PSOL na construção da greve geral de 28 de Abril

Do site do PSOL:

Contra reformas previdenciária e trabalhista, centrais sindicais aprovam greve geral para 28 de abril

No dia 28 de abril, trabalhadores de várias categorias, dos serviços público e privado, vão parar o país com o objetivo de impedir que os ataques promovidos pelo governo de Michel Temer avancem no Congresso Nacional. A data foi aprovada em reunião nesta segunda-feira (27/03), em São Paulo, com as presenças de dirigentes de todas as centrais sindicais do país, incluindo a Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, a CSP-Conlutas e a CUT.

Após um amplo debate sobre a conjuntura em que vive o país, com as ameaças aos direitos previdenciários e trabalhistas, contidas na Proposta de Emenda à Constituição nº 287/20146, referente à reforma da Previdência, e no Projeto de Lei 6787/2016, que altera a legislação trabalhista, as centrais sindicais avaliaram que é preciso um dia de paralisação unificada, que consiga parar a produção e os setores de serviços, comércio e o funcionalismo público.

Também avaliaram o cenário de retrocessos com a aprovação do PL 4302/14998, que amplia, de forma irrestrita, a prática da terceirização para as áreas-fins, incluindo o serviço público. A matéria, aprovada na última quarta-feira (22), foi apresentada ainda durante o governo de Fernando Henrique Cardoso e estava parada desde 2002, após ter sido aprovada pelo Senado. Temer e seus aliados na Câmara, insatisfeitos com as dificuldades em aprovar a reforma da Previdência do jeito que está, pautaram o projeto da noite para o dia e aprovaram sem ouvir a classe trabalhadora. Toda a bancada do PSOL votou contra e denunciou os reais interesses do governo em “desenterrar” essa proposta.

“As centrais sindicais conclamam seus sindicatos filiados para, no dia 28, convocar os trabalhadores a paralisarem suas atividades, como alerta ao governo de que a sociedade e a classe trabalhadora não aceitarão as propostas de reformas da Previdência, Trabalhista e o projeto de Terceirização aprovado pela Câmara, que o governo Temer quer impor ao País. Em nossa opinião, trata-se do desmonte da Previdência Pública e da retirada dos direitos trabalhistas garantidos pela CLT”, afirmam as centrais, em documento divulgando a decisão.

O presidente nacional do PSOL ressalta que nunca foi tão necessário unir todos os trabalhadores para barrar as ameaças vindas de um governo. “Nossos direitos estão ameaçados e a cada dia Temer e a maioria do Congresso atacam conquistas sociais arrancadas com a Constituição Federal de 1988. O anuncio de que todas as centrais decidiram convocar greve geral no dia 28 de abril é um alento. Nossa militância estará participando ativamente desse momento histórico. Chegou a hora dos que moram no andar debaixo mostrarem sua insatisfação”, pontua Araújo, destacando a importância da participação da militância do PSOL na construção dessa greve geral.

Na avaliação do secretário-geral da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, Edson Carneiro Índio, a classe trabalhadora e seus aliados farão no dia 28 de abril a maior demonstração de repúdio à terceirização, ao desmonte da Previdência e ao fim dos direitos trabalhistas.

 

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