EDITORIAL | Vote PSOL 50 e lute contra a retirada de direitos! | Combate Socialista Digital Nº 10

A pandemia da COVID-19 segue contaminando e vitimando o povo trabalhador. Estamos chegando a 150 mil mortes enquanto os governantes tentam passar a ideia de que “está tudo de volta ao normal”. A reabertura econômica das cidades foi um engodo e as promessas de “melhorias na economia” não se realizaram. A pandemia social cresce com aumento das demissões e retirada de direitos, como vimos nos Correios, ou na redução do auxílio emergencial. Agora, a nova mentira é a Reforma Administrativa, que nos afeta duplamente: ao destruir os órgãos públicos dificulta o combate à COVID-19 e prejudica as políticas sociais.

Em meio às eleições municipais, eles prometem uma “renda cidadã”, desde que não afete o “teto de gastos” criado pelo corrupto ex-presidente Michel Temer. O debate e falsa polarização no interior do governo e do Congresso esconde o fundamental: a política de austeridade fiscal, cortes de verbas sociais e privatizações apenas ampliam o arrocho, a precarização, o desemprego, a fome e o número de pessoas em situação de rua. Após idas e vindas, jantares luxuosos, Guedes, Maia e políticos de direita se acertaram. Sempre contra os trabalhadores e os serviços públicos.

O ajuste estrutural é uma receita antissocial aplicada por distintos governos: vide o Plano Levy-Dilma e Temer/Meirelles. Agora está sendo acelerado e aprofundado por Bolsonaro/Maia/Guedes e os governadores. Ao mesmo tempo em que se fala em políticas sociais focalizadas, ao estilo das orientadas pelo Banco Mundial e FMI, os ricos ficam mais ricos e os bancos e grandes empresários elevam seus lucros, as multinacionais continuam saqueando nosso país.

Infelizmente os partidos que se dizem oposição como o PT, PDT e PCdoB não organizam nenhum enfrentamento real contra esse plano. Do mesmo modo, as maiores centrais sindicais e estudantis (cúpulas da CUT, CTB, UNE, UBES) isolaram a greve dos Correios e não jogaram nenhum peso no ato do dia 30/9 contra a Reforma Administrativa, convocado pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (FONASEFE). Essa política de conciliação de classes dá um perigoso fôlego à extrema direita, que ocupa a Presidência da República, e à direita tradicional de Rodrigo Maia (DEM / PSDB), que controla a Câmara de Deputados e o Senado.

Combater o “grande acordo nacional com STF com tudo”

Nos últimos meses, após a prisão de Queiroz e as ameaças de investigação sobre seus familiares, o presidente Bolsonaro se inclinou para mais acordos com os políticos do centrão e outros setores fisiológicos. Na recente indicação ao STF, o presidente Bolsonaro busca acordos com os políticos ameaçados por investigações da Lava Jato e dialoga com a ala do Supremo Tribunal Federal (STF) que está contra a continuidade das operações capitaneadas pelo ex-ministro Sérgio Moro e o procurador Dallagnol.

Bolsonaro repete a mesma fórmula da indicação da PGR quando procurou pontos em comum com a “velha política” do congresso e o próprio PT. A indicação de Kassio Nunes para o STF, além de ter deixado insatisfeitos os setores mais radicais do Bolsonarismo, foi avalizada pelo governador Wellington Dias do PT do Piauí, pelo presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM), e ministros que, hoje, são absurdamente definidos como “progressistas” como Gilmar Mendes. Uma ação conservadora que tenta salvar políticos corruptos e blindar Queiroz e a família Bolsonaro.

O papel da oposição deveria ser outro: exigir punição a todos os políticos e empresários corruptos, confisco dos bens, expropriação das empresas mafiosas, punição aos crimes de Moro e Dallagnol. Além de exigir eleição direta para os ministros do STF, pondo fim aos conchavos das indicações políticas e a falácia das supostas “sabatinas” no Senado (uma das mais arcaicas e reacionárias instituições desta república dos ricos e empresários).

Nas ruas e nas eleições, construir uma saída pela esquerda

Contra o ajuste fiscal e os pactos que salvam corruptos, devemos nos organizar e lutar. Para isso é fundamental uma ampla unidade de ação. Um dos pontos em que se poderia conseguir isso é a luta contra a Reforma Administrativa, confluindo com o novo calendário do FONASEFE que encaminhou plenárias estaduais e uma plenária nacional dia 24, além de atos em todo o país no dia 28 de outubro. No Rio, há o indicativo de uma carreata no dia do professor, 15/10. Essas sãos datas que as centrais sindicais, como a CUT e CTB, deveriam organizar de forma efetiva. Um outro ponto deve ser a organização de mobilizações de desempregados em defensa do auxílio emergencial em 2021 usando recursos da taxação das grandes fortunas e da suspensão do pagamento da dívida.

Além da luta, teremos de votar no PSOL. Nós da CST chamamos o voto no 50 para derrotar Bolsonaro, governadores e prefeitos. Um voto contra a extrema direita Bolsonarista e os militares. Contra a direita tradicional do PSDB, MDB e DEM. E também para superar velhos projetos de conciliação de classes que já governaram o país e nossas cidades, como PT, PCdoB, PDT e PSB, que têm vacilado na luta contra a extrema direita e aplicam medidas de ajuste fiscal onde governam. Chamamos a votar também em nossas candidaturas socialistas e revolucionárias a vereador.


O Combate Socialista agora está em formato digital. Veja os temas da atual edição:


COMBATE SOCIALISTA
Jornal Digital – Nº 10
Outubro/2020 em Formato Especial
(próprio para leitura em smartphones)

Sumário

Editorial | Vote PSOL 50 e lute contra a retirada de direitos! | pág. 2

Seguir nas ruas em defesa do meio ambiente | pág. 3

Barrar a Reforma Administrativa de Bolsonaro, Guedes e Maia | pág. 4

Vote contra os partidos da Reforma Administrativa! Vote PSOL 50! | pág. 5

São Paulo | Vamos com Boulos e Celso Giannazi | pág. 6

BH | Com Áurea Carolina prefeita, construir uma alternativa de Esquerda | pág. 7

Por um programa radical para a prefeitura de Belém | pág. 8

Qual o programa necessário para mudar o Rio de Janeiro? | pág. 9

Niterói | Flavio e Bernarda para enfrentar o bolsonarismo e a conciliação de classes | pág. 10

As tarefas da frente eleitoral PSOL-PCB-UP | pág. 11

Internacional Progressista | Vinho velho em barris novos | pág. 12

 


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