A crise na COMLURB é culpa da Prefeitura do Eduardo Paes

 

Bruno da Rosa, Coordenação da CST

Estamos vivendo um dos piores momentos na COMLURB. Antes de 2014, a situação das condições de trabalho e salarial era tão ruim que provocou a greve mais poderosa que fizemos. Passados oito anos, é possível dizer que a situação da categoria volta a ficar parecida com antes de 2014.

É preciso entender o que está por trás disso. Um dos primeiros motivos é que a COMLURB serve de balcão de negócios do prefeito com vereadores, para indicar cargos na empresa, na maioria das vezes de gente que não entende nada de limpeza urbana.

Mas isso não é tudo! O problema também é que o prefeito Eduardo Paes, seguindo a mesma lógica de Crivella, determinou um corte de gastos enorme e isso recai sobre as nossas costas.

Essa política já vinha sendo feita na Prefeitura anterior, com diminuição do pagamento de horas extras; diminuição da frota de caminhões de apoio e de coleta, mas foi na Prefeitura de Paes que tudo piorou muito. A mudança do plano de saúde serviu para fazer uma economia de R$60 milhões por ano. O congelamento do nosso salário e do ticket fez com que a COMLURB deixasse de gastar mais de R$150 milhões do dinheiro que tinha em caixa em 2020.

Mesmo que fosse necessário um corte no orçamento da COMLURB, nós não poderíamos pagar por essa conta. Por que não diminuem o número de gerentes e assessores da diretoria? Por que não se pode diminuir o salário da cúpula da COMLURB, que chega a ganhar 30 vezes o salário de um gari?

As demissões de Bruno da Rosa e André Balbina são para intimidar a categoria

Não há dúvida de que a cúpula da COMLURB tem muita responsabilidade sobre todos os problemas que estamos vivendo. Mas é preciso ir à raiz do problema: quem ordena essa política que piora as nossas vidas e nosso salário é o prefeito da cidade.

Eduardo Paes repete, agora, o que tentou fazer em 2014. No meio daquela greve, demitiu 300 trabalhadores e disse que era só montar uma banquinha no COMPERJ que conseguia mil garis, como se nós fôssemos descartáveis. Paes utiliza a demissão como forma de intimidar a categoria, porque sabe que a situação está ficando insustentável na empresa.

Nossa arma é a unidade da categoria para lutar

As inúmeras injustiças com nossa categoria nas gerências, nas escolas e nos hospitais não serão resolvidas se ficarmos calados. É um engano achar que, sem lutar, nossa categoria pode se sair melhor. Ao contrário disso, as categorias que menos lutam são as que mais perdem.

E, não bastasse isso, a direção do sindicato ainda atua a favor da empresa e contra nós. Por isso, o momento da campanha salarial é tão importante. Porque nos permite lutar por salário, direitos e condições de trabalho.

Participar das assembleias e exigir um calendário de luta, com mobilização de rua e unificando todas as gerências, é o caminho que devemos traçar neste mês. Caso o prefeito Eduardo Paes se negue a negociar nossas pautas e reintegrar os companheiros Bruno da Rosa e André Balbina, devemos discutir preparar uma poderosa greve para colocá-lo contra a parede.

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