Venezuela: Rubén González condenado a 5 anos e 9 meses de prisão

Rubén González, secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores da Mineradora de Orinoco (Sintraferrominera), foi condenado a 5 anos e 9 meses de prisão na prisão de La Pica, em Monagas.

González foi preso em 30 de novembro de 2018, no contexto de protestos e reivindicações em respeito aos contratos coletivos e tabelas salariais, num posto policial em Anaco, estado de Anzoátegui. Ele estava voltando de uma marcha de trabalhadores em Caracas convocada pelo Intersetorial dos Trabalhadores da Venezuela, que exigia do governo de Nicolás Maduro o respeito aos acordos coletivos e rejeitava as tabelas salariais impostas unilateralmente pelo governo.

Esta é a segunda vez que González é condenado à prisão. Em 2009, ele foi preso pelo governo de Chávez por liderar uma greve na Mineradora. Em 2011 foi condenado a 7 anos, 6 meses e 2 dias de prisão. Dois dias depois, a sentença foi anulada pelo Supremo Tribunal de Justiça. Naquela ocasião houve grandes mobilizações na Guayana, greves nas empresas de base, até mesmo a ameaça de uma greve geral, Chávez foi derrotado e a sentença foi anulada. Em um novo julgamento, Gonzalez foi absolvido. Em 15 de agosto, o tribunal militar em que foi julgado sentenciou-o a 5 anos e 9 meses de prisão. Por sua vez, Rodney Alvarez, trabalhador da Mineradora, está preso há 8 anos, com uma acusação falsa e sem ser julgado. Dada esta situação, Alvarez declarou-se em estado de rebelião.

A perseguição a trabalhadores e dirigentes sindicais é política do governo, para enfraquecer as lutas dos trabalhadores. Nós da UIT-CI e de outras organizações, incluindo o PSL e a CCURA, repudiamos a condenação injusta de Rubén González e chamamos a unidade mais ampla de ação internacional para alcançar sua liberdade e a de Rodney Alvarez.

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