Todo apoio à greve dos caminhoneiros! Derrotar o ajuste econômico de Temer e do Congresso corrupto!


Nesta quinta feira 24, a greve dos caminhoneiros entrou no quarto dia colocando em xeque o ilegítimo governo Temer e começa a afetar o abastecimento de produtos e mercadorias em vários estados. Acossados pelos ajustes permanentes das tarifas de combustíveis, impostas por um plano econômico que pretende descarregar a crise nas costas da população trabalhadora, os caminhoneiros resolveram dar um basta e partiram para a greve.

A greve dos caminhoneiros, decidida pelas várias organizações que compõem a categoria, representada em mais de 300 piquetes espalhados pelo país afora, é mais do que justa. Em primeiro lugar porque é contra a política econômica de um governo que concede benefícios fiscais e isenções impositivas a poderosos setores econômicos, enquanto onera com impostos e aumento das tarifas ao conjunto da população em nome do “equilíbrio das contas públicas”.

É justa também, porque enfrenta a política da direção da Petrobrás em relação ao preço dos derivados do petróleo, como diesel, gasolina, gás de cozinha e outros combustíveis que variam conforme alta do dólar e à oscilação do preço do barril de petróleo, o que afeta os custos do transporte e incide diretamente sobre os preços aplicados à população trabalhadora. É necessário derrotar essa política da Petrobrás e do governo Temer, cujo objetivo é apresentar uma empresa lucrativa para facilitar sua privatização, mas que afeta os mais necessitados, para tanto é necessário que triunfe a greve dos caminhoneiros.

Acuado pela força do movimento, abatido por denúncias de corrupção e por impopularidade recorde, o governo começa a recuar. Temer pediu uma trégua de 3 dias para “pensar uma solução” e o presidente da Petrobrás, Pedro Parente, apresentou uma proposta de redução de 10% no preço do diesel por 15 dias. Ambas propostas foram rejeitadas. Os caminhoneiros exigem uma política de longo prazo para as tarifas de combustíveis. “Daqui para frente não vamos abrir mão. Tem que mudar […] O governo entendeu que não tem para onde correr…” declarou o Presidente da União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam).

Unir as lutas numa nova greve geral

A greve dos caminhoneiros está no centro da cena, mas não é a única. Diversas lutas estão acontecendo. Os metalúrgicos da Mercedes Benz em São Bernardo acabam de encerrar hoje uma greve triunfante, os professores estaduais e municipais em várias regiões estão parados ou mobilizados, os funcionários da Eletrobrás, conseguiram fazer recuar o governo que retirou a MP 814 que visava privatizar a estatal, os petroleiros estão numa campanha nacional de mobilização contra a privatização da Petrobrás e preparam paralisações. Essas e outras categorias que sofrem as consequências deste plano de ajuste idealizado pelo ex Ministro e candidato Henrique Meirelles e implementado por Temer, podem e devem se unificar para derrotá-lo.

Centrais como a CTB e a CSP-CONLUTAS já manifestaram seu apoio e solidariedade com os caminhoneiros. Juntas podem exigir pronunciamentos no mesmo sentido à CUT, Força Sindical e demais centrais. Mas além disso, em momentos em que “o governo não tem para onde correr”, devem propor a convocatória a uma nova greve geral para derrotar de vez este governo que está por um fio. A esse processo devem se somar partidos de esquerda como o PSOL, cujo pré-candidato a presidente Guilherme Boulos declarou corretamente que a greve dos caminhoneiros era “legítima” e movimentos como o MTST.

A forte luta dos caminhoneiros está demonstrando que é possível baixar os combustíveis. Unidos numa greve geral, temos todas as condições para ir além. Podemos impedir que este governo e este congresso corrupto privatizem a Petrobrás e a Eletrobrás, sucateiem os Correios, derrotar de vez a Reforma da Previdência, exigir aumento de salários e outras reivindicações em favor dos milhões de desempregados. O governo está num de seus piores momentos. A hora é agora! As organizações do movimento devem rodear de solidariedade a luta dos caminhoneiros para que triunfe e contribuir na construção de uma greve geral para derrotar os planos de ajuste e botar para fora este governo corrupto e seus aliados no Congresso.

24 de maio de 2018.

CST/PSOL

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