EDITORIAL | O governo Bolsonaro e seus ministros são responsáveis pelas 200 mil mortes | Combate Socialista nº 121

A política da extrema direita sobre a covid-19 é criminosa. É o que comprova a recente pesquisa do Centro de Estudos de Direito Sanitário da USP e da organização Conectas Direitos. Ao analisar 3049 normas federais produzidas durante a pandemia, eles demonstram a “existência de uma estratégia institucional de propagação do vírus, promovida pelo governo brasileiro sob a liderança da presidência da republica” (pág 6, https://www.conectas.org/noticias/estudo-inedito-aponta-estrategia-do-governo-federal-para-propagar-a-covid-19). O governo Bolsonaro/Mourão e seus ministros militares devem ser responsabilizados por seus crimes. Agora, por exemplo, não tomam nenhuma medida efetiva para garantir insumos para a produção das vacinas no Butantã ou na Fiocruz (um governo soberano quebraria as patentes e enfrentaria a especulação ao redor das vacinas para garantir imunização de sua população).

Rodrigo Maia/DEM e Doria/PSDB aplicam um brutal ajuste fiscal

A política econômica antipopular é o outro grave problema. Nesse caso, além do governo Bolsonaro, a responsabilidade central também é do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. É ele que garante a aprovação das pautas de Paulo Guedes, como a reforma da previdência, o arrocho aos servidores estaduais e se empenha para ver a tramitação da reforma administrativa contra os servidores federais, além de votar mamatas para os banqueiros na ordem dos trilhões de reais. Por isso, não se pode apoiar esse setor burguês, nem fortalecer seu candidato nas eleições para a presidência da Câmara. Quanto mais força eles tiverem, mais poderão utilizá-la para privatizar, retirar conquistas sociais e seguir favorecendo o sistema financeiro por meio do pagamento da dívida externa e interna aos banqueiros.

Unificar a classe trabalhadora num calendário de protestos e mobilização nacional

É preciso que o conjunto da classe trabalhadora, todas as suas centrais, como a CUT e a CTB, os maiores sindicatos, como os metalúrgicos, as federações e confederações, como a CNTE, CONDSEF, ANDES e FASUBRA, respondam de forma unificada e em conjunto com as entidades estudantis, como a UNE e a UBES, e os movimentos feminista e negro. Unidos e mobilizados para buscar impedir a retirada de direitos, as demissões e o arrocho, dando impulso ao Fora Bolsonaro. Após as carreatas do dia 23/01 é preciso organizar um calendário de lutas unificado, garantindo uma forte campanha em solidariedade aos operários da Ford. Para isso, pode-se utilizar a data de 1/02, já apontada pelo FONASEFE. Em cada estado, deve-se realizar plenárias estaduais de Fóruns pela Vacina, como o que existe no Rio, organizado pelo SEPE, e rearticular fóruns de servidores federais. A CUT, a CTB, a UNE, o MSTS, as Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular deveriam organizar uma plenária nacional, para organizar um calendário de mobilização. Devemos lutar juntos por vacina no SUS para todos e todas, retorno do auxílio emergencial, reposição das perdas salariais, redução da jornada sem redução dos salários. São as multinacionais e o milionários que devem pagar pela crise, não a classe trabalhadora. A saída para isso é não pagar a dívida externa e interna aos banqueiros, além de taxar as grandes fortunas. Assim, teremos como investir esses recursos nos serviços públicos, principalmente em saúde, renda básica e empregos.

COMBATE SOCIALISTA
Janeiro/2021 Segunda Quinzena

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