A categoria de professores da rede estadual de São Paulo, hoje é composta de aproximadamente 190 mil professores. Metade dos professores não são concursados, sendo 40 mil em contratos temporários mais precários, chamados ‘’Categoria O’’.
O governo do Estado de São Paulo anunciou as regras para a atribuição de aulas em 2015 e vários foram os problemas que nós professores identificamos. O principal é que não prevê a contratação dos professores que iniciaram contrato em 2013 e terão seus contratos encerrados em 2015, não prevê abertura de cadastro emergencial, apenas pede para esses profissionais esperarem novas orientações. Outra questão é que ao invés de efetivar nós professores que passamos no último concurso o edital prevê uma contratação precária, criando uma nova divisão em nossa categoria os “docentes remanescentes, aprovados no Concurso público de PEB-II/2013, na 1ª e 2ª opção”.
200 dias sem trabalho não dá!!!
Até o ano passado quando os contratos dos professores Categoria “O” venciam após 2 anos ininterruptos em sala de aula, éramos obrigados a ficar 40 dias sem salário, era a famosa quarentena. Para o próximo ano o governo do Estado anunciou que nós professores teremos que ficar 200 dias sem contrato com o estado, ou seja, nós professores que teremos nosso contrato encerrado agora só poderemos participar das atribuições de aula somente após as férias de julho. Já era complicado passar o mês de fevereiro sem salário, porque os contratos nossos de categoria “O” venciam em dezembro e ficávamos sem contrato por 40 dias, agora a situação é bem pior, por isso ficaremos sem contrato por mais de seis meses.
Direção Majoritária da APEOESP CUT-CTB (PT e PCdoB) tem responsabilidade nas demissões
A direção majoritária da APEOESP-CUT (Maria Izabel - PT) também é responsável pela demissão dos 21 mil professores. O tema da duzentenena foi responsável pelo termino da última greve dos professores. Naquela ocasião a direção majoritária do sindicato (PT e PCdoB) diziam que a negociação com o governo havia garantido, além do direito médico ao IAMSPE aos professores categoria “O”, a “Redução da quarentena de 200 para 40 dias” (http://www.apeoesp.org.br/publicacoes/opiniao-apeoesp/nossa-luta-valeu-a-pena/). Ou seja, para votarmos pelo fim da greve a Direção Majoritária do Sindicato (Articulação CUT/PT) mentiu para os professores, ou no mínimo omitiu que essas supostas conquistas eram apenas palavras do secretario de educação e que não havia nenhum documento assinado pelo secretario ou governador se comprometendo com essas pautas.
No entanto a duzentena poderia ser revertida em 2014 se nós professores tivéssemos realizado uma forte campanha salarial, no entanto a direção majoritária do sindicato (PT) preferiu adiantar a eleição do sindicato, e depois jogar todas as forças nas eleições federal e estadual. Condicionando a categoria as vontades políticas do partido da direção majoritária da entidade (PT).
Em 2013 a duzentena foi derrubada com Luta!!!
Em 2015 precisamos manter a mobilização até recuo na demissão de 21 mil professores Categoria “O”
Em 2013 os professores de Taboão da Serra (Organizados na subsede da APEOESP dirigida pela oposição, onde a Unidos Pra Lutar é parte da direção) com muita mobilização derrubaram a duzentena, conquista que depois acabou se estendendo para todo o estado. Esse ano 2014 em várias regiões ocorreram atos e manifestações contra as demissões dos professores categoria “O”. Em Taboão da Serra, nós da Unidos pra Lutar com outros setores realizamos um ato na Diretoria de Ensino mostrando que nós professores temos disponibilidade de lutar caso não seja revertida nossa demissão. Felizmente não fomos a única região a se mobilizar por essa questão. Fruto dessa pressão que ocorreu assembleia seguida de passeata no último dia 05/12/14, ao todo participaram em torno de 2 mil professores (as). Sendo a sua maioria categoria “O”. Pra 2015 foi indicada uma assembleia para o mês de fevereiro, com indicativo de greve caso não seja derrotada a duzentena.