Fora Witzel, Claudio Castro e demais corruptos

Mandato do Vereador Babá (CST, PSOL RJ)


Nas primeiras horas do dia 27/08, uma decisão do STJ determinou o afastamento preventivo de Witzel do cargo de governador do Rio de Janeiro. A decisão também ordenou a prisão do Pastor Everaldo, presidente nacional do PSC, partido de Witzel; Lucas Tristão, ex-secretário mais importante do Governo do RJ; e Sebastião Gothardo Netto, ex-prefeito de Volta Redonda.

Além disso, determinou-se a busca e apreensão na casa do vice-governador, Cláudio Castro (PSC), do presidente da ALERJ, André Ceciliano (PT), e da esposa de Witzel. Outros foram denunciados, incluindo um desembargador da Justiça do Trabalho, acusado de montar um esquema para desviar dinheiro público da saúde.

Os desvios de verbas públicas para enriquecer os negócios de grandes empresários e políticos é parte cotidiana dessa falsa democracia dos ricos. Aumentam a repressão para supostamente combater o “crime organizado” nas favelas, mas o verdadeiro “bunker de bandidos” está nos palácios da cúpula desse regime político. No Rio de Janeiro, é fato que os maiores bandidos e as maiores máfias do estado estão dentro do Palácio Guanabara, da ALERJ, na PM e na cúpula do judiciário.

Os governos da extrema direita são corruptos e favorecem as milícias

Os governos da extrema direita, que montaram suas campanhas no populismo anticorrupção, não passaram nem à primeira prova: o laranjal do PSL; os R$ 89 mil depositados por Queiroz na conta da esposa do presidente Bolsonaro; e os desvio de verba da saúde no Governo do Rio de Janeiro mostram que continuam os velhos esquemas com novos atores. Além das relações com organizações paramilitares que controlam territórios para obrigar que moradores paguem mensalidade e comprem serviços ofertados por eles.

Os esquemas de corrupção também envolvem os governos da direita tradicional. A OSS IABAS, que está no centro do desvio das verbas no governo Witzel, é a mesma que está à frente do hospital de campanha do Anhembi, em SP, no governo do PSDB.

Infelizmente, o PT fez um pacto com o PSC na ALERJ

O envolvimento de André Ceciliano, do PT-RJ, não é à toa. O PT não lidera uma oposição intransigente e consequente à extrema direita de Witzel. Infelizmente, realizaram acordos na eleição da presidência da ALERJ, obtendo apoio da bancada ultrarreacionária do PSC. Dos quatro deputados do PSC, três votaram em André Ceciliano, do PT, e o que restou estava preso. Os deputados estaduais do PT não tiraram nenhuma conclusão de sua participação em governos corruptos do PMDB, no Rio de Janeiro, como o governo Cabral, e agora embarcam em acordos com o PSC. Os resultados não poderiam ser outros.

Bolsonaro e Mourão também são corruptos!

O presidente Bolsonaro tenta descaradamente interferir na Polícia Federal e, com isso, aumentar a pressão sobre seus adversários políticos, utilizando a seletividade que é característica dessas operações. Não podemos depositar nenhuma confiança nessas operações controladas pela extrema direita. Bolsonaro, Mourão e todo seu governo não podem e não querem combater a corrupção, justamente porque eles são parte desses esquemas que enriqueceram a própria família Bolsonaro.

As disputas entre os políticos da extrema direita e da direita é apenas para ver com quem fica a “chave do cofre”, porque quando se trata de retirar direitos e atacar nossas liberdades democráticas, eles estão juntos, contra o povo trabalhador, explorado e oprimido.

Parem os ataques aos nossos direitos e as operações comandadas por esse governo corrupto!

Em meio à greve nacional dos trabalhadores dos Correios, a Polícia Militar, comandada por Witzel, escoltava e proibia as atividades dos grevistas com carro de som. Uma medida autoritária, que tem o objetivo de tentar nos calar e fazer com que aceitemos os ataques que eles querem nos impor.

As operações policiais continuam matando pobres e favelados, com a desculpa de guerra ao crime organizado. Uma cúpula de bandidos se apossou do Governo do Estado e, desde então, redobrou a repressão policial para evitar mais protestos e nos manter com medo em casa.

Os últimos episódios mostram que esse governo, esses políticos e suas polícias não têm moral para reprimir os grevistas e o povo negro nas favelas. É preciso unificar nossas mobilizações, por direitos trabalhistas, por medidas efetivas de quarentena, por salários, direitos e empregos e por nossas vidas. Precisamos seguir o exemplo das mobilizações antirracistas nos EUA, que enfrentam a repressão e o governo da extrema direita de Donald Trump.

Organizar manifestações de rua contra todos os corruptos!

Somente a mobilização do povo trabalhador e da juventude pode resolver esse problema da corrupção de forma positiva, em favor da classe trabalhadora e dos setores populares. É preciso organizar protestos contra a corrupção de Witzel e de seu governo de extrema direita. Por isso, não podemos depositar um segundo de confiança nesses políticos nem nas instituições corruptas do regime político. É preciso nos apoiarmos na nossa mobilização e impor, através da unidade das campanhas salariais, das mobilizações e protestos, um programa que garanta nossas reivindicações e ponha para fora Witzel, Bolsonaro e todos os corruptos que atacam nossos direitos e matam o povo negro nas favelas.

Cabe ao PSOL e seus parlamentares, aos sindicatos, como o SEPE, aos DCEs, às juventudes, como as da UJC e UP, à CSP-Conlutas e aos demais movimentos populares, a necessidade de organizar mobilizações contra a corrupção no Rio de Janeiro.

Enfrentar a máfia que domina o Rio de Janeiro

É importante investigar, sem qualquer seletividade, todos os envolvidos e afastar dos cargos públicos todos os que tenham indícios suficientes para demonstrar o envolvimento nos esquemas, para que não interfiram nas investigações. Defendemos prisão e confisco dos bens dos políticos e empresários corruptos, bem como expropriação de todas as empresas mafiosas, colocando-as sob o controle de seus trabalhadores. Defendemos a maior transparência nas investigações e a formação de comissões independentes, compostas por sindicatos, por entidades, como a OAB e a ABI, e pelo movimento popular, para acompanhar os inquéritos, evitar interferências políticas e garantir julgamento e punição aos corruptos.

Nenhum corrupto deve governar o Rio de Janeiro

A crise da república dos ricos é crônica no Rio de Janeiro, e passou pelos governos Cabral e Pezão. Agora, a extrema direita mostrou sua verdadeira face corrupta. Não há saída para a crise que não seja através da mobilização e da luta, e, nesse caminho, batalhar por um governo dos trabalhadores e do povo, que invista nos servidores públicos, coloque os recursos estaduais a serviço da população, gerando emprego e renda para o povo trabalhador, e que lute contra a corrupção. Defendemos que o SINTECT-RJ (cuja base está em greve), o SEPE (com as profissionais da educação lutando contra a reabertura das escolas), o SINDPETRO, o SINTSAMA, o Sindicato dos Bancários (que está em campanha salarial), o PSOL e seus parlamentares, juntamente com DCEs, a CSP-Conlutas e os movimentos de mulheres e negros, convoquem uma Assembleia Geral dos trabalhadores e do povo fluminense, para decidir como atuar em comum e ver como aplicar as propostas alternativas para governar o Rio de Janeiro de forma diferente.

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