EDITORIAL | Derrotar o projeto de fome e autoritário bolsonarista! Nas eleições, construir a campanha do Polo Socialista e Revolucionário! | Combate Socialista n°156

O presidente Bolsonaro e a extrema direita realizaram sua convenção eleitoral no Rio de Janeiro. Um evento reacionário que tentou esconder o Brasil real, onde o povo trabalhador come ossos, pé de galinha ou resto de arroz e feijão. Bolsonaro, os ministros militares e banqueiro viram as costas para o arrocho salarial e o desemprego. Não é para menos, já que a extrema vive na mamata do governo, com cartões corporativos e mansões luxuosas.

 

O governo da extrema direita é contra o povo trabalhador

 

O discurso mentiroso de que viveríamos melhor “sem direitos” mostra seus efeitos na atual crise. Na verdade, o bolsonarismo rebaixa nosso nível de vida para ampliar os lucros dos empresários exploradores e dos banqueiros. A extrema direita também garante os lucros das madeireiras, do garimpo e do agronegócio assassino de sem terra, indígenas e ambientalistas. Enquanto isso, nós, os explorados e oprimidos, estamos na pior. E sofremos chacinas, como a do complexo do Alemão. Na convenção, Bolsonaro discursou contra as urnas eletrônicas e convocou manifestações autoritárias para o 7 de setembro. O mesmo que vimos na presença dos embaixadores. Bolsonaro lança um discurso golpista para agrupar sua base eleitoral mais fanática, tentando evitar o debate sobre a crise social. Por outro lado, quer levantar a moral dos bolsonaristas que assassinaram Bruno e Dom Phillips, Marcelo Aluízio e Genival. É preciso enfrentar esse projeto de fome, arrocho, privatizações e autoritarismo.

 

A frente ampla errou ao dar trégua ao bolsonarismo

 

A unidade com os patrões e representantes dos empresários e do agronegócio (ver pág. 5), expressa na frente ampla de Lula/Alckmin, impôs um bloqueio às lutas contra a extrema direita. Para selar uma frente ampla com os patrões e o imperialismo necessitam conter a ação direta nas ruas e evitar novas jornadas de luta, além de construir um programa aceitável pelos nossos inimigos de classe (ver pág. centrais). Por isso, não mobilizaram contra os assassinatos de Bruno e Dom ou do líder do PT de Foz do Iguaçu. O discurso de Lula e Alckmin e da Frente Ampla é de fazer uma campanha eleitoral da “paz”, como se tudo dependesse de discursos no parlamento e do título eleitoral. E o pior é que a maior parte de seus parlamentares votaram medidas eleitoreiras de Bolsonaro, como a PEC do desespero.

 

Campanha Fora Bolsonaro voltou a se reunir, mas erra ao apostar na dispersão de calendários

 

Agora, depois de uma longa trégua, realizaram uma reunião da campanha Fora Bolsonaro. Finalmente lançaram um novo calendário de luta com inúmeras datas. É fundamental a unidade de ação contra a fome, desemprego, arrocho e autoritarismo bolsonarista. Por isso, somos parte da campanha desde o início e construímos suas manifestações, defendendo que as Centrais sindicais e movimentos organizem nossa autodefesa. Porém, a unidade tem que servir para lutar e ela ganha corpo com ações unificadas. Por isso, no âmbito da campanha Fora Bolsonaro e nos demais espaços, vamos batalhar para corrigir a dispersão da última reunião. Vamos batalhar pelas ações no dia 11 de agosto, tradicional dia de luta dos estudantes, e proposta já votada no recente CONEG da UNE. Do mesmo modo, o dia 7 de setembro, data tradicional do Grito dos Excluídos, que já ocorre há quase 3 décadas. Assim, partindo dessas datas e desses movimentos, podemos ter mais força e garantir mais unidade.

 

Apoie a esquerda independente, sem patrões: Vera Lúcia, pré-candidata à presidência pelo Polo Socialista e Revolucionário

 

Neste momento de eleições, queremos conversar com você sobre uma proposta alternativa. Uma esquerda independente, sem coligações com fazendeiros assassinos, banqueiros e empresários exploradores. Faremos uma outra campanha, diferente de tudo isso que está aí. A CST, tendência radical do PSOL, constrói o Polo Socialista e Revolucionário, que lançou as pré-candidaturas de Vera Lúcia à presidência e Raquel Tremembé vice (ver pág. 9), juntamente com candidaturas aos governos dos estados, Senado e deputadas e deputados. Defendemos o reajuste automático do salário de acordo com a inflação, a redução da jornada de trabalho sem redução de salários, direitos trabalhistas para toda a classe trabalhadora, fim das chacinas e violência policial contra o povo negro, a punição dos estupradores e direito ao aborto legal, seguro e gratuito para pessoas com útero. Defendemos o não pagamento da dívida e taxação dos bilionários, reestatização das empresas privatizadas e do sistema financeiro para investir em educação, saúde, nas pautas feministas, negras e LGBTQIA+. Enquanto formos governados por bilionários, empresários exploradores e saqueados pelas multinacionais, não haverá solução para nossos problemas. Por isso, defendemos a luta por um governo da classe trabalhadora e dos setores populares, sem patrões, que garanta nossas reivindicações e enfrente o imperialismo, rumo a um Brasil socialista.  Convidamos você a conhecer e conversar conosco sobre essas propostas socialistas e revolucionárias. Participe de nossas próximas reuniões!

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