Lutar pela verdadeira independência do país

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Adriano Dias – Coordenação da CST

 

O governo Bolsonaro destruiu o país com a sua política de fome e autoritarismo. São 33 milhões e 100 mil pessoas passando fome. Mas para Bolsonaro não existe fome no Brasil. Esse pensamento reflete o que é o seu governo: vida de luxo, bancada com recursos de rachadinhas e lavagem de dinheiro, mas também com o dinheiro dos ricos e da burguesia brasileira, que, juntos com Bolsonaro, subjugam o país ao imperialismo mundial, ganhando muito com essa política submissa que já entregou parte importante do patrimônio nacional para as grandes multinacionais.

 

O grito da “independência” no 7 de setembro

 

Bolsonaro quer comemorar os 200 anos de “independência” de um país que destina a metade do orçamento para rentistas e banqueiros, por meio do pagamento dos juros da dívida pública, e que entrega as refinarias e as empresa estatais para as multinacionais. Um país que, além disso, dolariza o valor da gasolina para beneficiar os acionistas privados, muito dos quais são grandes empresas internacionais.

Essa independência é uma mentira, pois o país continua subjugado ao imperialismo e aos seus organismos internacionais, como o FMI e o Banco Mundial. O pagamento da dívida pública é um exemplo disso. Um mecanismo de dominação imperialista, que aprofunda a semicolonização do Brasil e a intensifica a exploração da classe trabalhadora e dos setores populares.

No marco do questionamento às comemorações de “independência”, desde 1995, acontece o Grito dos Excluídos. Uma resposta dos que sempre foram atacados com a exploração capitalista e os ataques dos governos e patrões. Neste ano, o mote é “independência para quem?” Opinamos que é por meio da mobilização e da organização da classe trabalhadora que vamos conquistar a verdadeira independência do país. Este Grito dos Excluídos tem o papel de enfrentar a extrema direita nas ruas, sem conciliação com a burguesia, com a patronal ou com os seus governos, os principais responsáveis pela catástrofe social que vive o país.

 

As direções do movimento boicotam a luta

 

A atuação da coligação da Frente Ampla de Lula/Alckmin, conciliando até com setores bolsonaristas, tem impacto na luta de classes. As centrais sindicais vinculadas a essa frente boicotam os atos e desmontam campanhas salariais, tudo para evitar enfrentar o governo nas ruas. Essa estratégia não está dando certo, porque Lula não cresce e ainda dá fôlego para Bolsonaro. Hoje, as duas datas apontadas pela Campanha Fora Bolsonaro, os dias 7 e 10 de setembro, estão sendo nitidamente boicotadas pelas direções majoritárias do movimento: CUT, CTB, UNE e UBES. Essa postura é um retrocesso na luta tão necessária para denunciar a falsa política de independência do Brasil.

 

Romper com o imperialismo para garantir a independência

 

Reafirmamos que para garantir a verdadeira independência do país é necessário deixar de pagar da dívida pública, reverter as privatizações, estatizar as multinacionais, colocando-as sobre o controle dos trabalhadores, e romper com os organismos do imperialismo, como o FMI e o Banco Mundial. Essa é a forma pela qual podemos nos libertar do jugo imperialista. Obviamente, para conquistar isso é necessária uma mobilização da classe trabalhadora e dos setores populares, impondo de vez uma verdadeira independência do Brasil.

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