Por um 1° de maio classista, de luta e internacionalista!

Vamos a um novo 1º de maio em meio a uma grande crise econômica, política e social. Nesse cenário, o ilegítimo governo Temer, os patrões e o imperialismo tentam sair da crise atacando os trabalhadores, retirando direitos, congelando salários e reprimindo suas manifestações. Porém, a classe trabalhadora tem demonstrado uma imensa disposição de luta. 2017 foi o ano da maior greve geral da história, de grandes mobilizações em Brasília e o de maior número de greves dos últimos tempos.
Derrotar Temer, os governadores e os políticos corruptos!
A profunda crise instalada no regime, onde os partidos políticos tradicionais e suas principais figuras se afundam nas graves denúncias de corrupção, debilita as instituições e nos oferecem uma oportunidade ímpar para avançar em nossas reivindicações. Por saquearem os cofres públicos, dirigentes do PT, do PSDB, do PMDB e do PP viram réus e são presos junto com importantes setores do empresariado. Não é que a justiça está mudando para melhor. Continua sendo uma justiça dos ricos, como demonstram os cárceres lotadas de negros, pobres e moradores das periferias, muitos dos quais nem foram julgados. Porém, sem que isso signifique despertar nenhuma confiança nesta justiça burguesa, existe uma pressão real de parte da população que expressa um forte sentimento de repulsa com a corrupção e o desejo de punição.
Essa situação se combina com uma grande disposição de luta. Assim ficou demonstrado na histórica greve dos funcionários públicos de São Paulo que derrotaram o prefeito João Doria na tentativa de alterar as regras da previdência municipal. Também na greve dos professores de MG contra o governo do PT e dos educadores do ensino infantil contra o prefeito de BH Alexandre Kalil (PHS), ambas reprimidas violentamente pela PM do Governador Fernando Pimentel do PT. Assim como os 5 dias de greve por salário dos rodoviários de Belém, Ananindeua e Marituba deflagrada, a pesar da burocracia sindical, e a disposição demonstrada na luta desenvolvida pelos estudantes contra o sucateamento da UnB.
Esses são os exemplos que devemos nos espelhar para organizar a luta por salário, emprego, em defesa da educação e da saúde pública; por uma Petrobrás 100% estatal; contra a privatização da Eletrobrás, Casa da Moeda e da CEDAE; pelo fim da intervenção federal/militar no Rio de janeiro; pelo Fora Temer, Pezão e Crivella.
Unificar as lutas ao redor dessas pautas é uma tarefa fundamental. A crise do regime e a disposição dos trabalhadores e da juventude nos oferecem uma grande oportunidade para avançar nesses objetivos.
Pela defesa dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras!
Contra o projeto de reforma da previdência e pela revogação das leis neoliberais contra os trabalhadores!
Fim da intervenção federal/militar no RJ!
Contra as privatizações!
Em defesa da moradia, pelo fim das remoções e despejos!
Pelo fim dos assassinatos dos jovens, negros, pobres e moradores da periferia!
Investigação, punição e confisco de seus bens dos políticos corruptos
Fora Temer, Pezão, Crivella e os políticos corruptos!
Justiça para Marielle e Anderson!
Investigação e punição para os assassinos e mandantes deste brutal crime político!
Viva o Internacionalismo!
Este 1º de maio também deve ter um caráter internacionalista. Vamos dar apoio às lutas que percorrem o mundo em defesa dos direitos do povo trabalhador, seja por suas reivindicações imediatas, seja na luta contra governos opressores como no caso da Síria, ou em defesa da sua independência, como na Catalunha. Queremos que a crise mundial seja paga pelos ricos, os capitalistas e não os trabalhadores.  Nesse sentido queremos resgatar a heroica luta dos jovens e dos trabalhadores da Nicarágua que se levantam contra o regime repressor e ditatorial de Daniel Ortega e que já imprimiram uma primeira derrota com a retirada do projeto de reforma previdenciária apoiada pelo FMI. Fazemos uma homenagem aos mortos na batalha de Manágua contra a reforma da Previdência.
Todo apoio à luta do povo trabalhador nicaraguense. Abaixo o governo assassino de Daniel Ortega e Rosário Murillo!
Nossa homenagem aos mártires de Chicago
O 1º de maio de 1886 foi um dos grandes fatos do movimento operário mundial. Nessa data, os trabalhadores de Chicago, nos EUA, na sua maioria imigrantes chegados de Europa, decidiram cruzar os braços e convocaram uma grande manifestação para exigir a redução da jornada de trabalho para 8 horas.
Naquela histórica jornada, a polícia norte americana reprimiu ferozmente os trabalhadores que majoritariamente se organizavam em associações anarquistas e socialistas. O resultado foi um grande número de mortos e feridos. Lideranças como George Engel, Adolph Fischer, Albert Parsons, Loui Lingg e August Spies foram condenados a morte, prisão perpétua ou a longas penas.
Três anos depois, em 1889, em Paris, durante as comemorações do centenário da Revolução Francesa foi fundada a II Internacional, que entre outras resoluções, decidiu apoiar a proposta da Federação Americana do Trabalho de realizar uma manifestação no dia 1º de maio de 1890 para lembrar os mortos de Chicago. Além de apoiar a iniciativa, a II Internacional instituiu o 1º de maio como o dia Internacional do Trabalhador adotando como um das principais reivindicações a luta pelas 8 horas de trabalho.
Desde aquela data ficou decidido que os trabalhadores de todos os países do se manifestariam de forma unitária nesse dia para defender os seus direitos. Assim ficou estabelecido que o 1º de maio seria o dia Internacional de Luta dos Trabalhadores!

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