São Paulo: Vamos com Boulos e Celso Giannazi

Por Rana Agarriberri da Coordenação de SP e Diego Vitello Diretor do Sind. dos Metroviários de SP


Começou a campanha eleitoral em todo o país e, em São Paulo, a candidatura de Guilherme Boulos tem se fortalecido como opção à esquerda, enfrentando o Bolsonarismo de Celso Russomano, e o tucano aliado de Doria, Bruno Covas, atual Prefeito. Segundo o IBOPE (02/10), Boulos aparece com 8% das intenções de voto e, em vários locais, é nítida a simpatia pela chapa Guilherme Boulos e Luiza Erundina. A chapa PSOL/PCB/UP está, inclusive, à frente das candidaturas de Jilmar Tatto (PT) e Orlando Silva (PCdoB).

A situação da capital paulista é grave

Segundo a SEADE (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados), no segundo trimestre de 2020 a cidade registrou um aumento do número de desempregados de 13,2% para 15,3%, ou seja, 974 mil pessoas. A especulação imobiliária é realidade conhecidíssima na cidade: segundo o Censo de 2010, havia mais de 290 mil imóveis vazios na cidade.
Esse exército de desempregados, que mal tem dinheiro para comer, que dirá pagar um aluguel, engrossa a população de moradores de rua que, entre 2015 e 2019, teve um aumento de 53% (de quase 16 mil para mais de 24 mil). Nas ruas, o que se vê é a multiplicação de pessoas nessa difícil situação pós o início da pandemia.
Além disso, mais de 85 mil pessoas não têm acesso à água e 450 mil não tem acesso a esgoto tratado na cidade (Painel Saneamento Brasil). Os cortes nos investimentos sociais se aprofundaram na prefeitura tucana, a educação e todo setor do serviço público têm sofrido graves ataques e retirada de direitos.
Nós, da CST-PSOL, entendemos que Boulos tem tudo para se postular como verdadeira alternativa para as e os trabalhadores/as da capital. Porém, é fundamental sua candidatura avançar em elementos programáticos que levantaremos no próximo ponto deste texto.
Além disso, vemos que é preciso ter uma avaliação crítica da experiência recente do PT com Fernando Haddad na prefeitura, que, infelizmente, aumentou as tarifas de transportes, se aliou a grandes empresários e governou ao lado de partidos da ordem.
Além das discussões fundamentais sobre as propostas para a cidade, acreditamos que a candidatura do PSOL deve também utilizar o espaço eleitoral para chamar a classe trabalhadora e o povo pobre a se mobilizar para derrotar o projeto de ajustes de João Dória no estado e Jair Bolsonaro no país.

Um programa classista para São Paulo

Para governar para os trabalhadores é necessário enfrentar a nefasta Lei de Responsabilidade Fiscal, criada para estrangular o orçamento público e garantir benefícios ao grande empresariado e um lucro ainda maior para os banqueiros.
É fundamental combater a especulação imobiliária, desapropriando os imóveis vazios que não cumprem sua função social. Além disso, é preciso enfrentar a máfia do transporte coletivo, congelando o preço da tarifa, em direção à tarifa zero e à estatização de todo o transporte público da cidade. Garantir as reivindicações dos servidores públicos, aumentando os investimentos em saúde e educação, melhorando salários e abrindo novos concursos, acabar com as privatizações, reduzir os altos salários do prefeito e dos secretários, assim como estatizar as empresas privadas do âmbito municipal envolvidas em escândalos de corrupção.

Estamos com Celso Giannazi!

Nesse momento há dezenas de candidaturas de esquerda que se apresentam na cidade. Acreditamos que o mandato que vem exercendo o companheiro Celso Giannazi mostrou a combatividade que precisamos e fez a defesa necessária dos direitos do povo trabalhador. Para manter esse mandato, apoiamos sua candidatura.
Celso fez um mandato de enfrentamento sistemático às políticas públicas dos tucanos, mobilizando o povo contra a retirada de direitos e pela quarentena real na cidade. Durante a pandemia, enfrentou a política de plantão nas escolas, contra o retorno das aulas presenciais e a privatização da educação pública. Organizou atos com os Auxiliares Técnicos de Educação, professores, Coordenadores Pedagógicos e Diretores para garantir a convocação dos aprovados em concurso público, e, assim, garantir o atendimento da população mais pobre.

Celso também defendeu a renda básica emergencial de SP, denunciou a falta de equipamentos, o sucateamento da estrutura física e a precarização das condições de trabalho dos servidores do Hospital do Servidor Público Municipal. Aprovou, em 2020, um projeto de lei que destina R$ 13 milhões para o HSPM. Além disso, também lutou ao lado dos movimentos sociais pela reabertura dos Hospitais fechados.
Em resumo, além de se posicionar corretamente dentro da Câmara contra os ataques dos tucanos, Celso está presente e aposta nas mobilizações como elemento fundamental para a transformação da cidade e do país.
São Paulo precisa de um mandato combativo e que enfrente a política privatista e higienista da direita!
Em São Paulo, estamos com Celso Giannazi 50789!

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