Todo apoio à greve dos operários da Chery em SP

Imagem: Reprodução/ Facebook @combatesindical

Nenhuma demissão e nem redução de salários ou direitos! Suspender o pagamento da dívida e garantir verbas para saúde pública!

Estamos apoiando a greve dos operários da Chery em SJC, uma importante categoria que já demonstrou muita disposição de luta nos últimos anos. São hoje um exemplo do que devemos fazer pra defender nossa saúde e nossas vidas. Infelizmente, o governo Bolsonaro, governadores e empresas não se preocupam com a classe operária e os setores populares, por isso temos que nos organizar e lutar.

Os trabalhadores da Chery reivindicam a reintegração dos demitidos, estabilidade no emprego, manutenção dos direitos e licença remunerada para todos os operários. Esse é o caminho: não podemos aceitar demissões, redução de salários e nenhum direito a menos.

As empresas já estão aplicando uma política de redução salarial, como no caso da construção civil e empregados de bares e restaurantes do Rio de Janeiro, e um Programa de Demissão Voluntária – PDV para os trabalhadores de cinemas.

Somos totalmente contra essas medidas porque além de não garantir o emprego, ainda despeja a responsabilidade da crise as costas dos trabalhadores, enquanto os patrões ficam isentos e ainda recebem ajuda do governo.

O presidente Bolsonaro mantém sua irresponsabilidade diante da grave crise em que nos encontramos, por isso foi repudiado em um panelaço nacional no dia 18 de março. Nem mesmo a contaminação de vários ministros por Covid-19 fez o presidente mudar sua postura. O Ministro Paulo Guedes pretende usar a crise pra impor redução salarial e retrocessos na CLT, além de fazer propostas irrisórias, como os R$200 (duzentos reais) mensais, ao trabalhador informal. Duvidamos que Bolsonaro e Guedes consiguiriam viver um mês com essa quantia. Por isso, temos de protestar contra esse presidente irresponsável e seus ministros com seus planos antioperários.

Há muitos trabalhadores que seguem as suas jornadas, por irresponsabilidade dos patrões e governos. Bancários, metalúrgicos, carteiros, garis, atendentes e outras categorias não foram liberados de suas funções correndo risco de serem contaminados pelo coronavírus. Defendemos a imediata licença remunerada para esses trabalhadores.

Dar continuidade aos panelaços e convocar nova paralisação das categorias

As centrais sindicais e movimentos, a direção da CUT, da UNE, das conferederações como a Condsef e CNTE devem convocar um novo panelaço e organizar paralisações para garanta efetiva quarentena, para a classe operária e setores populares. São medidas assim, apostando na mobilização e seguindo o exemplo da Chery, que são necessárias neste momento. A direção da UNE está propondo novo panelaço no dia 21. Pode ser uma boa data pra reunificar a oposição, nas janelas e nas redes sociais, em todo o país. Devemos lutar por medidas efetivas e urgentes (ver nota sobre o dia 18/03).

No panelaço, que aconteceu dia 18 de março, os manifestantes ironizaram a postura de Bolsonaro, que subestimou a pandemia. | Foto: Reprodução/Twitter

Suspender o pagamento da dívida interna e externa e destinar recursos para saúde pública e o combate ao coronavírus

Para combater o coronavírus devemos investir pesado em saúde pública e garantir direitos sociais. Hoje em nosso país, de acordo com a Auditoria Cidadã da Dívida, o maior gasto do orçamento é com a dívida interna e externa. Em 2019, ela consumiu 1 trilhão do orçamento público federal, quase metade das verbas. Defendemos a suspensão desse pagamento. Isso significa retirar dos que mais ganham — os banqueiros — para investir em saúde, assistência social, salários dos trabalhadores; assim garantir a sobrevivência dos mais vulneráveis e o combate efetivo à pandemia do coronavírus.

O presidente e o congresso estabeleceram estado de calamidade no país, e com isso muitos empecilhos que engessam os investimentos em saúde e nas áreas sociais não precisam ser cumpridas. Agora temos que exigir que os verdadeiros afetados sejam salvos. Garantir todos os recursos para a saúde pública e o combate ao coronavírus, através da suspensao do pagamento da dívida interna e externa.

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