28 de Abril: Triunfo da Greve Geral. Agora é garantir a continuidade!

Este 28 de abril de 2017 passará para a história da classe trabalhadora brasileira. Desde 1989, ou seja, há 28 anos, não tínhamos uma greve geral nacional.

No país inteiro a classe trabalhadora cruzou os braços. Em SP, Salvador, Porto Alegre, Brasília, BH, Recife, Cuiabá, Natal, Manaus, Goiânia, etc. a paralização do transporte, seja metrô, trens, ou rodoviário teve grande impacto.  Em Porto Alegre até as 17 horas nem metrô nem ônibus circulavam. No RJ os piquetes foram muito fortes nas barcas, que fazem a travessia Rio-Niterói, onde o Sintuff e o PSOL cumpriram um papel da maior importância e as barcas só começaram a sair às 10 horas. As paralisações atingiram também bancários, metalúrgicos e portuários. Os trabalhadores dos correios desde o dia 26/04 entraram em greve.

As escolas da rede pública e privada fecharam as portas pois os trabalhadores da educação, uma categoria muito castigada, negaram-se a trabalhar; os estudantes se somaram massivamente à paralisação; as universidades também foram vanguarda do movimento paredista.

Os ativistas e lutadores das mais diversas categorias com apoio da juventude, percorreram desde a madrugada garagens e estações de metrô, mas não precisaram de muito trabalho de convencimento: os trabalhadores e trabalhadoras já estavam convencidos.

Houve bloqueio de estradas e rodovias e todo o país, a exemplo da do que ocorreu durante algumas horas na Ponte Rio Niterói.

É impossível nomear aqui a infinidade de categorias e setores que grevaram nesta histórica jornada. Pois ainda não temos a magnitude exata da greve geral, a cada instante nos chegam novos e positivos informes. Em SP o ato está ocorrendo nesse momento. Em Belém o ato juntou mais de 30 mil pessoas, Porto Alegre nada menos que 50 mil e em Natal 30 mil. E no RJ, onde estava se configurando um ato massivo, a feroz repressão da polícia disperso a passeata que caminhava da ALERJ rumo à Cinelândia onde já aguardavam milhares de manifestantes.

Após de um silêncio “ensurdecedor” da imprensa a serviço do regime e do capital, hoje eles tiveram que falar. E não tiveram mais remédio que falar porque o Brasil parou. De norte a sul do país, os trabalhadores e trabalhadoras das mais diversas categorias cruzaram os braços repudiando as reformas da previdência, a trabalhista, a terceirização, a corrupção. Temer, o governo mais impopular da nossa história, com apenas 4% de aprovação, que vem governando com o um Congresso fisiológico e desmoralizado pelo envolvimento de seus membros na mais pura ladroagem de dinheiro público, tem ainda a cara de pau de votar medidas que atacam brutalmente a maioria da população trabalhadora e pobre.

É necessário dar continuidade com uma nova GREVE GERAL de 48 horas!!!

O que esta GREVE deixa como lição é a imensa vontade de luta expressada pela classe trabalhadora! O problema é que o governo, desesperado, quer atuar com pressa, e não podemos deixar passar semanas para marcar a continuidade desta gloriosa jornada. Entre 15 de março e 28 de abril, os 45 dias, em que as centrais sindicais demoraram em marcar a greve geral foram criminosos, pois deixaram o governo aprovar as terceirizações e começar com as votações da reforma trabalhista.

É necessária uma reunião urgente das centrais sindicais para debater a continuidade da greve geral, e levar estas deliberações para serem debatidas pelos trabalhadores em assembleias de base nos locais de trabalho para definir como continuamos. Está se falando de uma marcha nacional a Brasília. Nos vemos que o central, o que pode derrotar Temer e suas contrarreformas é uma nova greve geral, até podemos ir a Brasília, mas a partir de cruzar os braços em todo o país por 48 horas.

 

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