As calouradas frente o governo Bolsonaro

 

Com 2 meses de governo Bolsonaro já aprovou uma agenda de ataques e quer preparar a reforma da previdência como prioridade. Ao mesmo tempo em que vive sua primeira crise política, com o escândalo do PSL ser um laranjal, onde Bebiano (que foi chefe da campanha do Bolsonaro e ex-presidente do PSL) foi exonerado.

Depois desse tempo todo ainda se pergunta: onde está o Queiroz? 48 transações bancárias no valor de 2000 reais cada: pelo visto dinheiro cai do céu, mas só pro filho do presidente, Flávio. Enquanto tudo isso acontece, Moro agora que ganhou o ‘troféu’ de ministro, não vê, não ouve e pelo visto também ficou mudo, frente aos recentes escândalos envolvendo o governo.

A carta recentemente enviada às direções de escolas, pelo ministro da educação Vélez, orientando a gravar os estudantes cantando o hino nacional, enquanto era lido o slogan de campanha de Bolsonaro, demonstra o projeto reacionário que o governo quer impor para a Educação. Sabemos que os reais problemas da educação não é a ausência da “moral e cívica” mas sim de investimentos, estrutura e da valorização de nossos professores.

Sabemos que a nossa vida está cada vez mais difícil e o desemprego na juventude não para de crescer, é uma batalha cotidiana nos manter estudando, pegando ônibus sucateados e caros, pagando mensalidades altíssimas e nos virando pra comprar materiais, mas a sanha pelo lucro não para, as instituições privadas querem nos tirar o couro aumentando a mensalidade acima da inflação.

Bolsonaro vai indicar reitores de universidades federais e quer calar o movimento estudantil “aparando as arestas” dos Centros Acadêmicos. A cobrança de mensalidade nas públicas e as reformulações dos currículos, favorece a evasão, que bate 47%, é o começo do projeto de Bolso-Velez de privatizar a Educação, para entregar aos grupos que fazem da educação uma mercadoria. É hora de nos mobilizar para nos manter estudando e lutar contra a privatização.

Organizar nas calouradas a continuidade do #ELENAO!

No período eleitoral as mulheres foram vanguarda na luta contra Bolsonaro protagonizando o movimento da #ELENAO, que levou mais de um milhão de pessoas às ruas. No 8 de março centenas de milhares de pessoas se mobilizaram contra o Governo e a Reforma da Previdência. A juventude também segue na ofensiva! Nas universidades nunca houve ilusão com o governo e formaram-se frentes antifascistas pelo país junto a assembleias massivas pela base, e a classe trabalhadora também começa a entrar em cena!

Os servidores municipais de São Paulo fizeram uma fortíssima greve contra a reforma da previdência de Covas-Dória e os trabalhadores da Ford do ABC lutam contra o fechamento da fábrica. Ao mesmo tempo em que essas lutas se desdobram, Bolsonaro sofreu uma importante derrota no congresso sobre o sigilo de informações envolvendo o alto escalão e a reforma da previdência é rejeitada pela maioria da população.

Hoje mais do que nunca é necessário unidade de todos que estão contra trabalhar até morrer com a reforma da previdência e em defesa da Educação Pública, contra os ataques de Bolsonaro. Mas infelizmente as entidades estudantis que deveriam estar organizando a luta nas universidades, onde é indiscutível a disposição para lutar contra Bolsonaro, estão paralisadas. No Conselho de Centros Acadêmicos da UNE, que aconteceu em fevereiro, onde esteve a UBES e ANPG, não foi encaminhado nenhum calendário de luta, perdendo uma oportunidade onde se aglutinaram mais de 5000 estudantes.

A UJS/PCdoB, que dirige a UNE (União Nacional dos Estudantes, entidade que deveria representar os universitários do país todo) preferiu ficar ao lado do Governo e apoiando Rodrigo Maia para a Presidência da Câmara. Já o PT (também da Majoritária da UNE) é meramente uma oposição parlamentar e nenhum deles quer organizar a luta da juventude. Nós não nos rendemos: é necessário seguir mobilizados com todos aqueles que querem lutar contra os ataques de Bolsonaro!

Achamos que é tarefa dos Coletivos da Oposição de Esquerda colocarem seus CAs, DCEs junto aos ativistas e organizarem calouradas que armem a luta contra Bolsonaro nas universidades. Onde o DCE é da UJS ou do PT devemos cobrar a organização da mobilização dos estudantes, nada de unidade no abstrato: unidade é para lutar! É preciso mesas de debate sobre os ataques do governo, espaços de discussão onde tenham voz os estudantes e que se aponte a construção de assembleias gerais por todo país.

Precisamos concretizar um calendário de lutas pela  base: 8 Março, greve internacional de mulheres, 14M quando completa um ano sem respostas sobre o assassinato de Marielle e Anderson, 22M junto aos trabalhadores contra a reforma da previdência, e 28M pela memória de Edson Luiz. O mês de março como em 2017, quando se barrou a reforma da  previdência de Temer, pode ser o começo de uma grande jornada de lutas. Para isso temos que unificar nossa luta com os trabalhadores e exigir das centrais sindicais (CUT/CTB) e da UNE a organização de uma greve geral!

É por calouradas assim que lutamos agora nas recepções e chamamos todos os estudantes e ativistas a se somaram conosco!

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