Todos ao 1° de maio classista da CSP-Conlutas e Intersindical. Fora Bolsonaro e Mourão e suspensão do pagamento da dívida!

Imagem: Facebook @CSPConlutas

Em meio à uma pandemia global e ao aumento do número de mortes, o presidente Bolsonaro desdenha do drama do povo trabalhador. Ele não está preocupado com o colapso dos hospitais e com o aumento da fome e da miséria. É inimigo dos direitos sociais e do SUS e amigo dos banqueiros e empresários parasitas. Ele tem que ser derrotado juntamente com o vice presidente Mourão, general do exército que defende Brilhante Ustra, a ditadura militar, é contra direitos trabalhistas e já defendeu a possibilidade de um “autogolpe da presidência da República”.

A instabilidade do atual governo existe e a crise na cúpula burguesa é evidente. Não é por acaso que setores burgueses da própria extrema direita desembarcam do governo, revelando algumas falcatruas do atual presidente que comprovadamente quer interferir politicamente na Polícia Federal para barrar investigações sobre sua família e a relação dos Bolsonaro com o crime organizado. O ex Ministro Sérgio Moro foge do barco bolsonarista tentando manter algo do seu capital político e sem explicar as negociatas sobre sua possível vaga no STF.

O congresso nacional corrupto e os governadores da extrema direita aplicam ajustes

Por outro lado, a câmara dos deputados e os governadores, mostram que não são uma oposição real a extrema direita. Apesar de emitirem declarações contra aspectos do programa autoritário de Bolsonaro, a realidade é que na agenda econômica patronal eles estão juntinhos e querendo estabilidade política para votar a PEC 10 que destina trilhões aos piratas do sistema financeiro. Além de apoiar reduções salariais e as suspensões de contratos que já alcançam mais de 1 milhão de trabalhadores. Agora mesmo o Ministro de Bolsonaro, Paulo Guedes (ex-funcionário da ditadura de Pinochet), realiza um acordo com Alcolumbre para atacar os servidores. O Governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, uma ala da extrema direita que hoje se distanciou de Bolsonaro, tenta aplicar um plano de privatização que inclui a venda das universidades estaduais.

A cúpula das centrais majoritárias pactuou com nossos inimigos de classe

No contexto dessa crise era necessário um ato do dia internacional dos trabalhadores para defender o Fora Bolsonaro e Mourão, a ampliação da quarentena e a vida dos trabalhadores, assim como a manutenção dos direitos trabalhistas. Infelizmente o caminho das centrais sindicais majoritárias foi outro.

As direções majoritárias da CUT, Força sindical, CTB, UGT optaram por não colocar as demandas da classe trabalhadora como centro. Não deram ouvidos aos apelos e as propostas da CSP-CONLUTAS e da Intersindical e optaram por convocar para o dia do trabalhador reconhecidos inimigos da nossa classe. Foram convidados Rodrigo Maia, FHC, João Dória, David Alcolumbre, Ministro do STF, etc.

Para garantir a presença desses senhores, as centrais não levantam um programa de ampliação da quarentena, pelo Fora Bolsonaro e pela derrubada dos projetos votados em meio à pandemia que retiram direitos trabalhistas. Ou seja, pactuam com nossos inimigos de classe e se negam a levantar um programa mínimo dos trabalhadores frente à atual crise do país.

É preciso unificar todos e todas que se opõe a presença dos políticos patronais no primeiro de maio

O convite aos políticos burgueses ao primeiro de maio causou descontentamento em setores da própria CUT nacional e em alguns de seus ramos estaduais.

Outras entidades sindicais importantes que estão sem filiação a nenhuma central também criticaram a medida, caso do SEPE-RJ que propõe um primeiro de maio classistas e combativo (https://www.facebook.com/260528207360293/posts/2907424336003987/).

Houve ainda movimentos políticos e sociais como a Frente Povo Sem Medo, articulação impulsionada pelos companheiros do MTST, que não concordaram em participar no ato chamado pelas centrais majoritárias.

Mais do que nunca teríamos de unir nossas forças e construir uma ação virtual conjunta de todos e todas que se opuseram ao rumo atual do primeiro de maio majoritário. Temos de realizar juntos um primeiro de maio sem políticos burgueses e com a participação do SEPE – RJ, o MTST,a Frente Povo Sem Medo e demais sindicatos, federações e ramos estaduais das centrais que não aceitam compartilhar o primeiro de maio com Rodrigo Maia, Witzel, Dória e FHC.

Chamamos os trabalhadores/as ques se organizam na CUT e CTB e que nao concordam com a decisão, tomada pela direção dessas centrais, a continuarem construindo a unidade com aqueles que efetivamente querem enfrentar o governo Bolsonaro.

Em tempos de COVID-19, a releitura da obra “Operários”, da Tarsila do Amaral (1933).

Apoiar as lutas e fortalecer o 1° de maio classista da CSP-Conlutas e da Intersindical

Duas centrais se negaram a tomar esse caminho equivocado traçado pelas direções majoritárias da CUT, CTB, Força Sindical, UGT, etc. A nossa central, CSP-Conlutas, em conjunto com a Intersindical romperam com a construção do ato das centrais majoritárias e estão convocando um ato independente. Esse é o ato que fará jus a memória dos chamados Mártires de Chicago que um século atrás morreram lutando pelos direitos dos trabalhadores e se tornaram símbolo e marco para o próprio protesto do dia primeiro de maio.

É preciso que o sindicalismo combativo chame os trabalhadores para assistirem essa live e a se somarem nos panelaços que serão realizados às 20h30. Devido às restrições da quarentena essa é a forma de protesto do momento. Além de exigir a queda do presidente Bolsonaro, o ato classista propõe a defesa do emprego e direitos trabalhistas e o fortalecimento da quarentena.

Acreditamos que o ato também deve ser parte da solidariedade ativa com os trabalhadores que estão em luta. Nos EUA os trabalhadores da Amazon, Instacart, Whole Foods, Walmart, Target e Fedex irão cruzar os braços nesse 1° de maio. No mundo todo, de uma forma ou de outra, haverá atos do primeiro de maio, pois essa data também expressa um dia de luta de todos os trabalhadores do mundo e aponta que a nossa união global e a libertação será obra de nossa própria classe, sem confiar em nenhum empresário, político do sistema e governo capitalista.

No Brasil em diversas capitais os trabalhadores da saúde têm saído em frente aos hospitais para protestar por condições de trabalho e EPI’s, como ocorreu no Pará, Porto Alegre e no HU da USP. Tivemos paralisações de fábricas como a Cherry e a Solutech no Vale do Paraíba que reverteram demissões e reduções de salariais. É opoiado nesses exemplos que devemos construir o 1° de maio.

Confira o vídeo de Diego Vitello, metroviário de SP e da Secretária Executiva Nacional da CSP-Conlutas:

https://www.facebook.com/combatesindical/videos/2583132821943757/

Combate Sindical (CST e independentes) levantará essas propostas no 1° de maio classista:

– Fora Bolsonaro e Mourão, já! Esse governo assassino não pode continuar!

– Suspender o pagamento da dívida pública, taxar as grandes fortunas e estatizar os bancos para aplicar os recursos na saúde pública (testes massivos, leitos e respiradores mecânicos), em equipamentos de proteção individual para o conjunto da população, garantindo renda básica digna a trabalhadores desempregados, precarizados e informais.

– Total apoio e solidariedade às lutas em curso nos hospitais e nas fábricas; reverter às demissões, redução salarial ou retirada de direitos.

– Exigir da CUT, CTB e demais centrais um plano de luta imediato, panelaços e a preparação de uma Greve Geral;

– Realizar uma reunião nacional de todos e todas os que querem seguir a luta contra Bolsonaro e Mourão, contra os planos de ajuste de Maia e Alcolumbre, contra os governadores Witzel e Dória, contra os banqueiros, as multinacionais, os grandes empresários do campo e da cidade. Reunião que poderia ser no SEPE-RJ.


 

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