NÃO SOMOS ANTISSEMITAS! DEFENDEMOS A RESISTÊNCIA PALESTINA!
Fonte:
Babá – Professor Adjunto IV da UFRJ (Fórum de Ciência e Cultura), Direção Nacional do PSOL e da CST

Em agosto de 2012, em meio ao processo eleitoral, publiquei uma nota com o intuito de debater o ataque político que estávamos sofrendo por conta de uma campanha difamatória desencadeada pela direita sionista contra o PSOL. Naquela ocasião fui acusado de ser antissemita, ou seja, de supostamente ser hostil aos judeus, o que é uma grande mentira já que a esquerda socialista é contra esse tipo de discriminação. Repudiamos o holocausto nazista contra os judeus e, agora, pelas mesmas razões combatemos o genocídio e o extermínio étnico que o Estado sionista de Israel patrocina contra os palestinos.

No referido texto de 2012 me posicionei sobre a campanha eleitoral e expliquei nossa posição sobre direitos humanos, humanidade, antissemitismo, sionismo, o Estado racista de Israel e a Palestina. Passados quase dois anos, o colunista da revista Veja, Reinaldo Azevedo, volta a nos atacar com os mesmos argumentos da direita sionista: imagens de uma manifestação onde foi queimada a bandeira do estado racista de Israel juntamente com uma bandeira dos EUA, ato do qual participei. O protesto ocorreu aqui do Rio e fez parte de uma jornada mundial de manifestações de solidariedade ao povo palestino que sofria um ataque militar naquele momento, em 2009. Estamos falando de mortes de cerca de 350 pessoas, dentre elas várias crianças e um hospital bombardeado.

As posições reacionárias de Reinaldo Azevedo e o conservadorismo da Veja são conhecidos. Ninguém esquece a colaboração da revista com os assassinos da ditadura militar e com os tucanos na era FHC, bem como seu apoio as privatizações e o receituário neoliberal aplicado pelo PSDB ou pelo PT. Não por acaso sistematicamente ataca o governo de esquerda do PSOL em Itaocara (RJ). Agora, nesse caso o que move a Veja, que é quem paga o salário de Reinaldo Azevedo, são duas coisas. Em primeiro lugar sustentar uma onda de calunias contra Marcelo Freixo e o PSOL, campanha que foi lançada após episodio lamentável que tirou a vida do Jornalista Santiago de Andrade e que é feita em conjunto com a Rede Globo. Em segundo lugar, a postura ideológica da multinacional sul-africana Naspers, que controla 30% do grupo Abril, a editora da Veja. Naspers colaborou com o Apartheid da África do Sul, um regime tão racista, fascista e segregador quanto o Estado Sionista de Israel.

Para responder novamente essa questão, volto a reproduzir os principais trechos da nossa posição na época logo mais adiante. Além disso, gostaria de fazer referência ao que acaba de declarar, há poucos dias, o relator especial da ONU sobre direitos humanos nos territórios palestinos, professor de direito Richard Falk, que é americano e judeu. No relatório de 22 páginas, Falk disse que “os direitos dos palestinos estão sendo violados pela ocupação prolongada de Israel do território e pela ‘limpeza étnica’ feita em Jerusalém Oriental. Gaza, apesar da retirada de Israel em 2005, continua a ser ‘ocupada’ sob o bloqueio israelense ilegal que controla fronteiras, espaço aéreo as águas costeiras e, prejudica especialmente os agricultores e os pescadores”. Falk, criou polêmica em maio de 2008, ao comparar as ações das forças israelenses na Faixa de Gaza a dos nazistas na Europa durante a guerra. “A situação humanitária no enclave controlado pelo Hamas é terrível e agravada pela escassez de combustível” declarou o professor. Em uma seção intitulada "atos que potencialmente leva à segregação e ao apartheid", ele analisa as políticas israelenses, incluindo o "contínuo uso excessivo da força por parte das forças de segurança de Israel" e assassinatos ilegais que são "parte de atos praticados, a fim de manter o domínio sobre palestinos". E observa ainda que os Palestinos na Cisjordânia estão sujeitos às leis militares enquanto os colonos judeus enfrentam um sistema de direito civil. Ao mesmo tempo, Israel viola os direitos dos Palestinos ao trabalho e à educação, à liberdade de circulação e residência e de expressão e reunião. O professor diz ainda que dez anos atrás o Tribunal de Justiça Internacional da ONU determinou que o muro de separação de Israel dentro da Cisjordânia é ilegal. Por fim, Falk escreve em seu relatório: "Parece incontestável que as medidas israelenses que dividem a população do território palestino ocupado ao longo de linhas raciais criam reservas separadas para os palestinos e expropriam suas terras" (...) "O efeito combinado das medidas destinadas a garantir a segurança dos cidadãos israelitas, para facilitar e expandir os assentamentos, e, ao que parece, para anexar a terra é hafrada (a palavra hebraica para separação), a discriminação e a opressão sistemática de dominação sobre o povo palestino".

Como a imprensa diz, Israel não reconhece o trabalho e boicotou durante 19 meses o Conselho de Direitos Humanos da ONU, reintegrando-se à entidade em outubro do ano passado. Outras denúncias publicadas contra o Estado colonialista e sionista de Israel podem ser acessadas na pagina eletrônica da ONU, uma entidade comandada pelo próprio imperialismo norte-americano e europeu. Ver particularmente em http://www.onu.org.br/index.php?s=Richard+Falk&x=0&y=0.

Há outros exemplos que poderíamos citar, como o recente relatório produzido pela Anistia Internacional intitulado “Rápidos no gatilho: O uso de força excessiva por Israel na Cisjordânia” que descreve como as “forças de segurança israelenses têm revelado total desprezo pela vida humana, sendo responsáveis pela morte de dezenas de civis palestinos, incluindo crianças, ao longo dos últimos três anos na Cisjordânia, e com total impunidade”. (Ver http://anistia.org.br/direitos-humanos/blog/r%C3%A1pidos-no-gatilho-pol%C3%ADcia-e-militares-israelenses-usam-for%C3%A7a-excessiva-contra)

Creio que isso basta para mostrar que a defesa da causa palestina é correta. Uma luta que agrega intelectuais, artistas, organizações políticas da esquerda e movimentos sociais que integram as mais variadas posturas, desde democráticas, críticas e humanitárias, até os anti-imperialistas e os que reivindicam o socialismo e a liberdade como nós do PSOL. Por isso a esquerda tem o dever de seguir do lado certo, dos que estão sendo oprimidos, atacados, expulsos de suas terras e massacrados: do lado da resistência palestina. Mantenho-me, portanto, onde sempre estive ao longo de décadas de militância revolucionária. Sigo defendendo minha postura contrária ao Estado fascista de Israel, esse enclave do imperialismo no Oriente Médio que só subsiste por meio do uso continuo da violência contra os palestinos e pelo abuso do colonialismo naquela região. Está mais do que comprovado que o Estado Sionista de Israel é sinônimo de racismo, genocídio e fascismo, por isso ele deve deixar de existir. Defendo um único estado Palestino, que seja laico, democrático e sem nenhum tipo de racismo. Ou seja, uma Palestina unificada, sem nenhuma religião tutelando o Estado, sem privilégios, discriminações e perseguições raciais, culturais e étnicas de nenhum tipo. Essa é a única forma de acabar com os sofrimentos que o povo palestino padece em Gaza, na Cisjordânia e no exílio forçado a que foram submetidos. Essa é a única forma de que palestinos e judeus possam viver juntos e em paz naquela região juntamente com os cristãos. É uma postura coerente com nossa trajetória e nada tem de antissemita.




Trechos do Texto de Agosto de 2012:

(...)
Sobre queimar bandeira
Queimar uma bandeira é um ato simbólico, que demonstra repulsa a tal ou qual instituição. Os socialistas têm total repulsa ao Estado Imperialista norte americano e à política do seu governo. Os socialistas também têm total repulsa ao Estado racista nazista de Israel e ao seu governo.
Durante a guerra do Vietnã, centenas de milhares de militantes pacifistas estadunidenses queimavam a bandeira dos EUA, do seu próprio país, para demonstrar sua indignação com a política estatal. Nós sempre os apoiamos. Caso os camponeses e indígenas bolivianos queimassem uma bandeira brasileira por conta da ingerência da empreiteira OAS e do governo brasileiro que destrói suas florestas, ficaríamos do lado dos explorados bolivianos ou dos empreiteiros brasileiros? Certamente estaríamos ao lado dos camponeses e indígenas bolivianos e não nos sentiríamos ofendidos caso queimassem nossa bandeira para simbolizar seu repúdio. Somos internacionalistas e afirmo que tenho mais coisas em comum com um trabalhador boliviano, israelense, palestino, etc., do que com qualquer patrão, mesmo que patriota, brasileiro.
Mas, além de tudo isso já exposto, o que mais me impressiona ao ler os comentários na internet, é que o ato de queimar bandeiras seja considerado algo violento, bruto, agressivo e coisas do tipo. Os mesmos que falam isso deveriam refletir que queimar uma bandeira não é absolutamente NADA comparado às décadas de martírio de um povo, comparado às milhares de mortes. O único estado do mundo onde a tortura é legalizada faz todos os dias mais ou tanta barbárie quanto algumas das guerras mais violentas que o mundo já teve. Portanto, os humanitários de verdade, não se preocupam com uma bandeira e com um símbolo, se preocupam com as vidas. As vidas e mortes não são simbólicas, são concretas.

Sobre o antissemitismo
Nossos detratores, os que postaram originalmente os vídeos, acusam-nos de antissemitismo, o que significa que seriamos hostis aos judeus. Isto é uma absurda mentira, pois o que é da tradição do verdadeiro socialismo é ser veementemente contrário a qualquer discriminação aos judeus ou à qualquer povo, raça, etnia, ou religião do mundo. Junto com isso, também de forma veemente, somos contra o Estado racista e nazista de Israel e à sua política e não contra o povo trabalhador que ali mora. Aliás, assistimos com entusiasmo as mobilizações de trabalhadores e da juventude israelense, que ano passado foram aos milhares para as ruas lutando por melhores condições de vida contra os planos de ajuste de seu governo.
Da mesma forma, saudamos com entusiasmo as diversas intifadas palestinas e nos colocamos claramente do seu lado. Perguntamos aos nossos detratores, de que lado vocês estão: com a intifada ou com a repressão dos soldados israelenses?

Sobre o Estado de Israel
Toda a história e tradição da esquerda marxista e socialista tem sido de rejeição ao sionismo o que é bem diferente de ser antissemita. Assim como repudiamos o antissemitismo, rejeitamos com a mesma força o movimento sionista. Pois o sionismo foi a ideologia montada para justificar e legitimar a invasão e ocupação da Palestina em 1948, expulsando de suas terras no momento e nas sucessivas guerras de ocupação mais de 4 milhões de palestinos; massacrando, encarcerando e torturando. No território havia 950 mil árabes palestinos vivendo em cerca de 500 povoados. Em menos de seis meses sobraram apenas 138 mil pessoas, pois a grande maioria dos palestinos havia sido assassinada, expulsa pela força ou fugido aterrorizada diante dos bandos assassinos das unidades do exército israelense.
Israel é um estado artificial, um verdadeiro enclave do imperialismo para impedir que avance a democracia, a independência e o socialismo nos países árabes. Não por acaso é o país que recebe a maior ajuda militar por parte dos EUA e que possui um poderoso arsenal atômico, além de nunca ter aplicado nem aceito as resoluções da ONU que a condenavam pelo uso indiscriminado da força e da violência. Talvez muitos tenham visto ou ouvido falar sobre a Faixa de Gaza e Cisjordânia: bem, estas terras ocupadas pelos exércitos israelenses são hoje verdadeiros campos de concentração como o foram os de Auschwitz ou Buchenwald na Alemanha nazista. Há diversas personalidades de origem judia, intelectuais e artistas, que hoje condenam e chegam a essa conclusão: o que o Estado de Israel faz com os palestinos é a mesma coisa que os povos de origem judia sofreram com a perseguição nazista e fascita. Como bem afirma o escultor a ativista, Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel: “Os ataques, a destruição e a morte em Gaza e no Líbano e as ameaças permanentes a outros povos, têm levado o Estado de Israel a se transformar num Estado terrorista, utilizando as torturas e os ataques à população civil nos quais as vítimas são mulheres e crianças. Até quando continuará essa política de terror?”
Perguntamos aos nossos detratores: vocês defenderam o Estado racista nazista da África do Sul? Ou pelo contrário, como todos os democratas e socialistas do mundo, lutaram e se solidarizaram com o povo negro sul-africano que finalmente e de forma heroica derrotou esse estado racista? Pois bem: trata-se da mesma luta contra um estado racista e nazista, que ataca e mantêm seu domínio sobre os palestinos graças ao terror e a repressão feroz, da mesma forma que o fizeram os sucessivos governos da minoria branca na África do Sul.
A esquerda socialista tem a responsabilidade e a obrigação de dizer a verdade ao povo brasileiro e educar as novas gerações sobre o real significado do Estado racista de Israel, assim como de manifestar a irrestrita solidariedade com o povo palestino. Vejamos alguns antecedentes que ilustram a batalha da esquerda socialista (sublinhados nossos):

a) No site da corrente Enlace (PSOL) foi publicado em maio de 2012, uma nota de um membro da esquerda revolucionária síria define: “Um Egito e Síria progressistas, democráticos e verdadeiramente independentes são infinitamente mais perigosos para o apartheid estatal sionista e os seus territórios ocupados do que a República islâmica e repressiva da Síria”.

b) Na Revista da Fundação do PSOL (Lauro Campos) em 24/08/12 aparece uma nota de Rasem Shaban Bisharat, palestino e mestre em História pela Universidade da Jordânia, que entre outras considerações define: “Israel não tem o direito de reivindicar o caráter judaico do Estado e de privar os palestinos da elegibilidade e da sua presença, ou o direito de retorno dos proprietários de terras que foram deslocadas pela força em 1948 para trazer um novo povo que nunca viveu naquela terra[...] Israel e o movimento sionista devem perceber que os mitos que eles haviam fabricado para reivindicar direitos na Palestina histórica não passam de lendas e pura fantasia e é impossível prosseguir incólume.

c) Em 2010, o nosso deputado federal Chico Alencar reproduziu no seu boletim uma nota do MST em solidariedade com a Palestina. Reproduzimos alguns trechos: “É preciso transformar essa indignação diante da violência de Israel num gigantesco movimento de massas de caráter internacional que faça recuar esse monstro nazi-sionista. O expansionismo e o militarismo israelense são parte da tentativa do imperialismo de sufocar as legítimas lutas de libertação nacional e por transformações sociais que se desenvolvem neste momento em todos os países do mundo”.[...] O governo brasileiro deve voltar atrás na sua decisão de firmar, ratificar e regulamentar o Tratado de Livre Comercio Israel-Mercosul. Consideramos um grande erro manter relações comerciais desse nível com um Estado que desrespeita cotidianamente os direitos humanos e resoluções da ONU...”
d) Sob o título de ‘ISRAEL É UM ESTADO RACISTA’, a ativista e escritora Mar Gijón Mendigutía convoca: “Já é hora de remediar o dano feito, é hora de começar um poderoso movimento contra Israel igual ao que se fez contra o apartheid da África do Sul”
e) Na convocatória ao Ato em Solidariedade com o Povo Palestino de junho de 2010, o Comitê de apoio denuncia: “Um dos manifestantes que esteve na Faixa de Gaza há pouco tempo, denunciou que o ataque à frota Gaza Livre foi comemorado pela juventude sionista nas ruas de várias cidades israelenses e que o Estado de Israel trabalha noite e dia para introduzir sua mentalidade fascista na consciência da população”.
f) Em novembro de 2011, nosso deputado federal Chico Alencar participou de uma visita de cinco dias com uma delegação de congressistas de diversos países à Faixa de Gaza e denunciou: “Do ponto de vista humanitário a situação é terrível... Há três anos e meio que existe bloqueio militar e, há dois anos, a chamada Operação Chumbo Derretido, condenada internacionalmente, inclusive com restrições da ONU, representou um massacre àquela população”.
g) Nosso companheiro Milton Temer, ex-deputado e fundador do PSOL, denuncia também a amálgama preconceituosa entre Judeu, sionista e israelense. Afirma em seu blog em 25/06/12: “Para os sionistas fundamentalistas, sou um antissemita, embora seja semita de origem. Por que? Porque não hesito em diferenciar o sionismo, reacionário e xenófobo, do judaísmo humanista. Constato, pelo artigo em anexo, que estou em boa companhia. Existe uma lista elaborada por entidade sionista Self Hating and/or Israel Threatening, cujas iniciais produzem a sigla SHIT (merda, em inglês), produzida por site sionista, denunciando como traidores os judeus que não se alinham com a política de Israel em relação à Palestina, mesmo quando cumpridores fiéis dos preceitos da religião. Noam Chomsky, Daniel BenSaid, e Woody Allen estão entre os mais de 7 mil judeus que "envergonham os judeus", por não se renderem ao amálgama entre Judaísmo, Sionismo e Estado de Israel. Sinto-me honrado pela companhia.”
h) O mesmo Milton Temer, em matéria de 17-03-12 denuncia: “No confronto Israel-Palestina, não se trata de uma guerra entre dois Estados. Trata-se da ocupação militar, por parte do governo de Israel do território palestino usurpado ao longo de décadas, contra todas as resoluções condenatórias da ONU. Trata-se da ação de um Estado religioso fundamentalista, possuidor clandestinamente de um imenso arsenal nuclear, no papel de gendarme dos interesses norte-americanos no Oriente Médio, contra um povo limitado a pouco armamento portátil, quando se trata de resistência adulta, e a estilingues quando exercida por um bando de desesperados garotos. Trata-se, resumindo, de crime contra a humanidade que deveria ser alvo dos tribunais internacionais...”.
(...) Existem debates importantes entre os que defendem esta causa. Devem ser feitos. Por exemplo, não acreditamos na “solução negociada”, de dois estados, pois essa foi a política hipócrita do imperialismo durante décadas, e são mais de 50 anos que vêm se demonstrando um fracasso. De nossa parte, defendemos uma Palestina única, laica, ou seja, sem religião de Estado, não racista e democrática, com o direito ao retorno de todos os palestinos exilados, pela devolução de suas terras, e que democraticamente o povo defina quem e como deva ser governada.

Para finalizar, voltamos a lamentar que se tente tirar vantagem eleitoral de uma ação que nos orgulha: a luta sem quartel contra o Estado sionista e racista de Israel, seu governo e seus símbolos. Chamamos à todos fraternalmente a retomar a herança e a tradição socialista, de condenar esses crimes contra a humanidade ao invés de condenar a queima das bandeiras de dois países que simbolizam o extermínio do povo palestino.



Para ler o texto na integra acesse:
http://babapsol.blogspot.com.br/2012/08/pelos-direitos-humanos-no-mundo-inteiro.html

Para ver um vídeo de resposta acesse:
http://babapsol.blogspot.com.br/2012/08/pelos-direitos-humanos-no-mundo-inteiro.htm
Data de Publicação: 10/03/2014 10:05:33

Galeria de Fotos: