EDITORIAL | Contra a fome, o arrocho e o desemprego | Combate Socialista n°143

Enquanto a classe trabalhadora e a juventude passam dificuldades, os bilionários e banqueiros ficam mais ricos. Recentemente, uma professora do RJ relatou que sua aluna de 8 anos desmaiou de fome na escola. Enquanto isso, os magnatas instalavam uma estátua de um “Touro de Ouro” em frente à Bolsa de Valores de SP.

Bolsonaro, Mourão e Guedes afirmavam que retirando direitos e privatizando tudo ia melhorar. Mas era mentira: perdemos direitos e empregos só pra favorecer os capitalistas.

Chega de corrupção!

Recentemente, o deputado Waldir Soares (PSL) relatou que lhe ofereceram R$ 10 milhões em emendas para votar em Arthur Lira para a presidência da Câmara. O mesmo Lira que bloqueia o impeachment e que aprovou autonomia do Banco Central, privatizações da Eletrobras e Correios. O deputado Waldir (PSL) também relatou que na Reforma da Previdência os valores chegaram a R$ 20 milhões (theintercept.com). Contra essa mamata do Governo e do Congresso temos que exigir a abertura dos sigilos bancários, fiscais e eletrônico dos envolvidos; a revogação de todas as votações feitas sob a compra de votos; a prisão e confisco de bens dos culpados.

Construir de verdade o calendário da campanha fora Bolsonaro

É preciso construir de fato os calendários de unidade de ação da campanha Fora Bolsonaro. Mas, infelizmente, as direções majoritárias da CUT, UNE, MST, MTST, CTB, as lideranças do PT, PCdoB, PDT e do campo majoritário do PSOL estão vacilando. Desmontaram e dispersaram os calendários e não se jogaram para construir o dia 20N.

Lutamos por uma efetiva mobilização unificada. Exigimos que a CUT, UNE, CTB, MST e MTST construam de verdade o dia 04/12, das mulheres com as pautas feministas, e o dia 08/12, do conjunto dos servidores federais contra a Reforma Administrativa. Por medidas urgentes contra a fome, o desemprego e o arrocho, com um plano alternativo que inicie pela taxação dos bilionários e o não pagamento da dívida aos banqueiros para investir nas áreas sociais (ver páginas centrais). Essa é nossa batalha como parte do Povo na Rua, utilizando ações nas periferias como o dia 27. E o que fez a CSP-CONLUTAS, apoiando a marcha da FNL em São Paulo.

Unir os que estão contra a frente ampla liderada por Lula/PT

A política da frente ampla, de alianças com representantes dos patrões (como Alckmin), aplicada por Lula, PT, PCdoB e direção majoritária do PSOL, impõe um programa de conciliação de classes palatável aos empresários (a exemplo do Magazine Luiza) e também um freio aos protestos de rua. Por isso essa estratégia não serve. Nós defendemos o oposto: a independência política da classe trabalhadora. A unidade da esquerda socialista e comunista, que está contra a frente ampla liderada por Lula/PT e o velho projeto burguês de Ciro Gomes/PDT, nas lutas e nas eleições. Estamos no interior do PSOL com Glauber Braga como parte da oposição que luta contra a frente ampla. Somos parceiros dos camaradas da UP, que acabam de lançar Leonardo Péricles como pré-candidato, e dos camaradas do PSTU, que impulsionam o Polo Socialista e Revolucionário. É preciso unir todas essas iniciativas, num bloco, campo, polo ou frente de esquerda e socialista para as lutas e as eleições.

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