21/03- Panelaço contra Bolsonaro e em apoio aos trabalhadores

No dia 18/03 ocorreu um panelaço nacional pelo Fora Bolsonaro que repudiava o governo pela postura irresponsável diante da pandemia do coronavírus. Uma postura que não reconhece o tamanho da crise e nem apresenta um plano efetivo para combater a pandemia. O governo chamou um panelaço a seu favor, mas acabou naufragando. Dia 21 estaremos novamente nas janelas protestando contra o governo Bolsonaro e o seu pacote de ajuste contra os trabalhadores.

Governo quer aplicar um brutal ataque contra os trabalhadores

A proposta do governo Bolsonaro para a crise é aprofundar o ajuste fiscal. O pacote prevê a redução de salários em 50% dos trabalhadores do setor privado, a possibilidade de suspensão do contrato de trabalho com acesso ao seguro desemprego e inúmeras outras mudanças na CLT (como a flexibilização das regras para férias coletivas seja para toda empresa ou para determinados setores dentro de cada estabelecimento, banco de horas e trabalho remoto). Por fim, as empresas podem suspender o pagamento do FGTS.

Para tentar dar um verniz “social” a esse ataque, Guedes anunciou um “voucher” de R$ 200 para os trabalhadores informais cadastrados no governo. Trata-se de legalizar e aprofundar o que já vem sendo feito via acordos parciais no setor de restaurares e bares e na construção civil, ou mesmo empresas de ônibus do RJ que cortaram salários dos trabalhadores ou ainda setores da cultura que colocaram trabalhadores em PDV no CineMark. No setor operário já há férias coletivas no ABC, na Ford e Mercedes.

O pacote de Guedes, por outro lado, é generoso com os empresários. Além de beneficiá-los com a flexibilização da CLT, o governo vai liberar R$ 75 bilhões para melhorar o cofre das empresas e vai ajudar as gigantes do setor de aviação civil ampliando para 12 meses o prazo para devolução do valor das passagens.

A vitoriosa greve dos operários da Chery é o exemplo a ser seguido

A montadora Caoa Chery, em Jacareí – SP anunciou 70 demissões na empresa e através de uma forte greve os trabalhadores conseguiram reverter todas as demissões. A vitória dessa greve é muito importante porque mostra qual é o caminho que devemos tomar para barrar a política de corte de salários e demissões.

O importante é que os trabalhadores não estão aceitando calados a situação de descaso das empresas e o governo com a sua saúde. Tem crescido protestos por fornecimento do kit básico de álcool gel e máscaras. Temos o exemplo da greve no setor de arte educadores que trabalham na Fundação Casa de SP, o protesto de da BTCC-Oi de Goiânia em frente a empresa, pedindo quarentena e a paralisação com ato na rua da Consolação (SP) num dos maiores callcenters do país, o Almaviva. São todos processos que demonstram uma indignação com essa situação de descaso.

Bateremos panela no dia 21/03

Temos que mais uma vez somar forças no panelaço do dia 21/03 às 20h contra Bolsonaro. Fortalecer essa atividade é muito importante como parte das ações para colocar para fora Bolsonaro, Mourão e Guedes e o seu pacote de ajuste. Estaremos protestando na janela também em apoio aos trabalhadores que continuam na luta por condições de segurança e saúde e os que estão batalhando contra a redução salarial e as demissões.

Temos ainda que exigir a suspensão do pagamento da dívida que destina por ano mais de 1 trilhão de reais aos banqueiros e especuladores, dinheiro que é retirado da saúde e assistência social duas áreas fundamentais no combate as consequências da coronovírus.

A direção da CUT, da UNE, das confederações como a Condsef e CNTE devem convocar novas ações após o dia 21, apoiar as greves e construir uma paralisação contra a calamidade pública que é esse governo rumo a greve geral. Essas direções devem apostar nas mobilizações, seguindo o exemplo da vitoriosa greve da Chery, incentivando em suas bases ações pela liberação dos empregados que seguem correndo o risco de contaminação se continuarem trabalhando.

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