Derrotar o projeto de fome e de bala de Bolsonaro! Vera Presidenta!

Estamos na reta final da eleição e no apagar das luzes o governo Bolsonaro acaba de editar um Decreto Presidencial liberando R$ 5,6 bilhões em emendas parlamentares, das quais R$ 3,5 bilhões relacionadas às emendas de relator, a cargo de lideranças do chamado centrão. Para isso, o governo teve que cortar mais verbas da saúde, educação, cultura e ciência, para beneficiar seus apaniguados, desviando esses recursos para o chamado Orçamento Secreto. Somente do Programa Farmácia Popular, os cortes chegaram a 60%, prejudicando cerca de 21 milhões de brasileiros que se beneficiam diretamente com esse programa.

Com essa medida, Bolsonaro, mais uma vez, recorre ao toma lá dá cá do Congresso Nacional, beneficiando os parlamentares aliados ao Planalto, um bando de corruptos que se beneficiam com o dinheiro público. Enquanto isso, vê aumentar sua rejeição, que chega a 53%, segundo pesquisa Datafolha do dia 15/09. Isso mostra que mostra que a população trabalhadora não aguenta mais passar fome e ficar desempregada e nem ser submetida a esse projeto golpista.

O balanço dos quase quatro anos de governo Bolsonaro/Paulo Guedes é que a situação do país está a cada dia pior. Aumentou a fome, a miséria, o desemprego, o subemprego e a devastação ambiental. Em relação à educação há uma geração de crianças em idade de alfabetização que viram seus desempenhos escolares piorarem em meio à pandemia, fruto dos sucessivos cortes de verbas públicas e da desvalorização dos profissionais de educação. E importantes profissionais, como os da enfermagem, têm seu piso salarial negado por uma decisão autoritária do Ministro Luís Roberto Barroso, em benefício das grandes redes hospitalares privadas.

Esse é o país governado por Bolsonaro/Guedes, onde milhões passam fome enquanto a família do presidente e seus aliados políticos enriquecem.

Bolsonaro, enquanto desdenhou das quase 700 mil mortes por Covid, vai ao funeral da Rainha Elizabeth II, para tentar uma cartada eleitoral. E, ao lado do corrupto Silas Malafaia, Bolsonaro segue afirmando sua política reacionária contra as mulheres e a legalização do aborto, importante pauta das mulheres e de pessoas com útero, e contra os direitos dos LGBTQIA+.

Nos atos de 7 de setembro, mais uma vez Bolsonaro buscou fortalecer seu projeto autoritário e golpista, mobilizando seus eleitores mais fanáticos a serviço de sua política autoritária, machista e misógina e em defesa do seu projeto golpista e de fome, utilizando todo o aparato estatal a favor da sua candidatura. Segundo a pesquisa, 65% das pessoas acreditam que Bolsonaro utilizou o 7 de setembro para fazer campanha eleitoral. Essa tentativa de projeto golpista é o que incentiva ataques como do deputado bolsonarista contra a jornalista Vera Magalhães. Esse projeto capitalista e autoritário tem de ser derrotado.

 

A frente ampla não enfrenta Bolsonaro

Nos calendários do 07/09, Grito dos Excluídos, e 10/09, as grandes centrais sindicais como CUT, CTB e Força Sindical, aliadas da Frente Ampla de Lula/Alckmin, boicotaram os atos de rua, deixando um espaço para a extrema direita, uma política covarde de capitulação ao bolsonarismo. Essas direções não apostam na mobilização, desmontam as campanhas salariais e conciliam com os tribunais e os patrões para impedir qualquer rebelião dos trabalhadores. Desmobilizaram o Grito dos Excluídos apostando que nas urnas tudo já está decidido. Sabemos que não é assim, até porque Bolsonaro segue mobilizando a sua base querendo manter viva a sua política de fome e morte. Essa política da frente ampla joga contra a derrota definitiva de Bolsonaro. Além disso, Lula tenta repetir o mesmo projeto de conciliação de classes aplicado nos seus 13 anos de governo com e para os capitalistas e as multinacionais. Isso se expressa em seu vice tucano Alckmin, alianças com setores do agronegócio inimigo dos sem terra e dos indígenas, coligações com o PSD, que compõe o governo Bolsonaro, e propostas de novas “reformas administrativas” que desmontam o serviço público.

 

Vote Vera Presidenta! Para derrotar Bolsonaro sem conciliar com os patrões!

 

A catástrofe ocasionada pelo governo Bolsonaro exige um enfrentamento firme contra a extrema direita, os ricos e os patrões. Sem vacilar, dizer nitidamente que com os nossos inimigos não podemos governar. Ao mesmo tempo, devemos apresentar um nome e um programa para a classe trabalhadora. Partindo dessa situação, nós, da CST, da esquerda radical do PSOL, estamos com Vera Lúcia, candidata a presidente pelo Polo Socialista e Revolucionário. Chamamos o voto em Vera, o voto em uma operária, negra e socialista, que não concilia com a FIESP, FIRJAN ou a burguesia do país. Nós chamamos a votar na companheira porque mantemos viva a máxima de que trabalhador vota em trabalhador e não deve-se fazer coligação com a direita que sempre nos massacrou. Porque é a candidatura que acredita que é a luta e a organização que podem enterrar de vez o bolsonarismo e os ataques capitalistas contra o conjunto da população.

Junto com o nome da companheira Vera, apresentamos um programa em que o norte é justamente localizar uma saída de fundo para o país no marco da independência de classe, enfrentando os banqueiros, os patrões e os burocratas. Nesse sentido, entendemos que o programa do Polo Socialista e Revolucionário, sintetizado nas propostas abaixo, é o que melhor representa uma saída com esse perfil. A seguir, apresentamos algumas propostas nacionais: para acabar com a fome e a miséria dos trabalhadores, é preciso atacar os lucros e as propriedades dos ricos.

– Auxílio de um salário mínimo, enquanto não tivermos pleno emprego; Redução da jornada de trabalho sem redução dos salários; Plano de obras públicas, que absorva a mão de obra desocupada; Aumento geral dos salários. Duplicação do salário mínimo, rumo ao salário mínimo constitucional calculado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), hoje em R$ 6.527,67;

– Revogação integral das reformas trabalhista e previdenciária; Reestatização das empresas privatizadas sob o controle dos trabalhadores. Petrobras 100% estatal, sob o controle dos trabalhadores, e o fim da paridade com os preços internacionais;

– Combate a todas as formas de opressões; Fim do genocídio da juventude negra pela polícia; Punição rigorosa à violência contra as mulheres e LGBTQIs;

– Contra a destruição da natureza promovida pelo governo Bolsonaro, o agronegócio, as mineradoras, garimpeiros e madeireiras; pela demarcação das terras indígenas, comunidades quilombolas e populações tradicionais! Fim do marco temporal! Fim da violência contra os indígenas!

– Não pagamento da dívida pública! Ruptura com o imperialismo!  Expropriação das multinacionais sob controle dos trabalhadores! Estatização das 100 maiores empresas que controlam a maior parte da nossa economia e expropriar os bens e empresas dos 315 bilionários desse país para poder atacar a fome e a miséria do povo brasileiro.

– Em defesa do meio ambiente! Expropriação das empresas poluidoras, a começar pelo agronegócio que promove o desmatamento, sob controle dos trabalhadores! Expropriação das grandes empresas agropecuárias sob controle dos trabalhadores! Terra para os camponeses e trabalhadores da agricultura familiar! Só assim poderemos produzir alimentos baratos para a população!

Enquanto formos governados pelos patrões que nos exploram, pelos partidos que representam os patrões e a direita, não conseguiremos resolver os problemas da classe trabalhadora. O Polo Socialista e Revolucionário defende um governo da classe trabalhadora, sem patrões, para aplicar nosso programa, rompendo com o capitalismo e a exploração imperialista, rumo à construção de um Brasil socialista.

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