Garis de Combate: CHEGA DE ATAQUES

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PAGUEM O 14º

Após nossa campanha salarial, a inflação já avançou muito. Portanto, o salário de abril já não é o mesmo de hoje. Era preciso uma campanha salarial de urgência. Infelizmente, a direção do sindicato que está ao lado do prefeito não irá chamar essa luta. Mas tem uma forma de brigar por um aumento. Queremos que a COMLURB pague imediatamente o 14º para todos os empregados. Além de garantir um direito nosso, ajudaria a repor a inflação que está comendo nosso salário.

O argumento de que o 14º não foi pago porque a greve foi ilegal não é verdade. Recentemente o Ministério Público do Trabalho votou para que a greve não fosse julgada abusiva. Portanto, não há nenhum argumento para não pagarem o que prometeram. Os verdadeiros beneficiados com o 14º foram os gerentes e diretores, que trabalham no ar condicionado enquanto os garis limpam a cidade sob sol e chuva.

No mês de julho fomos até a Major Ávila e fizemos uma reivindicação por escrito, mas até agora a COMLURB não respondeu, mostrando como eles são intransigentes. Também iniciamos um processo na Justiça do Trabalho e coletamos assinaturas para cobrar uma solução. Está na hora de voltar a cobrar da COMLURB, não vamos aceitar ser enganados. Queremos o que é nosso!

14º em 2016 é verdade?

Ele ainda nem pagaram o 14º desse ano e já estão prometendo para o ano que vem. Não devemos confiar em nenhuma promessa dos gerentes e dos diretores. Para a COMLURB pagar o 14º em 2016 precisa assinar um contrato com a prefeitura, mas até hoje nada foi publicado no Diário Oficial do Município, portanto não existe!

CHEGA DE ATAQUES

O governo Dilma (PT/PMDB), o governador Pezão e o prefeito Eduardo Paes estão aplicando um ajuste contra o povo trabalhador. Basta ir no supermercado ou pagar a conta de energia que sentimos isso. Enquanto isso os patrões continuam lucrando como nunca. O povo trabalhador é quem paga a conta desse ajuste fiscal.

Os governistas (PT/PMDB) e a oposição de Direita (PSDB) brigam para ver quem governa, mas estão juntos para aplicar o ajuste contra os trabalhadores, é preciso construir uma alternativa dos trabalhadores nas lutas! Por isso, é necessário organizar os garis para lutar por melhores salários e condições de trabalho, mas também para unificar com outras categorias de trabalhadores em luta e fortalecer uma alternativa para derrotar esse ajuste fiscal e todos os ataques dos governos e dos patrões.

BRUNO DA ROSA FALA SOBRE O SURGIMENTO DOS GARIS DE COMBATE

Combate – O que é o Combate classista e pela base?

Bruno – O Combate quer ser uma ferramenta nacional para ajudar a construir uma nova direção para a classe trabalhadora no Rio de Janeiro e no país. Os trabalhadores estão sendo massacrados pelos governos e os patrões, por isso, nós vemos cada dia mais lutas e greves, mas infelizmente os trabalhadores não conseguem vitórias maiores, porque a maioria das direções dos sindicatos está nas mãos de traidores, que vendem as categorias, assim como é na COMLURB, onde o sindicato do Asseio atua ao lado do prefeito Eduardo Paes contra os trabalhadores. Por isso, é necessário construir algo novo para ajudar a organizar e unificar a luta dos garis, professores, metalúrgicos, servidores públicos, que estão se mobilizando. Esse é o objetivo do Combate.

Combate – Por que construir os Garis de Combate?

Bruno – Nossa categoria ficou conhecida no Brasil e no mundo pela nossa força. Fizemos dois anos de greves exemplares, mas é preciso avançar muito mais. A atual direção do sindicato é reconhecidamente traidora, por isso era preciso criar algo para reunir os companheiros que sentem a necessidade de estar juntos para lutar por melhores condições de trabalho. Alguns companheiros acreditaram que basta eleger um vereador e ignorar o sindicato, simplesmente se desfiliando. Nós, ao contrário, achamos que a saída é derrubar essa direção sindical e construir uma nova direção com os grevistas. Só assim, de forma coletiva, é possível enfrentar o Prefeito e a direção da COMLURB para ter vitórias.

Combate – Como surgiram os Garis de Combate?

Bruno – Após a greve de 2015 continuamos o processo de organização. Já tínhamos um grupo com presença numa dezena de gerências. Elegemos vários membros da CIPA e realizamos diversas plenárias na Zona Norte pela luta do 14º. Nesse processo, vimos a necessidade de construir o Combate, como um grupo de luta contra os desmandos dos gerentes e diretores, que fizesse trabalho de base, fosse democrático e de oposição a direção do sindicato.

Hoje, somos o maior grupo organizado na COMLURB e ninguém, nem mesmo o sindicato, tem um trabalho de base como o do Combate. No entanto, ainda temos que avançar para outras regiões da cidade, por isso queremos convidar aos companheiros que concordem com nossas ideias a se somarem conosco

ASSÉDIO MORAL É CRIME!

Assédio moral é prática ilegal na qual os cargos de chefia utilizam de sua posição para intensificar o ritmo de trabalho, ordenar que os garis façam serviços além do que devem e exigir um ritmo de trabalho sempre maior. Humilham e constrangem os trabalhadores, que acabam adoecendo. Fazem isso para tentar intimidar e dividir nossa categoria. Mas também tem aqueles que se fingem de amigos para aplicar disfarçadamente assédio moral jogando um companheiro contra o outro.
Um exemplo disso é a Avaliação de Desempenho Individual (ADI). Essa avaliação deveria ser para o Gari progredir na Carreira, mas ninguém vê esse PCCS. Então a ADI tem sido utilizada apenas para pressionar e punir os garis.

Diante de uma situação de assédio moral procure o membro da CIPA de sua gerência e exija que ele registre o acontecido na ata da próxima reunião. Caso ocorra uma retaliação ou volte a acontecer outro assédio é preciso denunciar no Ministério Público do Trabalho (a denúncia pode ser feita pelo telefone 0800-0221-331) ou mesmo ingressar com uma ação na Justiça.

CUIDADO COM OS BOATOS!
A cada mês surge um novo boato na categoria através do Whatsapp e do Facebook. Primeiro veio a versão de que o 14º cairia na conta de todos os garis no mês de junho; depois surgiu a história de que o ticket alimentação aumentaria para R$ 900 e seria pago em dinheiro junto ao salário. E agora também foi divulgado que o prefeito já havia anunciado aumento de 10% para o ano que vem.

Queremos esclarecer que tudo isso não passa de MENTIRAS! Recentemente a COMLURB atualizou os números de telefones dos garis e desde então começaram a surgir essas mentiras. Os principais suspeitos de inventarem essas histórias são a COMLURB, a direção pelega do sindicato e demais traidores da greve que estão ao lado da prefeitura e da atual direção sindical, para confundir e dividir a categoria. Portanto, todos os companheiros devem acreditar somente na força dos trabalhadores da COMLURB para lutar e conquistar vitórias.

PROJETO DE LEI DO VEREADOR BABÁ!

O vereador Babá (PSOL) que esteve conosco desde a greve, apresentou um projeto para obrigar a COMLURB a lavar e esterilizar os uniformes dos garis. O prefeito Eduardo Paes chegou a vetar o projeto, mas a força da categoria obrigou que os vereadores transformassem o projeto na Lei nº 5.581. O prefeito Eduardo Paes que odeia os garis vai tentar brigar na Justiça para não cumprir essa Lei. Por isso, é muito importante que todos os companheiros saibam, que nesse mês a lei dos garis vai ser publicada no diário oficial do município e caso a COMLURB não lave os uniformes vai ter que pagar uma multa no valor de R$ 1.000,00 (mil reais) a cada gari.

REINTEGRAÇÃO

Cinco companheiros demitidos após a greve já foram reintegrados. Pouco a pouco a Justiça vai entendendo que as demissões foram perseguições contra toda a categoria, como forma de intimidação. A tentativa não deu certo e as reintegrações são prova disso. A última audiência que aconteceu foi do companheiro Bruno e a COMLURB não conseguiu provar absolutamente nada que justificasse a demissão, por isso seguimos confiantes que todos os companheiros possa voltar.
Além de exigir a reintegração de todos os companheiros, queremos a COMLURB responda o requerimento feito pelo vereador Babá, que exige que eles expliquem quanto foi gasto e os nomes das pessoas contratadas durante a greve. Babá quer que a câmara dos vereadores investigue a contração de menores e a ilegalidade na substituição de mão de obra durante os dias de paralisação.