O PSOL deve defender um programa anticapitalista e se posicionar contra o “Manifesto unidade para reconstruir o Brasil”

O Brasil precisa ser refundado. A crise que se abate sobre o país não será resolvida sem que haja luta do povo.

Consideramos que é necessário unir o máximo de forças para impedir ataques dos governos reacionários e ilegítimos como o de Temer. Mas, ao mesmo tempo, de nenhuma maneira a refundação de um projeto de esquerda para lutar por uma alternativa para o país será feita com os mesmos partidos que já governaram a serviço do capital e se uniram com os partidos que hoje governam. O povo não tem razão para confiar em tal projeto nem muito menos participar dele.

Em razão disso, é inaceitável que o PSOL – que deveria ter a responsabilidade de forjar um programa que esteja à altura das necessidades do povo e seja uma alternativa ao modelo econômico capitalista e ecocida que favorece o agronegócio, a mineração e outras atividades que matam os ecossistemas e os povos tradicionais – faça parte de uma aliança com as fundações vinculadas a PT, PSB, PDT e PCdoB em um programa com o um conteúdo que fere nossos princípios e programa, com o intuito de obter uma pretensa “unidade para reconstruir o Brasil”.

Tal iniciativa, que já conta inclusive com manifesto e data de lançamento da “unidade”, além do grave erro político, é ainda mais errada ao não ter sido debatida em nenhuma instância do partido. A direção da Fundação tampouco se reuniu ou foi consultada sobre esta iniciativa, ainda mais levando em conta que a autonomia da Fundação não é absoluta. Conforme o Estatuto do PSOL, ela deve respeitar os princípios e as diretrizes gerais do partido:

“Art. 101 – A Fundação Lauro Campos tem personalidade jurídica e Estatuto próprios, devendo observar, no desenvolvimento de suas atividades, os princípios e as diretrizes gerais do Partido.”

A iniciativa de construção dessa frente fere as diretrizes do partido, podendo e devendo ser questionada.

Nós, abaixo assinado, exigimos que as instâncias de direção nacional do PSOL (executiva e diretório nacional) se posicionem urgentemente, evitando tal iniciativa por parte da Fundação Lauro Campos, cumprindo com as suas prerrogativas previstas no estatuto, e fazendo cumprir o que preconizam os princípios, o programa e as resoluções partidárias.

Primeiras assinaturas

Leandro Dias (Presidente PSOL Paraná)
Danniel Moraes (Presidente PSOL Rio Grande do Norte)
Israel Dutra (Presidente PSOL Rio Grande do Sul e Executiva Nacional do PSOL)
Fábio Félix (Presidente PSOL Distrito Federal)
Wadilio (Presidente PSOL Piauí)
Ailton Lopes (Presidente PSOL Ceará)
Maria da Consolação (Presidente PSOL Minas Gerais)
André Moreira (Presidente PSOL Espírito Santo)
Mariana Riscali (Executiva Nacional do PSOL)
Zeneide Lima (Executiva Nacional do PSOL)
Leandro Recife (Executiva Nacional do PSOL)
Rosi Messias (Executiva Nacional do PSOL)
Rogerio Ferreira (Executiva Nacional do PSOL)
Tarzia Medeiros (Executiva Nacional do PSOL)
Giam Brito (Executiva Nacional do PSOL)
Marcio da Silva Souza (Executiva Nacional do PSOL)
Plínio de Arruda Sampaio Jr.
Nildo Ouriques
Romer Guex
Juliana Selbach (Tesoureira PSOL Minas Gerais)
Kátia Sales (Presidente PSOL Belo Horizonte)
Sara Azevedo (Vice-presidente PSOL Belo Horizonte)
Liliana Maiques (Tesoureira do PSOL Carioca)
Hamilton Assis
Babá (Fundador do PSOL)
Silvia Santos (Fundadora do PSOL)
Michel Oliveira Lima (Diretório Nacional do PSOL)
Juninho Silaedson (Tesoureiro do PSOL/RJ)
Denis Vale (Executica PSOL Carioca)
Adriano Dias (Diretório Estadual PSOL/RJ)
Bárbara Sinedino (Diretório PSOL Carioca)

Correntes que assinam

MES, APS, Comuna, TLS, CST, Subverta, 1de Maio, NOS, LSR, CS, Esquerda Marxista, MAIS, Construção pela Base, LS, Comunismo e Liberdade, LRP, MLPS

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