Metroviários de São Paulo aprovam greve para o dia 5 de junho
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Nós metroviários, somos parte deste processo de lutas de São Paulo e do Brasil. Em assembleia lotada aprovamos greve para o dia 5 de junho, após a próxima negociação no TRT, que será dia 4. O presidente do Metrô, assustado com a mobilização da categoria marcou reunião para sexta-feira, 30 de maio. As propostas até agora não contemplam as reivindicações da categoria. O governo após 4 rodadas de negociação propôs 5,2%, depois subiu para 7,8% e na arbitragem o TRT sugeriu 9,5%. O índice está ainda aquém do reivindicado que é a inflação mais 25% de aumento real, além disso, e não menos importante, é que na proposta da empresa não está contemplada nem a periculosidade de 30% para os OTM1 (agente de estação). Pautas muito importantes estão pendentes: plano de carreira, sobre tudo para o setor da manutenção e o pedido da inclusão dos aposentados no plano de saúde. Diante disso, nós metroviários aprovamos greve a partir do dia 5 de junho e um forte calendário de mobilização. Dia 29, foram distribuídas dezenas de milhares de cartas à população, mostrando que os metroviários estão mobilizados e lutam ao lado da população trabalhadora por um Transporte Público padrão FIFA e por redução nas tarifas.

A disposição de luta dos metroviários é superior a de anos anteriores, todas as assembleias foram massivas, as setoriais (assembleias por setor ou região) foram cheias em todas as áreas e fizemos uma passeata com mais de mil trabalhadores nas ruas. E a população está dando um respaldo fora do comum. Por isso, não é de apenas “dois dígitos” de reajuste o que necessitamos! Precisamos construir uma grande greve pela recomposição salarial, por condições de trabalho, plano de carreira, periculosidade, PR igualitária, e todas as nossas pautas específicas de cada setor da categoria. Para conseguirmos as nossas demandas só com greve, e nada mais oportuno que antes da Copa. DIA 5 DE JUNHO É GREVE POR TEMPO INDETERMINADO!!!


Governo Alckmin: roubalheira no Metrô e ataques aos trabalhadores

A corrupção no Metro é a marca dos governos tucanos. A cada dia estouram mais escândalos envolvendo essa e as anteriores administrações em fraudes de licitação, favorecimentos ilícitos, tráfico de influência, etc. As empresas favorecidas pelos esquemas ilícitos do tucanato enchem o cofre do PSDB e os bolsos dos dirigentes desse partido.

A corrupção, aliada ao descaso com os trabalhadores, mostra que os tucanos atuam para desmontar e privatizar o Metrô. Nós metroviários, que com nosso esforço transportamos quase 5 milhões de passageiros diariamente, e que queremos valorização, precisamos derrotar nas ruas esse governo.


Unificar as lutas em curso! Construir a greve geral!

Nossa greve vai ocorrer num momento fundamental para o país. Por todos os lados vemos greves e protestos. São Paulo tem sido o epicentro de muitas lutas. Trabalhadores das mais diversas categorias saem à luta por melhores salários e condições de trabalho. Motoristas de ônibus, metalúrgicos, professores e servidores das universidades estaduais, servidores públicos federais e municipais, garis, apontam que o caminho para as mudanças que necessitamos são as greves e protestos. Para isso enfrentam a intransigência dos governos Dilma, Alckmin e Haddad, que preferem conceder bilhões para a Copa da FIFA do que investir no transporte público e valorizar os trabalhadores.

É urgente que unifiquemos as lutas em curso com ações em comum e uma coordenação unificada. Exigimos que as centrais sindicais, a CUT, CTB, Força Sindical e também a CSP-CONLUTAS rompam seu imobilismo no que diz respeito à unificação das lutas e convoquem uma Greve Geral neste país para derrotar o ajuste dos governos e impor um aumento geral no salário dos trabalhadores brasileiros, condições de trabalho dignas e serviços públicos de qualidade.
Data de Publicação: 30/05/2014 13:12:53

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