Os petroleiros estão realizando uma forte greve nacional. Uma paralisação que atinge a produção de petróleo e gás no país com mais de 11 Refinarias e quase 60 plataformas totalmente paralisadas. Um exemplo do que devemos fazer para barrar o ajuste fiscal e a corrupção do governo Dilma e de seus agentes, como Bendini. A greve reflete o sentimento contra a privatização, os cortes de investimentos na Petrobras, contra a retirada de direitos, por reajuste salarial e contra a precarização do trabalho e a corrupção. O governo Dilma e a direção da Empresa se negam a negociar com os grevistas e respondem com repressão e truculência, militarização e judicialização do conflito. Uma atitude que deve ser repudiada pelo movimento sindical, entidades estudantis, populares e pelos parlamentares e partidos de esquerda.

A Petrobras serviu de curral para PT e PSDB se beneficiarem através dos esquemas de corrupção. A crise da Lava Jato sintetiza como isso acontecia, onde a empresa servia de moeda de troca para o governo Dilma garantir a “governabilidade”. A crise que Eduardo Cunha e os partidos como PT, PMDB e PP enfrentam, em parte, tem a ver, com a participação nos esquemas de propina nas licitações da Petrobras.


A crise econômica aprofunda a crise na Empresa


A crise econômica se personifica na Petrobras através das demissões e fechamento de postos de trabalhos, o que vem ocasionando crise também em estados e municípios, sendo o Comperj uma expressão dessa situação. Somente no primeiro semestre de 2015 foram cerca de 30 mil demissões no setor de petróleo e gás e a política de ajuste do governo Dilma é aplicar um plano que vai cortar 500 bilhões de investimentos da empresa. Além disso, as condições de trabalho estão cada vez piores e a ausência de uma política de segurança já tirou a vida de 20 trabalhadores somente este ano. A última vítima foi o supervisor de mecânica, Pedro Alexandre Bagatin, 48 anos, que integrava a equipe de contingência da Repar-PR, sofreu um infarto na noite de quinta-feira, 05, dentro da refinaria e faleceu na manhã desta sexta-feira(06).
O ajuste de Dilma e a corrupção do PT, PMDB e PSDB, evidenciadas pela Operação Lava-Jato, provocam um verdadeiro desmonte da Petrobras e faz com que os trabalhadores paguem a conta dessa crise.


Todo apoio à greve dos Petroleiros


É preciso cercar de solidariedade a greve dos petroleiros, participando do calendário de atos e mobilizações da categoria. Nesse sentido é importante continuar realizando reuniões dos movimentos sociais em apoio aos grevistas e novos atos de solidariedade, tentando construir essa convocatória com o máximo de Sindicatos, Centrais, DCE’s, entidades dos sem-teto e partidos de esquerda. Além disso, buscar unidade com outros setores em luta, como os movimentos feministas que estão articulando as manifestações do Fora Cunha ou as greves estaduais como as que ocorrem no DF. É importante que as entidades petroleiras realizem uma forte campanha de solidariedade por meio de cartas abertas para a população, cartazes e adesivos, anúncios, etc. Em nossa opinião também seria importante que as federações, FUP e FNP, tentassem unificar seus calendários e comandos de greve, convocando as demais categorias e a população para fortalecer a luta.


Realizar um apoio efetivo!


É preciso exigir que direção da CUT e da CTB aprovem um dia nacional de luta, realizando paralisações, manifestações em apoio à luta dos petroleiros, preparando as categorias para a greve geral. E caso isso não ocorra, em função do imobilismo e das traições dos governistas, está nas mãos da FNP, da CSP-CONLUTAS, da INTERSINDICAL, dos sindicatos de esquerda como o SEPE, das Oposições de Esquerda e Classistas nos Bancários, Correios e demais categorias a realização de uma efetiva campanha de solidariedade, realizando ações
concretas em cada setor.

Nós da CST-PSOL estamos à disposição dos grevistas para ajudar no que for preciso visando a vitória da greve.