ARGENTINA | Se fortalece a unidade na Plenária do Sindicalismo Combativo com o ingresso do MAC/PTS

Por Guillermo Sánchez Porta
Tradução Lucas Schlabendorff


Na segunda-feira, 13 de julho, foi realizada uma nova reunião da Mesa Nacional da Plenária do Sindicalismo Combativo (PSC). Como diz o comunicado da PSC, “Rubén ‘Pollo’ Sobrero, secretário geral da União Ferroviária Oeste; Ileana Celotto, secretária-geral da AGD-UBA; Guillermo Pacagnini, secretário-geral do Cicop; Alejandro López, secretário-geral do Sindicato Ceramista de Neuquén; Mariana Scayola, secretária-geral da Ademys; Sebastián Tolosa do Sutna-Merlo e secretários-gerais e dirigentes de sindicatos” de diferentes lugares do país participaram do evento. Também estavam presentes a dirigente ferroviária Mónica Schlotthauer (pouco depois se verificou seu contágio da Covid-19), Jorge Adaro da Ademys, Angélica Lagunas da ATEN Neuquén, Pablo Almeida da ATE Ministério da Economia, entre outros.

Foi realizado um balanço da atuação da PSC, reivindicando as ações realizadas, como a rádio aberta em frente ao Ministério do Trabalho na CABA, as diferentes atividades no país apoiando as lutas em curso (Neuquén, Córdoba, GBA, etc.), a plenária virtual nacional em 27 de maio, o dia nacional de luta em 16 de junho com ações em muitas províncias, e uma coletiva de imprensa em frente ao Obelisco na CABA, em meio à pandemia que está atingindo duramente a AMBA.

Houve um acordo de que a PSC está se fortalecendo como polo de referência para aqueles que lutam, diante da paralisia da burocracia sindical da CGT e das CTA, conseguindo incorporar novos lutadores e lutadoras independentes nas diferentes atividades e convergindo com muitos nas lutas diárias. E que este é o caminho a seguir. Houve polêmicas com os representantes do MST/Ancla quando marcamos a posição política e metodologicamente errada que eles tiveram na jornada de luta de 16 de junho, chamando-os a manter a unidade nos acordos e a debater leal e fraternalmente as diferenças que sempre irão aparecer. E, fundamentalmente, respeitar as posições tomadas pelos sindicatos que compõem a PSC, priorizando a unidade e as ações genuínas dos trabalhadores.

Na reunião também aprovamos uma declaração com um eixo no chamado para lutar “para que a crise não seja paga pelos trabalhadores”, “por um imposto progressivo sobre as grandes fortunas e rendas para financiar a emergência sanitária, econômica e social”. “Numa época em que a curva de contágio está crescendo, Alberto Fernandez, Axel Kicillof e Rodriguez Larreta estão flexibilizando ainda mais a quarentena”, diz a declaração. “O pleno funcionamento da maioria das indústrias envolve quase três milhões de trabalhadores da AMBA, em muitos casos sob condições de trabalho que não estão de acordo com nenhum protocolo por parte das patronais.”

“Enquanto as patronais são subsidiadas, sob a proteção do pacto entre UIA-CGT-governo, o número de demissões está se multiplicando (houve quase 300.000 em dois meses) e os salários estão sendo reduzidos. O Ministro Guzmán renegocia a dívida externa com especuladores internacionais, cedendo às suas exigências multimilionárias. Esta renegociação inclui reformas trabalhistas e previdenciárias e a entrega – como garantia de pagamento – dos recursos naturais de nosso país”.

“O outro lado da moeda é a fome, as demissões, o não reconhecimento dos acordos coletivos, a flexibilização e superexploração do teletrabalho, os salários de miséria e a contaminação massiva da população, sem os recursos sanitários para sua assistência. Tudo isso acontece com a cumplicidade direta da CGT e também das CTA”.

Em vista disso, a Mesa da PSC ratificou as propostas e o programa, tais como “a proibição de demissões e suspensões, um aumento geral dos salários e pensões, ajuda social, seguro universal para os desempregados, assistência estatal às cooperativas e gestões dos trabalhadores, e medidas básicas como a nacionalização do sistema de saúde sob o controle de seus trabalhadores, o não pagamento da dívida externa e a ruptura com o FMI, a nacionalização dos hidrocarbonetos, bancos, comércio exterior e todos os recursos estratégicos e empresas privatizadas”.

Um dos pontos mais importantes da reunião foi aprovar a entrada na mesa nacional da PSC do Movimento de Agrupações Classistas (MAC), uma corrente sindical do PTS, que, após mais de dois anos de recusa em participar, mudou de posição e pediu para ser incorporada. Com esta resolução, a PSC se fortalece com a entrada de novos lutadores e lutadoras e continua a se fortalecer como polo nacional de coordenação de lutadores e lutadoras antiburocráticos e antipatronais, na luta por uma nova direção para o movimento operário.

A reunião também definiu, entre outras questões, promover a realização de plenárias nas próximas semanas em diferentes províncias. Lançar uma campanha nacional em defesa das fábricas de cerâmica recuperadas sob o controle dos trabalhadores em Neuquén. Para apoiar as lutas em andamento e a greve dos Suteba Multicolores em 15 de julho. Promover uma ação exigindo o aparecimento com vida de Facundo Castro. E convocar uma nova reunião da Mesa Nacional, já com a integração do MAC, para estabelecer o cronograma das plenárias provinciais nas próximas semanas e, posteriormente, uma nova plenária nacional para promover e coordenar as lutas e organizar um plano de lutas.

Chamamos a todos os lutadores e lutadoras para que se somem e fortaleçam a unidade do sindicalismo combativo na PSC.

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