AS RUAS!! Para derrotar o pacotão e pela saída de Maduro

PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE (PSL) – VENEZUELA
A temperatura do país está fervendo contra o governo de fome, o corrupto e repressivo Nicolás Maduro. O repúdio do povo é generalizado. O imperialismo e as burguesias latino-americanas pressionam a partir da OEA para uma saída eleitoral diante do temor de uma explosão social. As gestões intervencionistas de Luis Almagro e as ameaças de Trump através das recentes declarações do chefe do Comando do Sul se inscrevem dentro desta situação. O Partido Socialismo e Liberdade repudia a abusiva ingerência da OEA e qualquer tipo de intervenção imperialista na Venezuela.
Durante a última semana realizaram-se em Caracas três marchas para a Defensoria do Povo, convocadas pelo MUD, por causa da crise política suscitada pelas decisões do TSJ e a subsequente declaração da promotora geral Luísa Ortega Díaz, afirmando que se produziu uma ruptura da ordem constitucional. Isto provocou protestos nas principais cidades do país, os quais tem sido deliberadamente silenciados pelos meios de comunicação tanto oficiais como privados.
Reivindicamos o direito do povo venezuelano de se manifestar contra este governo de fome e repressivo. Há muitas razões para protestar e por isso repudiamos a brutal repressão exercida contra os setores do povo que saíram às ruas durante estes dias e o silêncio de todos os meios de comunicação diante destes fatos tão brutais.
O PSL rechaça a intervenção de que foi objeto a Universidade de Carabobo, assim como o assassinato do jovem de 19 anos pelas mãos da GNB (Guarda Nacional Bolivariana), Jairo Ortiz Bustamante, durante uma manifestação em Carrizal (Altos Mirandinos). Exigimos a liberdade de centenas de pessoas detidas no mês de março nos protestos.
Nosso partido não tem nada a ver com o MUD e suas políticas, ao contrário, as combatemos. Não obstante, consideramos que a cassação dos direitos políticos de Henrique Capriles Radonsky é expressão do caráter antidemocrático e autoritário do governo. Sem dúvida esta decisão da Controladoria não busca outra coisa que tirar do jogo um dos opositores do governo, e é parte de uma orientação do governo de impedir eleições nacionais ou sindicais, prescrever partidos políticos através da validação, demitir sindicalistas e ativistas do movimento popular e perseguir toda dissidência. Por isso a rechaçamos como uma restrição a mais das liberdades democráticas.
As mobilizações dos últimos dias tem sido muito massivas, não obstante, a maioria dos setores populares e trabalhadores não saem ainda com força para protestar. O povo trabalhador se encontra muito golpeado pela crise tratando de resolver o dia a dia e levar comida para suas casas. Há muitos trabalhadores demitidos, outros estão suspensos em casa ganhando salário mínimo e tickets-alimentação e sem poder utilizar de muitas coisas contempladas em seus contratos de trabalho. Outros encontram-se submetidos a chantagem das dádivas do governo, a isto se soma a desconfiança no MUD. Diante de todos estes obstáculos devemos sobrepormo-nos e mobilizarmos unitariamente para a queda deste governo.
É necessário que o conjunto do povo pobre e trabalhador saia massivamente às ruas em defesa das liberdades de maneira autônoma e independente assim como contra o ajuste reacionário do governo que nos afunda na miséria. Devemos agitar nossas próprias consignas exigindo comida para todos sem discriminação nem limitações, salários dignos, emprego, entre outras reivindicações e a exigência do fim deste governo.
Para o PSL é necessário que o povo trabalhador se una aos protestos que crescem no país passando por cima do MUD e da repressão do governo para lutar por uma mudança de fundo, por medidas estruturais na perspectiva da peleja estratégica por um Governo do Trabalhadores e do Povo e de imediato lutar por uma Assembleia Nacional Constituinte livre e soberana que refunde o país sobre novas bases a serviço do povo trabalhador.
Neste sentido propomos realizar plenárias operárias e sindicais regionais onde discutamos planos de mobilização. Além disso, defender nas ruas as liberdades democráticas devemos mobilizarmos para conquistar um Plano Operário e Popular  de Emergência que parta de exigir comida para o povo, um aumento geral de salários e salário mínimo igual à cesta básica, que se ajuste à inflação a cada 3 meses, pela repatriação dos bilhões de dólares que fugiram do país, por petróleo 100% estatal, sem empresas mistas nem transnacionais, pelo não pagamento da dívida externa, entre outras medidas urgentes.
De imediato propomos não pagar os 2,814 bilhões de dólares que o governo pretende pagar em abril como parte do serviço da dívida externa e com esses recursos adiantar um plano de importações de comida e remédios de emergência para amenizar a grave situação que vive o povo venezuelano e não pagar os 17 bilhões de dólares da dívida que vencem durante o transcurso do ano de 2017.
É urgente impulsionar as plenárias sindicais regionais independentes, que discutam um plano de mobilizações operárias e populares para colocar abaixo este governo.

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