Nas ruas contra Bolsonaro e em defesa da Amazônia

A situação ambiental é alarmante. Desmatamento recorde, aumento de 82% das queimadas, liberação total dos agrotóxicos, ameaças contra a Estação ecológica de Tamoios, o assassinato e ameaças aos wajãpi e agressões aos demais povos da floresta. As declarações do governo Bolsonaro demonstram um projeto de destruição do meio ambiente e ataque aos direitos.

Amazônia em chamas!

Na tarde de 19 de agosto, diversas cidades brasileiras do sul e sudeste, viram o céu escurecer durante o dia. Na Avenida Paulista, o cinza chumbo cobria o céu às 15h. Esse fenômeno se explica pela combinação das nuvens carregadas com a fumaça causada pelas queimadas e a chegada da frente fria. O fogo está progredindo mesmo em áreas de proteção ambiental: 68 incêndios foram registrados em territórios indígenas e áreas de conservação. O ICMBio divulgou que as queimadas consumiram 10% do parque nacional da chapada dos Guimarães (MT).

O Terra Brasilis/Deter, criado pelo INPE em 2015 como sistema para acompanhar dados em tempo real do desmatamento, registrou aumento significativo. Em julho dobrou os registros chegando a 212%.

O Culpados são os Ruralistas e o Governo Bolsonaro

O projeto do governo Bolsonaro é a “flexibilização” das regras de preservação e proteção do meio ambiente, a liberação do garimpo em terras indígenas e a perseguição aos servidores e especialistas (como o presidente do INPE). Há ainda a “reestruturação” através do corte de verbas de órgãos como o ICMBio e o IBAMA. A Falta de estrutura e de novos servidores dificulta as ações, além da perseguição do Governo. Tudo para atender o agronegócio, as empresas de mineração, os pecuaristas e os madeireiros.

Verbas para Amazônia e não para os banqueiros e o agronegócio

O governo culpa as ONGs e o povo pelas queimadas e não aumenta os recursos. O fundo Amazônia teve recursos bloqueados pela Noruega e Alemanha.

O governo Brasileiro deveria declarar estado de emergência e destinar verbas para o combate aos incêndios, para a conservação e preservação da Amazônia e de todos os biomas do país, para combater o desmatamento, garantir a preservação de espécies da Fauna e Flora, fortalecer os órgãos do serviço público com a contratação de mais equipes de fiscalização e fazendo efetivamente a demarcação das terras indígenas. No ano de 2018 do recurso executado, apenas 0,13% do orçamento foi para gestão ambiental, enquanto 40% foi para o bolso dos banqueiros

Para destinar mais recursos para as políticas ambientais, o governo deveria utilizar recursos de multas de empresas poluidoras, estatizar empresas como a Vale e a Hydro e suspender o pagamento da dívida pública, que alimenta o bolso de bancos que financiam projetos poluidores. Mas essas medidas só vamos conquistar através da mobilização. Dando continuidade a luta através de um calendário de manifestações que devem desembocar em setembro nos atos internacionais contra a catástrofe climática.

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