UNIDOS PODEMOS MAIS – CHAPA 2 - oposição
Nossa greve foi muito forte, com mais adesão que em 2014. Iniciada na assembleia de Guadalupe, com 1500 trabalhadores, sem nenhum voto contrário, a greve mostrou nossa importância. A prefeitura gastou, oficialmente, mais de R$ 3 milhões para tentar derrotar nosso movimento, sem sucesso. Centenas de carros da polícia militar, da guarda municipal e de segurança privada cercavam as gerências para intimidar os grevistas. O plano de contingência incluía menores de idade e pessoas sem treinamento ou EPI, pra dar impressão de que não havia greve (denuncia que fizemos no Ministério Publico). Os chefes ameaçavam de demissão, a imprensa tentava criminalizar e a Justiça determinou que 75% da categoria trabalhassem.
Alertamos em nossos panfletos que essa campanha salarial seria mais difícil e dura. Dilma, Pezão e Eduardo Paes, estão aplicando um ajuste fiscal que é um plano para cortar direitos, congelar salários e tentar impedir que os trabalhadores lutem. Tudo marcado pela corrupção tipo a da Petrobras. Enfrentamos essas dificuldades de cabeça erguida, confiando em nossa união e na coragem da categoria que já não aceita os abusos da COMLURB. Ao final arrancamos um reajuste de 8% com ganho real, auxilio funeral de R$800, hora extra pra lideres, a promessa de não desconto dos dias parados e não perseguição aos grevistas. Tudo isso num acordo no MPT (Ministério Público do Trabalho).
Mais uma vez o sindicato traiu!
Não é novidade que a direção do sindicato não queria fazer greve, por isso adiantou a eleição do sindicato pro meio da campanha salarial, tentando fraudar a eleição e assinar um acordo rebaixado. Não participaram dos piquetes, não garantiram as kombis da greve e tentaram desmontar o movimento. Na assembleia que decretou o fim da greve o sindicato colocou gente de fora da categoria para votar. O resultado foi que a saída da greve foi votada numa assembleia esvaziada. O pior foi no impasse sobre os dias parados, quando passaram nas gerências dizendo pra base não se manifestar em Copacabana (enquanto a empresa escalou pro trabalho mais gente do que é comum). Se a greve não foi melhor porque faltou um sindicato firme, combativo, democrático e totalmente independente da prefeitura.
Depois de mais uma traição é preciso fortalecer uma nova direção pro sindicato, com todos os trabalhadores de base que estiveram à frente da greve. Não podemos aceitar esse povo do sindicato nas gerências quando eles fazem conchavos com os gerentes. Temos que expulsar os pelegos do nosso local de trabalho toda vez que eles mentirem pra categoria. Ao mesmo tempo é preciso forçar a direção do sindicato a aceitar as exigências da base, como fizemos na assembleia de greve, quando forçamos o sindicato a dizer que apoiava a greve e comunicar a empresa de que iríamos parar. Ou quando arrancamos deles o carro de som pra fazer assembleias unificadas da greve e a água e comida dos grevistas. O sindicato tem que fazer o que a categoria decidir!
Prefeito Eduardo Paes é um ditador!
No dia seguinte após a assembleia que pôs fim a greve, o sentimento da categoria era de dever cumprido. Todos sabiam que a batalha tinha sido dura, mas que arrancamos o que era possível. O prefeito Eduardo Paes (PMDB) sentiu que esse acordo mantinha a categoria firme na luta. Por isso, está tentando melar o acordo, descontar os dias de greve e começou a perseguir as lideranças com transferências e ameaças de demissão. Paes está desesperado, porque quer derrotar a categoria. Ele morre de medo que a gente siga lutando, por isso tentar dividir a categoria (e pra isso conta com a direção do sindicato e a maior parte dos membros da comissão de negociação). Ele faz o mesmo que faziam os generais sanguinários no tempo de ditadura militar: ataca o direto de organização sindical e os diretos humanos e até frauda eleição de CIPAs nas gerências, como ocorreu na SG13P! Paes quer nos escravizar e transformar a COMLURB numa senzala!
Nossa resposta é luta e união! Exigimos o cumprimento do acordo!
Nenhum trabalhador pode ser perseguido nas gerências nem sofrer assedio moral, muito menos agora sem assinatura do acordo. Se ameaçarem fazer algo contra um, todos devem responder. Devemos reunir toda a gerência, fazer abaixo-assinado e denunciar a perseguição como já fizeram os nossos colegas de Piedade. As lideranças da oposição ajudarão nessa organização e resistência contra os desmando do prefeito e das chefias. Ninguém fica pra trás!
Além disso, precisamos ganhar o apoio da população nos bairros onde trabalhamos, nas escolas de nossos filhos e nossas comunidades. Devemos mostrar a importância dos garis pra cidade e nosso papel de agentes de proteção ambiental. Nosso trabalho previne doenças e calamidades. Não podemos ser perseguidos, temos que ser valorizados. Nossa luta continua, pois lutamos por salário, condições de trabalho, direitos sociais e por reparação aos anos que fomos discriminados e humilhados.