A Conferência do PSOL aprova o apoio a Lula-Alckmin | A CST não acatará essa decisão e chama a base psolista a se rebelar!

A Conferência do PSOL aprova o apoio a Lula-Alckmin.

A CST não acatará essa decisão e chama a base psolista a se rebelar!

A Conferência Eleitoral Nacional do PSOL ocorreu no dia 30 de abril e foi aprovado o apoio a chapa da frente ampla de Lula-Alkmin. A votação foi apertada, 35 votos a favor e 25 votos contrários.  Na pior conferência da história do partido, sem debate na base, foi aprovada a linha majoritária, com um método burocrático e uma maioria precária, o que expressa a linha liquidacionista da direção levado a frente pela Primavera, Revolução Solidária, Resistência, Insurgência e Subverta. Também nesse mesmo dia se votou o programa do PSOL, na qual nós da CST e LS apresentamos uma resolução de programa alternativo, visto que não havia possibilidade de separar o debate programático do apoio a frente ampla. A maioria da oposição do MÊS, APS, Comuna e Fortalecer apresentaram apenas uma emenda substitutiva, sem questionar o conjunto do programa da majoritária. Mais uma vez a majoritária conseguiu aprovar seu programa para a chapa do Lula-Alckmin e mesmo antes da Conferência já estavam em negociações com o PT apresentando 12 pontos de programa. E por fim se debateu se o PSOL iria compor ou não o governo Lula, caso o mesmo ganhasse a eleição de outubro. A oposição apresentou uma proposta categórica contra a participação nesse eventual governo de conciliação de classes. Infelizmente foi aprovada postergar esse tema para depois da eleição, com os votos da Primavera, Revolução Solidária, Subverta e Resistência. A Insurgência se absteve. A Resistência mais uma vez legitima uma política oportunista, ao aprovar postergar tal decisão deixa margem para que o PSOL componha um governo que já sabemos que não será dos trabalhadores, e sim um governo a serviço do capital e da grande burguesia, a velha formula de governo “democrático e popular” ainda mais a direita, tendo como vice o ex-tucano Alckmin.

O Discurso do Lula no evento do PSOL

No final da Conferência, a direção majoritária participou de um evento com Lula para anunciar o resultado de apoio à chapa. O discurso de Lula não poderia ter sido outro:  fez um discurso moderado e conciliador, e abrindo diálogo com os evangélicos, sem tocar em nenhum dos pontos levantados nem mesmo pelos 12 prontos programáticos, já rebaixados, que a direção do PSOL apresentou.  O discurso do Lula só ratifica que não haverá nenhum espaço para defender nenhuma das bandeiras de enfrentamento ao ajuste neoliberal do governo Bolsonaro. Não haverá a revogação de nenhuma das contrarreformas e nem mesmo da PEC da morte. Infelizmente as correntes da APS e Fortalecer decidiram ser parte desse evento, legitimando essa atividade da frente ampla.

A CST entregou os cargos da Direção do PSOL em repúdio a aprovação de apoio a frente ampla e a federação com a REDE

No final da Conferência nós da CST fizemos uma declaração política de entrega todos os cargos de direção do partido que são ocupados por nossa organização nos Diretórios Nacional, Estaduais e Municipais do PSOL, em repúdio a deliberação majoritária de federar com a REDE e apoiar a frente ampla de Lula/Alckmin. Nós da CST, que fomos uma das organizações decisivas para fundar o PSOL, ao lado dos radicais, seguiremos na base do partido batalhando contra os rumos oportunistas da atual direção. Seguiremos no PSOL com o companheiro Babá e toda a nossa militância da CST para seguir lutando pelo PSOL das origens, classista, socialista, internacionalista e democrático, um PSOL sem patrões na base do partido. Ver nota http://cstpsol.com/home/index.php/2022/04/30/declaracao-da-cst-sobre-a-conferencia-eleitoral-do-psol/

Chamamos a conformar um polo dos psolistas que não acatam a frente ampla.

A cúpula majoritária do PSOL, liderada por Guilherme Boulos, Edmilson Rodrigues (prefeito de Belém), o vereador carioca Tarcísio Motta, a deputada federal Talíria Petrone e Valério Arcary conseguiram aprovar sua linha de apoio a chapa da frente ampla. Nesses últimos meses nós da CST, junto com outras forças e com lideranças importantes, como o companheiro Babá, o deputado federal Glauber Braga e Plinio de Arruda Sampaio Júnior e o Manifesto PSOL na encruzilhada demos um importante combate contra a  federação com a REDE e também contra a adesão a frente ampla de Lula-Alckmin e seu programa burguês. Infelizmente o MÊS teve uma política de apoiar a federação com o partido burguês da REDE, fortalecendo a linha da majoritária. Agora finalizada a Conferência, correntes da oposição, como MÊS, APS e Fortalecer já decidiram pelo voto critico a chapa Lula-Alckimin. Nós da CST avaliamos ser um erro tal posição que só fortalece a ala oportunista no interior do partido. E seria muito importante que os companheiros revessem tal posição.

Nós da CST que entregamos nossos cargos em repudio aos rumos do PSOL e que escrevemos o Manifesto PSOL sem patrões, defendemos que é necessários unir os psolistas que defendem um partido de luta, que não acatam a decisão de votar na chapa da conciliação de classes, a seguir a batalha interna, para isso propomos: a) Uma plenária nacional de todos que não aceitam alianças com os patrões para debatermos uma política unificada, para construirmos o apoio a uma candidatura por fora do lulismo, contra a frente ampla, b) nós da CST desde já defendemos um PSOL radical das origens, sem alianças com a burguesia, um PSOL de luta contra o ajuste fiscal de Bolsonaro e governadores e c) unificar os que defendem um PSOL militante e democrático e os que defendem a Frente de Esquerda com PSOL, UP, PCB, PSTU e o Polo Socialista e Revolucionário

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