Barrar a Reforma Administrativa de Bolsonaro!

O FONASEFE deve construir um plano de lutas unificado de atos e paralisações!

A reforma administrativa (PEC 32/2020) é um enorme ataque ao serviço público e aos servidores. Bolsonaro, Guedes, Maia, a Rede Globo e todos os setores da burguesia pretendem aprová-la ainda este ano.

Uma PEC que dará super poder ao presidente para extinguir órgãos ou autarquias, nacionalizando os “guardiões do Crivela. É um projeto que institui a imparcialidade como princípio, permitindo punir quem opina diferente da gestão. E na lógica da subsidiariedade permite e estimula terceirizar e privatizar qualquer serviço público.

Em meio a uma pandemia inédita e uma crise social e ambiental profunda, o que o país precisa é de mais serviços públicos como hospitais, de mais políticas sociais, como renda básica de reposição das perdas do salário-mínimo, de mais servidores públicos da área ambiental, de mais investimentos em pesquisa em busca de uma vacina. Mas a extrema direita e a direita apontam para o caminho oposto com essa reforma. E ainda por cima desviam recursos da saúde e acabam de cortar verbas da educação para 2021.

É preciso lutar unificadamente, sem vacilos

Diante dos ataques de Bolsonaro e Maia, a classe trabalhadora precisa se unificar.  Mas infelizmente as maiores centrais não estão cumprindo seu dever de lutar em defesa do povo trabalhador. Foi o que vimos na recente greve dos correios. A cúpula da CTB, que controla os maiores sindicatos da categoria, não organizou uma efetiva greve contra a retirada de direitos no Acordo Coletivo da categoria e boicotou a marcha nacional a Brasília, organizada pelos sindicatos da FENTECT. E infelizmente a CUT, maior central do país, isolou a luta dos ecetistas se negando a unificar as campanhas salariais dos estatais (bancários e petroleiros). As maiores centrais se negaram a construir a proposta da CSP-CONLUTAS de um dia nacional de lutas unificado em defesa dos trabalhadores dos correios. Assim as cúpulas das centrais deram fôlego a extrema direita e não bloquearam o caminho da retirada de direitos.

Os partidos que se dizem progressistas também não estão fazendo nenhuma luta efetiva. o que é pior, são os governadores do PT, PCdoB, PDT e PSB que estão aplicando políticas de ajuste fiscal (como as reformas estaduais da previdência), abrindo escolas (Maranhão) ou reprimindo manifestações antifascistas e antirracistas (Ceará).

Isso tem que mudar! Propomos que a CUT, CTB, CNTE, CONDSEF, UNE e os partidos que se reivindicam de oposição construam um calendário concreto de lutas, com greves e paralisações, contra a reforma administrativa de Bolsonaro.

Dia 30 tem que ser o primeiro passo de um calendário nacional de lutas, com paralisações e passeatas

Diante da PEC da reforma, a indignação tomou conta de todas as entidades dos servidores das 3 esferas. Por isso, o FONASEFE definiu realizar em 30/09 dia nacional de luta e realizou dezenas de plenárias unificadas pelos estados para organizar atos de rua nessa data.

Um grande setor da classe, como os servidores, está se unificando contra essa reforma. Suas direções têm que assumir bem tarefa e garantir as lutas. Mas para isso precisam encaminhar o que votam no próprio FONASEFE. Por exemplo  vimos pouca movimentação de muitas entidades para construir os atos nos estados no dia 30.

Alguns estados como RJ, há claro boicote a este dia de luta, por parte de algumas direções sindicais ligadas a cúpula da CUT e CTB.

Infelizmente também companheiros de esquerda que são majoritários em entidades importantes como o SEPE não jogaram o peso necessário e não se somam a uma forte convocação desse ato.

Uma oportunidade de construir de uma forma melhor a necessária unidade na luta é dar continuidade as plenárias unificadas e construir uma segunda jornada de mobilização. No RJ já está marcada nova plenária para dia 08 às 18h. É preciso realizar novas plenárias e atos em todos os estados. Temos que exigir do FONASEFE, das centrais, federações, confederações, sindicatos que assumam seu papel dando continuidade a este enfretamento lutando contra as manobras imobilistas da cúpula majoritária das Centrais.

Em nossa opinião o ANDES-SN, FASUBRA, SINASEFE, que tem muito peso de setores da esquerda e da CSP-CONLUTAS, poderiam organizar essa batalha em unidade com a juventude, garantindo um bom calendário junto ao FONASEFE e batalhando para que as Centrais assumam essa política.

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