas costas dos trabalhadores para manter suas altas taxas de lucro.

Na segunda, dia 10, centenas de operários reunidos em assembleia mostraram que não vão aceitar calados este ataque e o desrespeito da patronal e deflagraram uma greve por tempo indeterminado, que hoje entra no seu quarto dia. As demissões da GM são parte do ajuste fiscal de Dilma, do Congresso Nacional e dos patrões. O governo petista em nível federal e o tucano em nível estadual, cortam verbas de áreas como saúde, moradia e educação para continuar destinando bilhões de reais ao bolso dos banqueiros. Nesta semana, Dilma junto com o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB) apresentou um novo pacote de ajuste fiscal, chamado de “Agenda Brasil”, que prevê aumento das terceirizações, entre outros ataques. Ou seja, o corrupto congresso nacional e um governo que é odiado pela maioria da população estão unidos para promover um brutal ataque aos nossos direitos, como é o Programa de Proteção aos “Empresários”.

Não à toa, nos últimos dias, a FIESP, assim como o jornal O Globo, saíram em defesa da “governabilidade do Planalto” pregando uma unidade para aplicar e endurecer o ajuste fiscal contra os trabalhadores. Não podemos aceitar esses ataques!

É preciso unificar as lutas e construir uma greve geral contra o ajuste fiscal

Diversas lutas percorrem o país. Na indústria as lutas ocorrem de norte a sul do país conseguindo inclusive reverter demissões, como no ABC. No serviço público federal dezenas de categorias de trabalhadores estão em greve contra o arrocho salarial do governo Dilma. Acreditamos que a saída é unificar as categorias em luta para construir uma greve geral no Brasil, para garantir estabilidade no emprego, reajuste automático dos salários toda vez que a inflação aumentar 3%, redução da jornada de trabalho sem redução dos salários, este é o caminho para defender a classe trabalhadora e derrotar este governo conservador encabeçado pelo PT.

Nossa tarefa é concretizar uma alternativa nas lutas, por fora do PT e do PSDB. Um terceiro campo nas greves, como a da GM, das Universidades e dos Servidores Federais, batalhando por seu fortalecimento. Por isso manifestamos nosso total apoio à greve da GM e nos colocamos à disposição de divulgar essa luta em todos os estados onde atuamos e para realizar uma campanha nacional de solidariedade pela vitória da greve junto com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José, organizações da esquerda sindical combativa e partidos anticapitalistas.

Todo apoio a greve da GM! Fim das demissões! Reintegração já!

Pelo imediato atendimento das reivindicações operárias!

Corrente Socialista dos Trabalhadores – Tendência Interna do PSOL