O PSOL se afirma como oposição radical ao governo do PT
Fonte: Nota da CST
Está sendo veiculado na imprensa matéria sobre o ex-governador Tarso Genro (RS/PT) defendendo uma suposta Frente de Esquerda entre PT, PSB, PCdoB e PSOL para a disputa da eleição municipal de 2016 no Rio de Janeiro, inclusive com convocação para uma plenária nesta sexta feira onde tal tema será debatido e onde supostamente estariam presentes PSOL, PSB, PT e PCdoB, com o título “a saída é pela esquerda”.



O PT se converteu em um mero aplicador das políticas de austeridade e por isso nosso partido é oposição de esquerda ao governo Dilma (PT/PMDB) e também aos governadores e prefeitos sejam tucanos, do DEM ou do PSB, PMDB, etc. que aplicam todos o mesmo plano. Por tal motivo o PSOL está no parlamento e nas ruas com sua militância enfrentando a aplicação do ajuste fiscal que visa fazer com que o povo e os trabalhadores paguem pela crise econômica.



Neste sentido é completamente inviável qualquer frente eleitoral com PT, nem no Rio de Janeiro e tampouco a nível nacional. E avaliamos que tanto a direção regional, quanto o conjunto da militância tem que debater esse tema e devemos de ante mão desmentir qualquer possibilidade de aliança com os partidos da ordem, aplicadores dos planos de austeridade. Isto é muito importante, visto que o PT de Lula e Tarso seguem tendo uma política para atuar sobre a verdadeira esquerda, tentando domesticar o PSOL com manobras que visam impedir a construção de um verdadeiro pólo alternativo. Neste sentido concordamos plenamente com a formulação da resolução política nacional do último Diretório Nacional que afirma: "Essa alternativa, portanto, se constrói como oposição de esquerda programática aos projetos de retorno de Lula e sua estratégia de reciclar o projeto do PT, visando domesticar os setores combativos, tentando impedir o surgimento de uma verdadeira alternativa de luta consequente".



No Rio de Janeiro, o PT passou 8 anos compondo o governo do Sérgio Cabral, do qual fomos oposição intransigente junto com os movimentos sociais. Inclusive, o PT cogita voltar a compor o governo do pemdebista Fernando Pezão. Na cidade do Rio de Janeiro o PT foi mais além ainda, tendo a vice-prefeitura e sendo base de apoio ao governo do Prefeito Eduardo Paes.



Nós da CST/PSOL defendemos a necessidade que o PSOL siga nas ruas propondo a mais ampla unidade para derrotar os ajustes do governo Dilma (PT/PMDB), dos governadores e da velha direita tucana e neste sentido faremos todos os esforços militantes para construir o dia de paralisação nacional do dia 29 de maio e apoiar as lutas e greves em curso, como a das universidades. E neste caminho ir construindo um pólo de esquerda alternativo, de luta e classista, junto aos partidos de esquerda que não são parte do governo e junto aos movimentos sociais independentes.



Rio de Janeiro, 22 de maio de 2015



Corrente Socialista dos Trabalhadores - CST-RJ/PSOL
Data de Publicação: 22/05/2015 16:57:03

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