Greve unificada dos servidores públicos para barrar o ajuste de Dilma/Levy
O governo Dilma (PT/PMDB) junto com os governadores e prefeitos vem aplicando um duro ajuste econômico contra a classe trabalhadora e o povo. Ajuste este baseado na retirada de direitos históricos com objetivo de fazer caixa para garantir os lucros dos patrões, dos banqueiros e dos políticos. Pois os capitalistas querem aumentar sua taxa de lucro ampliando de forma escandalosa a exploração dos trabalhadores e dos povos. E fazem isso não reajustando os salários, desmontando o serviço público e precarizando o trabalho via o PL 4330 da terceirização votado pelo congresso nacional corrupto.
A proposta apresentada pelo governo de reajuste salarial em 4 anos para o funcionalismo público federal é uma vergonha! começa com 5,5% em 2016 e termina com 4,75% em 2019. Proposta que não repõe sequer a inflação e ainda tenta amarrar os servidores por 4 anos, para que não façam novas lutas. Acordo este que vem sendo rechaçado na base do funcionalismo, nas assembleias de base da Fasubra, do Andes, do Judiciário federal e na base da Condsef.
Todos sabemos que tem dinheiro. Afinal se paga 3 bilhões por dia aos banqueiros, através de juros e amortizações da dívida, sendo que Dilma não quer investir no serviço público. Por isso não há outra saída. A única forma de arrancar um reajuste salarial e a pauta do funcionalismo é uma greve unificada de todos os servidores públicos federais.
Construir um calendário de Luta Unificado dos SPF’s
A experiência de 2014 com várias greves isoladas dos SPF’s, sem nenhuma conquista, tem que ser superada. Andes e a Fasubra já estão em greve. No caso dos docentes das universidades há uma dura luta em curso contra os setores governistas e vinculados aos projetos e as reitorias que querem impedir uma greve nacional nas federais. O judiciário federal está numa greve radicalizada. O Sinasefe e a Fenasps entram em greve nas próximas semanas. A plenária da Condsef votou entrar em greve a partir do dia 22/07, apesar das manobras da direção governista (CUT) que segurou a greve até agora. Mais do que nunca devemos unir forças e construir uma greve unificada de todo o funcionalimo. O primeiro passo para essa unificação está sendo o Seminário Nacional da Educação Federal chamado pelo Andes, Fasubra, Sinasefe, Anel e Oposição de Esquerda UNE. A partir desta atividade é necessário procurar as demais entidades dos SPF’s para construir um calendário unitário de todo o funcionalismo, com atividades e atos de rua, centrando fogo na denúncia do ajuste da Dilma, que já cortou 9,5 bilhões só da educação. Isso explica a brutal crise da educação pública, em especial das universidades públicas que estão a beira de fechar as portas.
Não podemos aceitar que o governo Dilma destine 47% do orçamento publico federal para os banqueiros e não atenda as reivindicações dos servidores. Pois não há como acabar com a fome, o desemprego, a redução salarial nem as privatizações se continuarmos a pagar a dívida pública!
No RJ o Comando Estadual unificado votou um ato de rua no dia 16/07, a Condsef votou novos atos dia 22/07, temos que unificar esses calendários e ir para as ruas no país inteiro.
Temos que exigir da direção da CUT e da CTB que rompam com o governo e dêem seguimento ao que foi dia 29/05 construindo uma greve geral no país para derrotar o ajuste fiscal. As centrais devem realizar ações de solidariedade a greve do funcionalismo.
Os companheiros da Intersindical, da Conlutas, ANEL, Oposição de Esquerda da UNE e do MTST, bem como os partidos de esquerda tem que se colocar a disposição da greve dos servidores e tem a obrigação de encabeçar o chamado a lutar contra os planos de austeridades que vem sendo aplicado pelo PT, PSDB e PMDB e demais partidos da ordem. Assim construiremos um pólo alternativo de esquerda, sem ficarmos reféns do governo e do congresso conservador.
Dinheiro para a educação e não para a corrupção!
Fora todos os corruptos!
Nossa greve também deve debater a crise política do país, pois bilhões que são saqueados para a corrupção saem dos serviços públicos. A crise provocada pela operação Lava Jato, com os depoimentos dos presidentes das empreiteiras, mostra a rede de corrupção que envolve os principais partidos, como PT, PSDB, PMDB, etc... que receberam dinheiro ilícito da Odebrecht, Camargo Corrêa, UTC, etc, na forma de “doação” para financiarem as campanhas eleitorais desses partidos. Em 2014 somente a campanha da Dilma recebeu 7,5 milhões. O medo é tanto que até o petista José Dirceu entrou na justiça com habeas corpus preventivo para não ser preso novamente, coisa que Lula já tinha feito há algumas semanas. Enquanto isso os canteiros de obras estão paralisados e milhares de operários estão sendo demitidos, como vimos na crise com o Comperj e o recente fechamento de estaleiros que causou milhares de demissões, como os 1500 operários do estaleiro Mauá no RJ.
Toda essa situação só mostra a podridão do regime político, baseado no poder econômico dos ricos e poderosos, no agronegócio predador, nos banqueiros, nas multinacionais, nas empreiteiras e nos políticos servis aos interesses destes capitalistas, como Lula, Dilma, o PT, o PCdoB, e a antiga direita, Aécio, PSDB e DEM.
A CST/PSOL defende a mais profunda investigação e punição para todos os corruptos e corruptores, o confisco e a devolução de todo o dinheiro roubado dos cofres públicos que pertencem ao povo brasileiro, que este dinheiro seja revertido para as áreas sociais.
- Por uma Greve Geral dos servidores
- Dinheiro para a educação pública e para o reajuste salarial dos SPF’s e não para os banqueiros!
- Suspensão e auditoria do pagamento da dívida pública!
- Cadeia e confisco dos bens dos políticos e empreiteiros envolvidos na corrupção do Lava Jato.