A garizada do Rio de Janeiro definiu em assembleia iniciar a greve a zero hora de segunda feira. Os trabalhadores e trabalhadoras da Comlurb vão parar e merecem nosso apoio. Uma categoria essencial, que esteve na linha da frente durante a pandemia, não pode continuar sendo massacrada. São três anos sem reajuste e sem negociação, amargando o arrocho salarial em meio a carestia. Perderam o plano de saúde e isso está ocasionando problemas nos tratamentos médicos e até mortes. O prefeito Eduardo Paes não negocia de verdade com a categoria e ainda por cima demitiu lideranças dos garis. Chega de autoritarismo e intransigência patronal!

Chega de injustiça!

A justiça diz que a greve é ilegal, porque ainda não havia sido esgotada a negociação. É quase uma provocação com a categoria que está há três anos sem reajuste e sem negociação, porque a prefeitura se nega a repor a inflação do período. A greve é um direito da classe trabalhadora.

Ilegal é ficar três anos com perdas salariais e sem negociação. Ilegal é mudar o plano de saúde e deixar nossos colegas morrerem. Ilegal é demitir lideranças da categoria. Ilegal é preço do óleo, da salsicha, da carne, e do ovo. Ilegal é preço do gás, do aluguel e do transporte. Ilegal é colocar na ilegalidade o direito constitucional de greve (que conquistamos com muita luta). Chega de injustiça!

Apoiar a greve é nosso dever

É preciso um forte apoio ativo a essa greve. Propomos seguir o exemplo do sindicato dos metroviários de SP que de forma unanime, com voto de todas as centrais, todas as chapas, todas as forças da diretoria deliberaram apoio a greve (ver anexo). Propomos que a CUT, CTB, Intersindicais, UNE, UBES, FASUBRA, CONDSEF, parlamentares que utilizem essa nota e sigam esse exemplo. A CSP-CONLUTAS já está no apoio ativo aos garis.

No Rio de Janeiro sindicatos como SINTUFF, SINDPETRO, SINDISCOPE estão apoiando a greve. Propomos avançar em outras entidades como SEPE, Comerciários-RJ, SINTUFRJ, Rodoviários, DCEs e Grêmios.

Solicitamos a OAB, ABI, movimentos populares, organizações dos direitos humanos que se pronunciem em solidariedade a esse legitimo movimento da classe trabalhadora. Pedimos que todos os parlamentares dos partidos e organizações de esquerda e democráticos pronunciamentos e presenças na greve.

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Nota de apoio dos metroviários de SP para somar assinaturas:

Nós do Sindicato dos Metroviários de São Paulo declaramos nosso apoio à greve dos garis do RJ que começou nessa madrugada. Trabalhadores e trabalhadoras de um serviço tão essencial como a limpeza urbana merecem valorização e tem direito de lutar por melhores salários e condições de trabalho.

Reiteramos também nosso apoio à luta da categoria pela reintegração dos garis Bruno da Rosa e André Luiz, demitidos injustamente no início da campanha salarial.

Sindicato dos Metroviários de São Paulo