Enfrentar o negacionismo de Bolsonaro e as mentiras de Helder Barbalho  | As tarefas da prefeitura do PSOL em Belém em meio à pandemia de covid19

Vivemos o pior momento da pandemia no país com o maior número de mortes diárias desde o começo da pandemia. No Pará, desde o início do ano a taxa de contaminação se acelerou e, assim como em outros estados do país, estamos à beira de um colapso. Os hospitais da rede municipal e estadual em Belém se encontram com leitos de UTI lotados e os hospitais particulares anunciaram o fechamento da urgência e emergência. Chegamos a mais de 8.643 mortes por Covid19 no estado sendo 2.817 na capital. O governo do estado e a prefeitura de Belém anunciaram que reunirão nesta terça 02/03 para anunciar novas medidas e defendemos que a prefeitura do PSOL não pode aceitar medidas insuficientes que visem apenas administrar a crise.

O Pará é o estado que menos vacina

 Apesar de uma grande propaganda midiática sobre a vacina, o Estado do Pará é o que menos vacina nacionalmente: 1,60% da população segundo o G1. A justificativa é a quantidade de vacinas recebidas, mas a verdade é que a distribuição tem sido extremamente lenta.  Falta uma coordenação de vacinação e a adoção dessas medidas é de responsabilidade do governo estadual.

Helder Barbalho usa o negacionismo do governo federal para encobrir as suas politicas e  seu  discurso de oposição nada mais é que um escudo. Em março do ano passado Helder prometeu e pouco fez para evitar que a capital entrasse em colapso, inaugurou hospitais de campanha sem respiradores, reabriu de forma precoce o comercio e, além disso, ainda está envolvido em denúncias de corrupção na compra de respiradores.

Basta de medidas de fachada!

Se por um lado Bolsonaro ao invés de promover um lockdown nacional atua contra as medidas de enfrentamento ao vírus – inclusive ameaçando os estados que fizerem lockdown – por  outro, governadores e prefeitos também agem aquém do que deveriam, apresentando medidas pouco eficazes como Dória fez em São Paulo fechando todos os serviços essenciais apenas entre 23h e 5h da manhã.

Em janeiro Helder e Edmilson lançaram decretos que também foram insuficientes.  Não houveram medidas efetivas acerca do transporte público, onde apesar de existir restrição de lotação, há falta de fiscalização por parte da prefeitura de Belém enquanto os empresários superlotam os ônibus e   botam as vidas de trabalhadores e usuários em risco. Os decretos também pouco evitaram as aglomerações nos restaurantes, bares e shoppings que tiveram apenas o horário de funcionamento reduzido e descumpriram as medidas e controle previsto no decreto. Também não podemos esquecer que os decretos anteriores de Helder trouxeram aberrações como considerar o trabalho doméstico como serviço essencial.

Para ter medidas efetivas é preciso enfrentar o desejo de lucro dos grandes empresários, aplicar medidas que garantam emprego e reduza efetivamente a circulação de pessoas.

Uma responsabilidade individual ou dos governos?

Em recentes publicações o prefeito Edmilson tem falado sobre a necessidade de que cada uma “faça a sua parte” no enfrentamento da Covid19. É obvio que, em meio ao negacionismo impulsionado pelas fake News bolsonaristas, é importante que figuras públicas convoquem a população a usar máscara, ficar em casa e respeitar as medidas de isolamento social, como fez o secretário de saúde na Live do dia 01 de Fevereiro. No entanto os grandes responsáveis a ser cobrados são os governos federal e estadual e Edmilson tem evitado falar do papel do governo Bolsonaro e faz completo silêncio em relação à Helder Barbalho, com quem em geral defende parcerias. Nós seguimos defendendo, como o fizemos desde sua candidatura, que Edmilson e o seu governo tenham um perfil de oposição tanto a Bolsonaro como a Hélder Barbalho.

 Por Lockdown na capital e em todo Estado, garantia de auxílio emergencial e luta por  vacina!

A política de Bolsonaro é genocida e a de Helder Barbalho, mentirosa. Por isso a prefeitura de Edmilson e o PSOL precisam denunciar a ambos e adotar um lockdown com medidas rígidas  em Belém combinado com a sua política de auxilio emergencial, o #Borabelém ( O  prefeito divulgou que o programa vai ter início dia 08/03) mostrando que ao invés de apenas administrar a crise ou agradar setores empresariais como fazem os governos da direita, a prefeitura de Belém deve ter como prioridade a defesa da vida população, se colocando na linha de frente da luta contra a Covid19.

A medidas da prefeitura precisam incluir um plano emergencial de funcionamento do transporte público que garanta a segurança dos trabalhadores rodoviários e dos usuários, o fechamento de todos os serviços não-essenciais, a fiscalização efetiva do cumprimento das medidas e a extensão da obrigatoriedade do uso de máscaras em todas as vias públicas da cidade. Cobrar do governo do Estado a utilização pública dos leitos privados dos hospitais, pois o interesse público e o direito a vida deve estar acima do lucro.

É preciso ainda fazer da prefeitura uma trincheira, apoiada na mobilização popular, contra  as políticas de Bolsonaro,  Edmilson  precisa ser porta-voz a da luta por vacina para todos bem como denunciar a perversidade das multinacionais farmacêutica exigindo a quebra das patentes da vacina, para facilitar o acesso ao IFA e tecnologia para que se utilize todo o potência industrial para produzir vacinas contra covid-19. Além de garantir o pagamento do abono covid-19para as/os trabalhadores da saúde.

Além disso, é preciso chamar o povo a repudiar a postura do presidente que quer dá a metade dos auxílios e em um valor de R$250,00 reais, isso em um cenário de aumento do gás e da cesta básica. Não podemos aceitar chantagens de Bolsonaro e dos empresários contra possíveis Lockdown. Tem que se garantir o isolamento social com renda para sobreviver e vacinação para todos, só assim iremos derrotar o vírus.

Defender o SUS e barrar os ataques de Bolsonaro e do congresso

Outro aspecto fundamental é fortalecer a luta contras as Reformas e projetos de lei que atacam o serviço público. A Reforma administrativa e a PEC emergencial que elimina o piso dos investimentos em saúde e educação garantidos na constituição são medidas que visam aprofundar a precarização da saúde no país num momento em que se devia investir muito mais no SUS. O compromisso com a luta contra essas PEC, bem como o enfrentamento as demais políticas genocidas do Bolsonaro é outra tarefa que precisa ser abraçada pela prefeitura

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