UFF | Pela unidade contra a PEC 241 e pra mudar o DCE

Milhares de escolas e universidades estão ocupadas em todo país para dizer NÃO à PEC 241 do governo Temer (PMDB/PSDB). Na UFF, a luta só começou. Os servidores estão em greve. A Escola de Serviço Social de Niterói e Polo Universitário de Rio das Ostras (PURO) foram ocupados de forma independente pelos estudantes e C.A.s, por fora de qualquer iniciativa da atual direção do DCE. Se a realidade de precarização da UFF com elevadores sem manutenção, campus mal iluminados, laboratórios caindo aos pedaços, falta de bolsas acadêmicas e de assistência etc. se aprofundou com os cortes em 2015, a PEC 241 é o fim do mundo! É hora de realizar grandes plenárias e assembleias para organizar protestos por meio de ocupações e manifestações de rua, rumo ao dia 11 de novembro, que está sendo convocado como um dia de greve geral no país. E essas lutas reafirmam a necessidade de unidade para mobilizar toda a universidade e para transformar o DCE da UFF num instrumento dessas lutas.

Coletivos dividem a oposição de forma sectária e anti-democrática

Enquanto estudantes com ideias diferentes estão se unindo para lutar por um objetivo em comum, na oposição de esquerda ao DCE alguns coletivos estudantis optaram por excluir dois coletivos do processo de construção de uma chapa para a eleição do DCE. Nós do Vamos à Luta, assim como o coletivo Não Vou Me Adaptar, fomos vetados de participar do movimento “Todos juntos somos fortes: não há nada a Temer” que pretendia construir uma chapa de oposição a atual direção do DCE da UFF, hoje composta pelo PT e PCdoB. Esse veto foi uma determinação dos coletivos UJC, Pouco Não Quero Mais, JSOL, UJR e JCA durante uma pequena reunião das organizações sem a presença de um amplo setor da base que é parte da construção desse campo. Entendemos que em momentos como o processo de impeachment, tivemos análises e propostas diferentes, mas hoje precisamos estar unidos em torno de um programa comum e, por isso, apresentamos diversas propostas de mediação. Os coletivos Nós Não Vamos Pagar Nada, Juntos, MAIS e Construção defenderam a unidade junto conosco e as propostas de mediação para que ela se concretizasse. Essa atitude sectária e anti-democrática de nos vetar, infelizmente, só é útil à direção majoritária do DCE e ao reitor, que iriam tremer ao ver todos aqueles e aquelas que sempre estiveram ao lado dos estudantes e dos trabalhadores da UFF conformando uma grande chapa que tivesse como objetivo fortalecer as lutas imediatas e transformar o DCE da UFF em uma trincheira das lutas contra o Temer e o Sidney.

Por uma chapa de unidade de verdade sem vetos e exclusões

Sem escutar a base e sem disposição de superar diferenças pontuais em prol de um objetivo em comum – fazer com que o DCE deixe de ser linha auxiliar da reitoria e organize nossas lutas – fica claro que esse movimento começou muito mal e está na contramão do sentimento da maioria dos estudantes da UFF. Nós do Vamos à Luta chamamos a construção urgente de uma chapa de UNIDADE DE VERDADE com todos e todas que querem lutar contra o pacote de maldades do Temer e que, ao contrário da atual direção do DCE, nunca traíram a luta dos estudantes votando a favor da privatização do HUAP ou criminalizando as greves dos professores e servidores junto com a Reitoria. Fazemos esse chamado àqueles que sempre defenderam a unidade e, apesar de tudo, também àqueles que erraram ao se recusarem a construir um pólo com setores que querem tocar luta na universidade. Esperamos que esses coletivos revejam sua posição. E, sobretudo, fazemos um chamado aos estudantes da UFF, que sabem que não é hora de pequenas demarcações políticas impedirem a formação de um polo de luta, democrático, independente dos governos e da Reitoria, consequente com as nossas mobilizações e com a disputa do nosso instrumento de organização que é o DCE.

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