Tem sangue indígena nas mãos do Bolsonaro

Coordenação Nacional  da CST/PSOL

O ano de 2019 está se fechando e bate mais uma triste marca: foi o ano em que 8 lideranças indígenas foram assassinadas, o maior número dos últimos 11 anos segundo a CPT (Comissão Pastoral da Terra). Foram assassinados(as): 1) Cacique Francisco de Souza Pereira, morto aos 53 anos no conflito da comunidade Urucaia, em Manaus (AM) em 27/02; 2) Cacique Willames Machado Alencar, 42 anos, morto no conflito da comunidade Cemitério dos Índios, em Manaus (AM) em 13/06; 3) Emyra Waiãpi, 69 anos morto no conflito da terra indígena Waiãpi/Aldeia Mariry, em Pedra Branca do Amapari (AP) em 22/07; 4) Carlos Alberto Oliveira de Souza (“Mackpak”), morto aos 44 anos no conflito da comunidade Cemitério dos Índios, em Manaus (AM) em 06/08; 5) Paulo Paulino Guajajara, morto aos 26 anos no conflito da terra indígena Arariboia/92 das Aldeias/Etnias Guajajara, Gavião e Guajá, no Maranhão em 01/11; 6) Cacique Firmino Prexede Guajajara, morto aos 45 anos no conflito da terra indígena Cana Brava/Aldeias Coquinho/Coquinho II/Ilha de São Pedro/Silvino/Mussun/NovaVitoriano, no Maranhão 8) Raimundo Benício Guajajara, morto aos 38 anos no conflito da terra indígena Lagoa Comprida/Aldeias Leite/Decente, em Jenipapo dos Vieiras (MA), ambos no últimos dia 07/12.

Invadem suas terras e matam

Para além da morte de lideranças por conflitos de terra contra os garimpeiros, latifundiários, as madereiras e os grandes projetos, esse ano foi registrado um aumento da violência contra os povos da floresta.
De janeiro a setembro de 2019, o Cimi verificou 160 casos de invasão de terras indígenas em 19 estados. Antes do fim do ano, o número já é mais de 40% maior do que o registrado em 2018. E conforme relata o próprio Conselho Indigenista Missionário a tendência é de se aprofundar essa situação.

É necessário defender os povos da floresta

Bolsonaro tem um projeto que favorece a invasão de terras indígenas pelos garimpeiros e por grileiros, já que o próprio Bolsonaro quer legalizar garimpo em terras indígenas e flexibilizar as frágeis leis ambientais. Tudo isso contribuí para que esse setor tome mais coragem, pensando que pode ficar impune, pois tem o presidente ao seu lado.
Precisamos de forma urgente seguir o exemplo da juventude que sai às ruas em defesa do futuro e contra a catástrofe climática, assim como a APIB que tem percorrido o mundo para denunciar os ataques de Bolsonaro. Defendemos como urgente a construção de uma ampla unidade pra lutar em defesa dos povos indígenas, que em cada CA, DCE, sindicato, Central sindical, partidos de esquerda e movimentos sociais tenhamos uma agenda comum de ações nas ruas contra esse governo e para defender que mais nenhuma gota de sangue indígena seja derramada.

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