Ato unificado no RJ mostra o caminho para derrubar o pacote de maldades do PMDB

Na quarta-feira (16), aconteceu uma gigantesca manifestação na ALERJ que contou com a participação de milhares de servidores estaduais de diversas categorias. Educadores, Bombeiros, Policiais Civis e Militares, Trabalhadores da Justiça (que estão em greve), trabalhadores da Saúde e de diversos órgãos estaduais estavam presentes. Na véspera da manifestação, a suposta “Casa do Povo” vergonhosamente apareceu cercada de grades para impedir que os servidores acessassem o local.

Foto: Tânia Rego

Os servidores, corretamente indignados com o Pacote de Maldades que o governador Pezão e o presidente da Assembleia Legislativa Piccianni pretendem impor aos servidores e à população, derrubaram as grades da ALERJ e cantavam em alto e bom som “FORA PEZÃO”, mostrando que estão dispostos a enfrentar o governo e sua política.

Lamentavelmente a resposta de Picciani e Pezão foi muito covarde e truculenta: tiros de borracha e muitas bombas de gás nos manifestantes. A tropa de choque da PM, à mando do governo, transformou as ruas do centro da cidade num campo de guerra, deixando diversos manifestantes feridos. Alguns policiais do Choque se recusaram a reprimir os manifestantes, o que é mais um elemento para a crise do governo. Mesmo diante de muita repressão, os servidores não recuaram e a manifestação continuou na parte da tarde, mostrando que quando estamos organizados e unificados não adianta nos reprimir.

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Foto: Tércio Teixeira / VICE

Prisão do Cabral: uma vitória da jornada de Junho

A prisão do ex-governador Sergio Cabral na manhã do dia 17/11 foi acompanhada pela população do Rio de Janeiro com muita euforia. O Rio de Janeiro vitrine da política da última década de parceria do PMDB e do PT, que encheu os cofres das empreiteiras e enriqueceu os políticos , tem dois ex-governadores presos (Garotinho e Cabral). Tudo isso só confirma o esquema que levou o estado a falência: corrupção, propina, enriquecimento ilícito dos políticos, misturado com generosas isenções fiscais, das mesmas empresas que depois financiam as campanhas desses políticos. Foi com Cabral no poder que as UPP’s foram implementadas, sendo responsáveis pelas mortes de jovens negros na periferia. Uma verdadeira gangue que se apoderou do poder do estado, por isso Cabral elegeu seu sucessor, o Pezão, para continuar saqueando os cofres públicos e agora que descarregar o peso dessa crise nas costas da população, aplicando um duro ajuste econômico contra os servidores e a população. Cai um dos principais aliados do governo do Michel Temer, sem dúvida a prisão do Cabral fortalece mais ainda a nossa luta contra o pacote de maldades.

Seguir um calendário unificado de atos

No dia 16 foi uma primeira manifestação unificada, e acreditamos que a continuidade desta luta é o caminho para derrotar este Pacote de Maldades e o governo do Pezão. Consideramos que seja muito importante a organização deste movimento unificado, com assembleias pela base e comandos unitários de luta unificado das categorias estaduais para elaborar o calendário de mobilizações e uma política unificada comum. Temos que mostrar que temos propostas alternativas: que é necessário por fim as isenções fiscais, que as contas do governo do estado devem ser auditadas, por uma comissão independente com a representação dos servidores, para que a população saiba onde foi parar o dinheiro público. Por isso não podemos aguardar até dezembro, nosso calendário de de atos unitários tem que continuar pois cada vez mais temos condições de massificar, rumo à construção de uma Greve Geral do serviço público estadual.


PELA SUSPENSÃO IMEDIATA DO PACOTE DE MALDADES!
FIM DAS ISENÇÕES FISCAIS AS EMPRESAS!
AUDITORIA DAS CONTAS DO GOVERNO DO ESTADO!
FORA PEZÃO!


 

Assista ao vídeo da professora Bárbara Sinedino, diretora do SEPE, logo após a decisão conjunta dos servidores públicos de continuar em ato mesmo após a repressão:

Professora Bárbara Sinedino no ato unificado dos servidores do RJ

Rio de Janeiro | Fala da professora Bárbara Sinedino, diretora do SEPE, no ato unificado dos servidores públicos estaduais, que continuou mesmo após a brutal repressão da Força Nacional e Batalhão de Choque a mando de Pezão e Picciane. A luta para derrubar o pacote do Pezão que retira direitos dos servidores e da população deve seguir unificado e mobilizado!

Publicado por CST – PSOL em Quarta-feira, 16 de novembro de 2016

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