Um mês de ocupação na UFPA: um exemplo de resistência contra Temer.

No dia 7 de novembro de 2016 foi realizada uma assembleia histórica na Universidade Federal do Pará, com cerca de dois mil estudantes, que deliberou ocupação do prédio da Reitoria contra a PEC 55. Antes e depois dessa assembleia, outros campi da universidade também ocuparam, assim como surgiram ocupações em prédios de institutos, faculdades, núcleos e blocos de aula, com adesão de mais 80% dos cursos. Completando um mês, a ocupação tem demonstrado a resistência e dando recado ao governo e reitoria. Esse dia é a comemoração de um mês da derrota do UFPA LIVRE (MBL) e o início da ocupação que deve servir de exemplo.

Cursos que não “costumavam” fazer parte dos movimentos na universidade mostraram que a indignação é o motor dessa luta, defendendo a universidade pública, gratuita e de qualidade e ávidos para derrotar a PEC 55 e o Temer, como os cursos do ICEN (instituto de Ciências Exatas e Naturais).

Para além dos muros da universidade

Nos dias 11 e 25 de novembro, dias de atos nacionais contra a PEC 55, a ocupação da UFPA foi representada por uma boa coluna que saiu da universidade às ruas. No dia 29 de novembro, os estudantes da federal paraense lotaram cinco ônibus rumo à caravana em Brasília, onde foram linha de frente no ato nacional contra a PEC 55, inclusive enfrentando a burocracia da direção majoritária da UNE, um excelente exemplo de luta antiburocrática e pela base. Além disso, vários cortejos pelos bairros próximos foram realizados e aulões públicos em feiras estão agendados para dialogar com a população.

Seguir o exemplo de radicalização da UFPA! Por um comando nacional das ocupações!

Nesse um mês, a ocupação da UFPA não ficou parada. Em um debate convocado pela reitoria, para debater os efeitos da PEC 55, os estudantes realizaram um ato dentro do auditório denunciando a intransigência da reitoria em não receber as reivindicações internas. No dia 27 de novembro, a ocupação da UFPA trancou os portões da universidade e durante um dia foram os estudantes que assumiram a gestão do campus, decidindo quem entraria e o que funcionaria, liberando os terceirizados da limpeza que são superexplorados pela UNIVERSIDADE e EMPRESA (PARAÍSO), um exemplo que também deve ser seguido.

A Ocupação da UFPA em assembleia mandou o recado, uma nota à direção da UNE exigindo que fizessem um chamado incisivo para o ato que foi realizado no dia 29/11 em Brasília e também foi tirado dessa ocupação um chamado para a Plenária Nacional das Ocupações em Brasília, que infelizmente não foi realizada por recuo das direções do Movimento Estudantil

Vamos à Luta!

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