PARAR O PAÍS NO DIA 11/7, PARA DERROTAR O AJUSTE DE DILMA E DOS GOVERNADORES
Os protestos do mês de junho que ocuparam as ruas do país obtiveram um importante primeiro triunfo: a anulação do aumento das tarifas de transporte. Esta vitória reflete a colossal força das mobilizações e o pânico que têm o governo, os parlamentares e os grandes empresários das massas nas ruas. Mas as demandas mais importantes não foram contempladas, por isso a mobilização continua. O movimento está fortalecido e consciente de sua capacidade e protagonismo concluindo que só se obtêm conquistas enfrentando os governos, os patrões e o congresso corrupto na rua.
O governo quer seguir enganando o povo e priorizando os banqueiros
Dilma tenta fingir que “ouviu a voz das ruas” e por isso propõe um pacto para “responder as demandas”, mas nenhuma das suas propostas as contempla. Mantém a chamada responsabilidade fiscal, que destina 50% dos recursos do país para bancar os agiotas do sistema financeiro; mantém as isenções fiscais para os empresários e dinheiro público para que as empreiteiras façam obras superfaturadas. Mantém os gastos com a Copa da FIFA enquanto o povo está nas ruas rejeitando os gastos bilionários do evento. Mantém o corte de verbas nas áreas sociais, o arrocho salarial e as privatizações. A educação continua recebendo menos de 5% de PIB e o tal recurso dos royalties é para daqui há 10 anos. A privatização dos hospitais universitários continua em curso. Falou em reforma política que seria encaminhada pelo corrupto Renan e por um congresso sem legitimidade do povo. Os mensaleiros seguem soltos e na maior cara de pau Renan e o ministro Henrique Alves utilizaram aviões da FAB para levar a família a festas e jogos.
Dilma proclama como solução para a saúde a importação de médicos e os médicos de 18 estados se mobilizaram nas ruas contra esta medida e contra a privatização da saúde pública. Dilma fala em reforma política, mas não responde aos anseios populares que querem revogar os mandatos dos políticos que não cumprem, querem o fim dos super salários dos parlamentares e demais cargos políticos.
Porque a presidente não propõe a abertura do sigilo fiscal, bancário e telefônico de todos os políticos e chama um plebiscito para que o povo decida qual será o salário que eles merecem? Porque não propõe que parlamentares, governadores, prefeitos, presidentes, secretários e ministros ganham o mesmo salário que os professores?
Parar e mobilizar dia 11/7
As mobilizações seguem em todo país: é greve de caminhoneiros, rodoviários de várias capitais, ocupações de Câmaras Municipais, mobilização de médicos, metalúrgicos, bancários, entre outros. Infelizmente a CUT perdeu uma oportunidade de converte o dia 11 numa grande greve Geral e apresentar a pauta exigida nas ruas. Apesar das vacilações das centrais, estão marcados para o dia 11/7 paralisações e atos. Esta é uma grande oportunidade para golpear o governo e dizer que não aceitaremos mais ajuste contra o povo. É necessário que as categorias façam assembleias e definam paralisar. É necessário que os jovens que mostraram sua força e coragem nas ruas, se juntem aos trabalhadores. Há que enfrentar o governo com força. A mobilização do dia 11/7 tem que ser a primeira medida de um plano de lutas que tem que dar um Basta a um governo que beneficia empresário, arrocha trabalhadores e o povo e encoberta mensaleiros e corruptos.
Agora é a hora! De juntar os jovens e os trabalhadores, os estudantes e os desempregados para parar o país e exigir das centrais uma greve geral para conquistar o que o povo necessita e luta:
1- Abaixo o ajuste econômico de Dilma e dos governadores;
Dinheiro pra saúde e educação públicas, não pra Copa! Ruptura com a FIFA! Auditoria de todos os contratos com a FIFA e empreiteiras! Fim da privatização da saúde e educação! Pela revogação das OSS e EBSERH! Que a mesma quantia gasta na Copa e Olimpíadas seja investida imediatamente nos hospitais e escolas públicas!
2 - Que a redução da tarifa seja paga pelos empresários, não pelo povo! Auditoria de todas as empresas concessionárias do poder público! Apoio a iniciativas como a CPI do transporte do Rio! Revogação dos contratos, municipalização do transporte com passe-livre para estudantes e desempregados! Imposto aos grandes empresários e políticos destinando esse recurso ao transporte público e estatal!
3 – Basta de “superávit primário”! Que esse dinheiro, 110 bilhões de reais que serão destinados aos banqueiros em 2013 seja destinado a saúde e educação.
4 - Fora Cabral! Fora Feliciano! Fora Renan! Cadeia para os mensaleiros!
5 - Unificar os que lutam! Por aumento de salários e melhores condições de trabalho! Que os sindicatos, federações e centrais sindicais convoquem uma verdadeira greve geral!