Restaurantes universitários: reitorias querem passar a conta da crise para estudantes

 

 Isadora Bueno e Caio Sepúlveda, Juventude Vamos a Luta (CST e independentes)

Sentimos na pele todos os dias o efeito da crise econômica. O aumento da cesta básica e a diminuição no poder de consumo pela inflação galopante e aumento irreal do salário mínimo nos atravessam frontalmente. Além disso, estamos, muitas vezes, desempregados ou em empregos informais, sem garantia mínima de direitos.

Essa situação nos afasta de nossas perspectivas e sonhos: muitos de nós não conseguimos ingressar e nos manter nos cursos que desejamos. O projeto do governo Bolsonaro/Mourão é nos expulsar das universidades para que sejam cada vez mais um “espaço para poucos”. Os cortes de verba, o desmonte da Assistência Estudantil e os aumentos nas tarifas dos Restaurantes Universitários são expressão dessa política.

 

Barrar os aumentos com a luta e mobilização

 

Em 2021, várias universidades aumentaram ou anunciaram a possibilidade de aumento do preço dos RUs. Este ano, estamos enfrentando a perspectiva de encarecimento do bandejão da UFU (MG) e da Unifesspa (PA). Na Unifesspa, a política é de que o RU custe absurdos $ 12,75, o mais caro do Brasil! Nós, da juventude Vamos à Luta, o coletivo Juntos e ativistas independentes no DCE, convocamos um ato contra esse valor. Em contrapartida, na UFU, onde se discute um aumento de mais de 100%, de R$ 3 para R$ 7, a postura do DCE (JS/PDT) é dizer que “precisamos lidar com isso”, defendendo a reitoria que coloca a conta dos cortes no bolso do estudante e atua como cúmplice do projeto de Bolsonaro e Milton Ribeiro!

Os estudantes não têm que “lidar” com o aumento: trata-se de uma política deliberada de fome e evasão para os filhos da classe trabalhadora! No ano passado, em uma semana, reunimos 800 assinaturas contra o aumento na UFU. Agora, enquanto o DCE mente e omite a informação sobre o aumento, impulsionamos um abaixo-assinado exigindo uma Assembleia Geral dos Estudantes para organizar a luta, seguindo o exemplo dos companheiros da Unifespa e das entidades que estão organizando a luta nos seus cursos, como o CAFIL e o DAPSI. Chamamos, também, os estudantes do IF, que estão ameaçados com um aumento do RU para $ 15, a lutarem conosco!

 

A UNE precisa organizar o movimento estudantil para derrotar os cortes e o governo Bolsonaro

Infelizmente, a direção da UNE não é consequente com a luta em defesa da universidade e há meses não chama um único espaço para organizar o movimento. Enquanto o governo turbinou os fundos eleitorais e prevê 40% da verba para pagamento da dívida pública no orçamento de 2022, universidades correm risco de não terem verba para funcionar. Não podemos esperar pelas eleições, precisamos ocupar as ruas para já! Exigimos que a UNE impulsione uma jornada de luta em defesa das universidades e da assistência estudantil. A UNE precisa se somar ao movimento feminista no 08/03 e fomentar novos indicativos para que Bolsonaro caia já. A juventude não aguenta nem mais um dia desse governo!

Conheça a juventude Vamos à Luta

Nós acreditamos que a saída para crise econômica é fazer com que os ricos paguem a conta. Queremos ocupar as ruas defendendo parar de pagar a dívida pública e taxar as fortunas dos bilionários para ter dinheiro para educação, assistência estudantil e combate ao desemprego e à fome. Venha conhecer o Vamos à Luta e fortaleça essa batalha!

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