Declaração da CST diante das eleições no Rio Grande do Sul

 É preciso derrotar Bolsonaro e construir uma alternativa política da classe trabalhadora

 Viver no cotidiano da exploração capitalista já é um inferno, mas o governo de extrema direita de Bolsonaro deixa tudo pior. Estamos passando fome, amargando o desemprego e tendo nossos salários destruídos pela inflação. A política de ajuste fiscal só prejudica a classe trabalhadora, ao mesmo tempo em que segue enriquecendo a burguesia, os bilionários e os patrões. Além disso, Bolsonaro ameaça as liberdades democráticas com seus discursos golpistas, reivindicando um modelo de sociedade ditatorial em que não temos liberdades para protestar e fazer greves. É preciso dizer basta e derrotar esse governo genocida nas ruas, com lutas e mobilizações!

No RS, Leite e Onyx são farinha do mesmo saco

 O Rio Grande do Sul vai de mal a pior depois de diversos governos da direita. Eduardo Leite e o PSDB são a continuidade de uma política neoliberal que destrói os serviços públicos e impõe a fome aos servidores públicos gaúchos. Se reeleito, Leite irá tentar privatizar cada estatal que sobrou até agora, principalmente o Banrisul. Isso significará a piora da qualidade de vida dos trabalhadores e do povo. Apesar de fingir ser oposição a Bolsonaro, Leite defende o mesmo modelo econômico do ajuste fiscal que só beneficia os burgueses. Não podemos aceitar!

Por outro lado, as outras variantes de direita, como Onyx Lorenzoni e Luis Carlos Heinze, querem impor a barbárie bolsonarista a nível estadual. Essas candidaturas são inimigas declaradas dos trabalhadores, do povo, das mulheres, negras e negros, indígenas e LGBTQIA+. Para eles, nós somos “tudo que não presta” e merecemos bala na cabeça ou chicotada no lombo. A eles jamais podemos dar nosso voto. Eles devem ser derrotados nas ruas, assim como Bolsonaro.

Discordamos da política lulista de alianças com a burguesia e a direita

 Diante da extrema direita bolsonarista, muitas trabalhadoras e trabalhadores enxergam em Lula e no PT como uma alternativa. Nós, da CST, compreendemos e respeitamos a posição dessas companheiras e companheiros, mas discordamos. Infelizmente, Lula e o PT prometem derrotar Bolsonaro eleitoralmente, mas o fazem em alianças com a direita e os patrões, desmobilizando as mobilizações da classe trabalhadora e setores populares, afirmando que a urna eleitoral irá resolver todos os problemas e que voltaremos a um passado maravilhoso, que em realidade nunca existiu.

O programa da frente ampla de Lula em aliança com Geraldo Alckmin (PT/PSB) não apresenta nenhuma medida de enfrentamento à burguesia, e assim não é capaz de apresentar uma perspectiva de melhora na vida dos trabalhadores para os anos que virão. Ao desmobilizar as mobilizações de nossa classe e prometer preservar os lucros dos grandes empresários, a frente ampla dá sobrevida à extrema direita bolsonarista, que segue mobilizada com seus atos bizarros e promete seguir viva mesmo se derrotada eleitoralmente. Por isso, dizemos que a frente ampla não é alternativa para a classe trabalhadora e os setores populares.

Da mesma forma, discordamos da política do PSOL, que abriu mão de sua independência política e está apoiando Lula-Alckmin a nível nacional e Edegar Pretto a nível estadual, demonstrando disposição em participar de governos de conciliação de classes ao lado do PT e partidos burgueses. No Rio Grande do Sul, quando o PT governou com Tarso Genro, sobrou repressão aos lutadores em junho de 2013 e faltou pagar o piso para os trabalhadores da educação.

Vote nas candidaturas do Polo Socialista e Revolucionário! Vera Lúcia presidente! Rejane governadora!

 Nós, da Corrente Socialista de Trabalhadoras e Trabalhadores (CST), tendência radical do PSOL, construímos o Polo Socialista e Revolucionário para enfrentar o bolsonarismo e apresentar uma alternativa socialista da classe trabalhadora, sem patrões. Nossa opinião é de que não há como solucionar os problemas de nossa classe sem atacar os lucros dos bilionários. É preciso revogar todas as reformas antioperárias dos governos Temer e Bolsonaro (com destaque para a Trabalhista, a Previdenciária e a Lei do Teto de Gastos). Defendemos um programa econômico operário e popular, que comece por taxar as fortunas dos bilionários e deixar de pagar a dívida pública, para com esse dinheiro investir em aumento salarial, geração de empregos públicos, alimentos baratos, construção de moradias, hospitais, escolas e universidades (veja mais de nossas propostas no site cstpsol.com). Um programa assim só pode ser implementado com a mobilização popular, barrando a retirada de direitos, as privatizações e as ameaças bolsonaristas, para abrir caminho para um governo da classe trabalhadora e dos setores populares, rumo a um Brasil e um Rio Grande do Sul socialistas.

Por isso, nas eleições deste ano, estamos com as candidaturas do Polo Socialista e Revolucionário. Vera Lúcia, mulher negra e operária, candidata a Presidente da República, e Raquel Tremembé, mulher indígena, vice. No Rio Grande do Sul, defendemos o voto para governadora na professora Rejane de Oliveira, com Vera Rosane vice. Para o senado, Fabiana Sanguiné, trabalhadora da saúde, é a nossa candidata. São candidaturas comprometidas com o programa do Polo Socialista e Revolucionário, que defendem a independência da classe trabalhadora para lutar contra a privatização do Banrisul e demais estatais; em defesa das condições de vida dos servidores estatais e demais trabalhadores; em defesa dos empregos e por novos concursos; contra o genocídio dos povos negros e indígenas; pelos direitos das mulheres e LGBTQIA+; em defesa do bioma Pampa contra a destruição ambiental do agronegócio capitalista.

Para as candidaturas proporcionais (deputados estadual e federal), chamamos a votar nas candidaturas do Polo Socialista e Revolucionário. Segue a lista completa:

Presidente: Vera Lúcia (16)

Governadora: Rejane de Oliveira (16)

Senadora: Fabiana Sanguiné (160)

Deputadas federais: Nikaya Vidor (1616); Professor Gilli (1600); Valéria Müller (1655)

Deputadas estaduais: Marilei (16116); Ivan Misiuk (16789); Ana Rita (16016)

 

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