PARÁ: Todo apoio à greve dos trabalhadores dos supermercados!
Chega de repressão da polícia de Jatene/PSDB e dos patrões!
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Os trabalhadores e trabalhadoras dos supermercados da região metropolitana de Belém estão em greve desde a última quinta-feira (16). Super explorados e alvos de assédio moral constantes, esses trabalhadores estão criando uma tradição de luta. Sua greve logo após os protestos de junho de 2013 foi massiva e conquistou importantes vitórias para a categoria.

Agora a patronal quer que os trabalhadores voltem a ter uma carga horária semanal de 44h, quando atualmente são 42h. A reivindicação dos grevistas é diminuição da carga horária para 40h e também reajuste salarial de 20%, piso salarial de R$ 940 para R$ 1.100, aumento no ticket alimentação de R$200 para R$300. Nada impossível para os patrões dos supermercados, que ganham muito dinheiro à custa da exploração destes trabalhadores.

Para tentar acabar com a greve, a patronal conta com o apoio da Polícia Militar de Jatene/PSDB. Desde o primeiro dia de mobilização, a PM tem destacado centenas de policiais para ficar em frente às principais lojas de supermercados, para garantir que funcionem, intimidando os trabalhadores. Essa atitude da Polícia Militar, como a da Justiça com a greve dos trabalhadores em educação no Pará - que decretou a greve ilegal - mostra claramente que tanto a polícia quanto à justiça não são neutras, que servem aos interesses dos patrões, contra os trabalhadores.

Por isso, nós, da CST-PSOL, da Unidos pra Lutar e do coletivo Juventude Vamos à Luta, queremos prestar toda a nossa solidariedade a estes trabalhadores e chamar toda a população de Belém, do Pará e do Brasil a apoiar esse movimento grevista. A mobilização dos funcionários dos supermercados é fruto dos novos lutadores que vem surgindo nos últimos anos, que enfrentam sindicatos e lideranças sindicais que se negam a lutar pelos seus direitos. Enfrentam governos e patrões com muita disposição de luta.

Sabemos também que esta mobilização é impulsionada pelo ajuste fiscal que a presidenta Dilma, o governador Jatene, os prefeitos e patrões vêm aplicando contra os trabalhadores e o povo. A classe trabalhadora sabe que se não lutar, se não fizer greve, vai ficar mais pobre, porque aumenta o preço dos alimentos, aumenta a tarifa de energia, a gasolina e daqui a pouco vão querer aumentar também a tarifa de ônibus.

Fora isso, as medidas de Dilma também dificultam o acesso ao seguro desemprego, às pensões, ao abono salarial. No Congresso Nacional, deputados e senadores patronais querem aprovar o projeto das terceirizações que busca acabar com direitos dos trabalhadores, fazendo com que ganhem menos e não tenham 13º salário, férias e descanso remunerado, entre outros direitos. Por isso temos que unificar as lutas e greves existentes e pressionar a CUT, a UGT e as outras centrais a organizar uma grande greve geral no Brasil, para barrar todas as medidas de ajuste dos governos.Por isso temos que unificar as lutas e greves existentes e pressionar a CUT, a UGT e as outras centrais a organizar uma grande greve geral no Brasil, para barrar todas as medidas de ajuste dos governos. Avaliamos também que uma greve geral de todos os trabalhadores do comércio é necessária para acabar com a super exploração, o assédio moral e o desrespeito aos direitos, por isso devemos exigir à UGT e à Federação dos Trabalhadores do Comércio do Pará que convoque essa greve para acuar os patrões e garantir as justas reivindicações dos trabalhadores deste setor.

Corrente Socialista dos Trabalhadores - Partido Socialismo e Liberdade (CST-PSOL), 18 de abril de 2015
Data de Publicação: 20/04/2015 13:08:31

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