A juventude Vamos à Luta nas eleições

O Vamos à Luta (CST e independentes) vai participar ativamente das eleições 2020. Vamos com o PSOL 50 no PA, MG, SP, RJ e RS. Nesta edição, apresentamos as candidaturas da juventude revolucionária para vereadora e vereador em Belo Horizonte e Belém.

 

Em Belo Horizonte, vamos com o PSOL 50 e Natália Granato vereadora n° 50180

CST/MG

No final de 2019 e início deste ano, Belo Horizonte foi destruída por enchentes, que tiveram como consequência dezenas de mortos e centenas de desabrigados. É evidente que as vítimas têm classe, endereço, raça e gênero, bem como seus responsáveis. Ao contrário do que defendem alguns, as causas da devastação da cidade e de seus moradores não estão atreladas apenas a “catástrofes naturais”, mas à falta de um planejamento urbano que priorize as vidas em detrimento do lucro. Esse projeto de cidade e de mundo é escancarado em BH com as enchentes, mas também com a escassez de saneamento básico e habitações dignas para a população. Por isso, é fundamental que tenhamos candidaturas que enfrentem esse ideal de cidade para os ricos e de marginalização, miséria e morte para os pobres e trabalhadores! Em Belo Horizonte, vamos com Natália Granato para exigir um grande plano de obras públicas para resolver o desemprego e os problemas da cidade, combatendo as enchentes, fomentando a construção de habitações e saneamento para os trabalhadores.

Além da falta de planejamento da cidade – ou presença de um projeto para um grupo específico da população – Alexandre Kalil (PSD), prefeito e empresário, demonstrou sua preocupação maior com o lucro em meio à pandemia do coronavírus. Assim como a ampla maioria dos governadores e prefeitos, Kalil flexibilizou a quarentena para passar a conta da crise para a classe trabalhadora, que se expõe ao vírus para não morrer de fome. E quem sofre com isso? Os trabalhadores, jovens, mulheres, pretos e LGBTs.

Enquanto os empresários lucram cada vez mais com a pandemia, os jovens enfrentam um contexto de desemprego (como apontamos nas últimas matérias, no Brasil quase 40% dos desempregados têm menos de 25 anos) e, com isso, uma imensa precarização, já que os patrões aproveitam-se do desespero para superexplorar a juventude, exemplo disso são as agências de telemarketing e os entregadores de aplicativo. Esses planos são fomentados pelo governo Bolsonaro/Mourão em conluio com a burguesia nacional e internacional e repassados pelos governos dos estados e prefeituras.

Nesse sentido, não é aleatório que a rejeição a Bolsonaro é maior entre as pessoas de 16 a 24 anos, bem como aos governantes que cumprem sua agenda localmente, já que as pessoas dessa faixa etária sentem nos seus cotidianos a dura realidade de seus governos. Diante da situação na qual nos encontramos, é necessário que apostemos em candidaturas que se oponham radicalmente ao projeto de genocídio da juventude trabalhadora, preta e LGBT!

A rejeição ao atual governo deve ser canalizada em apostas de projetos diametralmente opostos. Para além de discursos sobre representatividade, que, infelizmente muitas vezes se perdem nos oportunismos, é importante que tenhamos à frente das Câmaras pelo país jovens que vivem e lutam pela e ao lado da classe trabalhadora e seus filhos; negando e denunciando os prefeitos, vereadores e todos os políticos que têm atuação semelhante à do governo Bolsonaro/Mourão. Belo Horizonte clama por vereadores que não deem as mãos para os nossos inimigos e denunciem quem o faz. Natália Granato é a alternativa por uma cidade dos trabalhadores, mulheres, pretos e LGBTs, por uma quarentena geral, com garantia de emprego, salário e por renda básica, com o intuito de combater a pandemia e erradicar as mortes.

Em Minas Gerais, o governador Romeu Zema (NOVO) anunciou a volta às aulas presenciais para 5 de outubro, mostrando sua concepção de escola: um espaço para depositar os filhos da classe trabalhadora enquanto vendem sua força de trabalho e garantem os lucros dos capitalistas. Natália, professora em formação, tem esse aspecto bem ressaltado em seu programa: não ao retorno das aulas presenciais, sob nenhuma circunstância!

A exemplo da aprovação do ensino remoto, a justificativa dos governantes é que devemos nos preocupar com a formação das crianças e jovens, mas sabemos que isso é uma mentira, visto que os alunos pobres e trabalhadores pensam em desistir dos estudos e a evasão da juventude negra da educação básica é gritante. Natália Granato, mulher preta, lésbica e filha de empregada doméstica e operário metalúrgico apresenta propostas fundamentais para uma educação de qualidade para todos e todas, com real enfrentamento às opressões, entre elas educação sexual e de gênero nas escolas, para derrotar a cultura do estupro e ensinar as crianças e identificarem abuso, bem como formação antirracista para os trabalhadores da educação pública municipal e efetivação do ensino de cultura afrodescendente e indígena nas escolas.

Num contexto em que o governo ultraneoliberal e conservador de Bolsonaro, com a Ministra Damares à frente da pasta de mulheres, aprova uma portaria para dificultar ainda mais o acesso ao aborto seguro e digno às mulheres violentadas ou em situação de risco, constrangendo e agredindo-as com mecanismos igualmente machistas e patriarcais pela ferramenta do Estado, é preciso defender educação para decidir, contraceptivo para não engravidar e aborto legal para não morrer! No Brasil, milhares de vidas de mulheres trabalhadoras e jovens são perdidas por aborto clandestino. Defender as mulheres, principalmente negras, indígenas e pobres, significa lutar permanentemente pela legalização do aborto, como as companheiras da Argentina fizeram com o movimento do lencinho verde, que Natália acompanhou de perto para contribuir na luta das mulheres brasileiras.

Esta candidatura está a serviço das lutas, porque acredita que só com mobilização garantiremos nossas vidas e a ampliação de direitos! Natália Granato é a opção em Belo Horizonte para as mulheres, negros e negras, LGBTs e, principalmente, para toda a juventude e a classe trabalhadora. É preciso ter coragem para denunciar os governos, machistas e racistas, que açoitam a juventude com seus projetos insaciáveis por lucro. Isso nos dá um caminho muito bem definido para enfrentar a extrema direita e os capitalistas em BH: é 50180 pela luta e pela vida! É 50180 para a juventude poder viver e sonhar!

Quer acompanhar a candidatura desta mulher de luta? Assine o Manifesto!

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Em Belém, vamos com o PSOL 50 e Eduardo Protázio vereador 50300

CST Pará

O fato é que o calendário eleitoral se aproxima e em Belém diversas candidaturas de partidos burgueses, da extrema direita ou da direita tradicional e reformistas vão apresentar suas alternativas, não para responder às reais necessidades da juventude pobre, negra e trabalhadora (ou desempregada), mas para seguir administrando prefeituras e câmaras municipais e transferindo a conta da crise capitalista para as nossas costas. É o caso de Thiago Araújo (Cidadania), que vem para “seguir o trabalho” do atual prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB), ou de Priante (MDB), representante do governador Helder Barbalho (MDB), e outros que virão apenas para manter a nossa cidade no abandono de quase duas décadas.

 

Nós, da juventude socialista e revolucionária, temos o dever de apresentar as nossas alternativas, com um programa de ruptura à lógica da democracia representativa burguesa, construindo candidaturas e programas pautados na luta cotidiana da juventude e da classe trabalhadora, tomando como exemplo o protagonismo juvenil nas gigantescas manifestações do #EleNão em 2018, do “tsunami” em defesa da educação em 2019 e das recentes mobilizações internacionais levadas a cabo pela juventude, tal como foi o 8 de março chileno com quatro milhões de pessoas nas ruas contra Piñera e pela vida das mulheres; como foi nos EUA com os levantes antirracistas por George Floyd, Jacob Blake e contra a violência racista e policial. Aqui no Brasil também assistimos trabalhadores de entrega de aplicativos pararem suas atividades em julho, categoria composta majoritariamente por jovens negros. E mais recentemente, em muitas universidades país afora atuamos conjuntamente com a juventude estudantil que não aceita o Ensino Remoto e defende a educação pública, gratuita e de qualidade.

Programa:

Está colocada a necessidade de seguirmos em marcha, lutando permanentemente! O programa político, econômico e social que nos enfiam goela abaixo os governantes capitalistas não nos serve, não serve aos de baixo. Responde somente à sua crise, que impõe a necessidade de aumentar suas taxas de lucro por meio do pagamento da Dívida Pública, mecanismo que suga mais de R$ 4 trilhões todos os anos dos cofres públicos, dinheiro meu e seu que deveria ser destinado para o investimento em direitos básicos e serviços públicos, mas que todos os anos serve para encher o bolso de banqueiros, grandes empresários, isto é, gente já muito rica e poderosa. Em contraposição ao programa da burguesia, defendemos para essas eleições um programa alternativo, para a juventude da classe trabalhadora:

  • Suspender o pagamento da dívida pública! Para que haja recursos públicos e se garantam todas as nossas reivindicações, é preciso que haja a suspensão do pagamento dessa dívida fraudulenta e imoral. Ficou provado no início da pandemia com a suspensão das dívidas de estados e municípios que é possível acabar de vez com a farra dos bancos e banqueiros.
  • Por um plano de obras públicas por emprego e renda! O desemprego acerta em cheio a juventude e para isso é necessário que estados e municípios elaborem um plano amplo e efetivo de obras públicas, que passe por construir e revitalizar calçamentos, praças, escolas, creches. Assim como uma política real de renda básica com um salário mínimo como base e redução das jornadas de trabalho sem redução nos salários para a abertura de mais vagas, tanto no funcionalismo público quanto na iniciativa privada.
  • Municipalização do transporte e passe-livre para estudantes e desempregados! Na maioria das cidades brasileiras quem administra o transporte municipal são empresas privadas, um verdadeiro cartel mafioso que serve apenas para sucatear o serviço de transporte coletivo e encarecer o preço das passagens. Defendemos que o transporte público seja municipalizado e gerido por seus trabalhadores e pela população usuária, reduzindo assim o valor da passagem a tarifas sociais e garantindo os reclames das Jornadas de Junho de 2013: passe-livre para estudantes e desempregados, rumo à tarifa zero!
  • Fim da repressão policial que extermina a juventude negra! Como parte do enfrentamento às vigas que sustentam o racismo estrutural dessa apodrecida sociedade capitalista, defendemos o fim da polícia militar, cuja estrutura e formação de seus agentes é baseada no confronto de guerra.
  • Acesso universal à educação, cultura, esporte e lazer! Cabe ao estado, em suas múltiplas esferas, garantir o acesso e permanência de crianças, adolescentes e jovens a escolas de qualidade e a espaços que cultivem a produção cultural por meio da música, do cinema, do hip-hop, da literatura e das mais variadas expressões artísticas, garantindo o desenvolvimento livre e pleno daqueles. Além de uma formação antirracista para profissionais da educação e promoção de educação sexual e de gênero nas escolas, a fim de combater opressões.

 

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