PEZÃO CALOTEIRO, PAGUE O 13o!
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Às vésperas da data limite para pagar o 13o dos servidores estaduais, governador Pezão dá calote e anuncia o parcelamento do 13o. Uma medida absurda que compõe o ajuste fiscal que Dilma, governadores e prefeitos (do PT, PMDB e PSDB) vem implementando contra os trabalhadores e cujo objetivo é beneficiar o sistema financeiro. O Governador Pezão (PMDB) diz que não tem dinheiro para os servidores e transfere para os trabalhadores a responsabilidade por seu pagamento, condicionando o recebimento do 13o em dezembro a fazer uma dívida em seu próprio nome com o banco Bradesco. Essa situação é inadmissível. Pezão mente que não tem dinheiro, pois enquanto não reajusta os salários dos servidores, gasta bilhões dos cofres públicos com isenções fiscais para grandes empresas como Light, Supervia, Ambev, diversas montadoras de automóveis, dentre outras. Este governo já deixou muito claro que sua prioridade é o favorecimento das grandes empresas e empreiteiras que financiam a sua campanha por meio de esquemas corruptos. PMDB prioriza altos gastos em obras superfaturadas das olimpíadas em detrimento dos servidores. Obras para uma megaevento que assim como a Copa da FIFA não serve ao povo, além da corrupção envolvida nesses contratos.

O empréstimo que Pezão quer que os servidores façam com o Bradesco só gerará mais lucros ao banco, que serão pagos pelo estado ou até mesmo pelos próprios servidores, que sem nenhuma confiança neste governo devem rejeitar esse empréstimo.

O calote de Pezão não seria apenas o parcelamento do 13o mas também a alteração da data do pagamento dos salários do 2o para o 7o dia útil de cada mês, quando as contas dos servidores já terão vencido. Uma dura medida que prejudica a renda dos trabalhadores, principalmente em tempos de inflação em alta. Algo inadmissível.

Após o anúncio do calote de Pezão, o deputado Jorge Picciani (PMDB), presidente da ALERJ, enrolou as direções dos sindicatos do funcionalismo estadual, em reuniões e audiências que não deram em nada, confundindo inclusive sobre como seria o empréstimo do 13o. Tudo porque o PMDB do Rio de janeiro precisa amenizar a indignação dos trabalhadores nesse fim de ano, por meio dessa mesa de enrolação, enquanto se dedica a salvar o mandato ilegítimo de Dilma

CHEGA DE PARALISIA E CONFIANÇA EM PICCIANI/PEZAO!
A direções sindicais e de esquerda precisam organizar suas bases e mobilizar contra o calote!

Infelizmente a maioria das direções sindicais e de esquerda do estado estão paralisadas e depositam confiança na enrolação presidida por Picciani. Há uma plenária de servidores que realiza reuniões e manifestações "pra cumprir tabela", mas não organiza de verdade a base e não mobiliza efetivamente as categorias para derrotar Pezão. É Lamentável que o conjunto das entidades do funcionalismo não tenham a compreensão da urgência desta luta, e apostam em mobilizações futuras, com calendário para fevereiro, enquanto o governo diz que nosso próximo salários sairá em 12 de janeiro.

Algo que infelizmente afeta até o SEPE, de quem esperávamos mais. A maior parte das correntes da direção do SEPE (Insurgência, PSTU, CS, AE/PT, US, RZ) errou ao não se preparar para esse previsível ataque. Errou novamente ao apostar nessas supostas negociações e não chamou a categoria a lutar. Chegou a ser absurdo que a informação mentirosa de Picciani tenha sido publicada no site do SEPE. Em sua reunião de emergência, errou também em não votar uma orientação clara para a categoria não aceitar o empréstimo do Bradesco. Sendo lamentável que dirigentes do SEPE apresentassem como saída a luta "em janeiro". Revelando mais uma vez a acomodação dos dirigentes do SEPE.

Propomos uma caminho alternativo: Lutar até derrotar Pezão!

Há varias assembleias e reuniões do SEPE estamos apresentando a necessidade organizar a categoria para enfrentar o ajuste fiscal de DIlma, governadores e prefeitos. O caminho a seguir é o dos servidores do RS que fizeram uma greve unificada de todo o serviço público estadual e barraram o parcelamento de salário de Sartori (PMDB), o dos trabalhadores da educação do Paraná que fizeram uma forte greve derrotando os ataques de Richa (PSDB) e também mobilizar a comunidade escolar: responsáveis e alunos, que em São Paulo, de forma exemplar, ocuparam as escolas e derrotaram Alckmin (PSDB).

Estamos construindo os calendários de luta encaminhados nessas reuniões. Porém temos divergência com a condução desse processo e ausência de uma luta efetiva. Por isso, na plenária unificada de servidores, propusemos uma assembleia unificada do funcionalismo para organizar a greve dos servidores. Precisamos de uma greve unificada de todos os servidores estaduais, para enfrentar o parcelamento do 13o, pela manutenção da data do pagamento e contra o desmonte dos serviços públicos. Algo que precisa ser construído agora. As categorias que estão de recesso como os educadores podem ser articuladas por meio de assembleias especificas e bem mobilizadas (com anúncios na TV, rádio e outdoor nas ruas) e convocatórias massivas para os atos, o que não foi feito até agora. As categorias da segurança poderiam organizar paralisações neste fim de ano e as demais categorias poderiam reforçar essa luta por meio de manifestações unificadas.

- Pagamento integral do 13o!
- Manutenção do pagamento no 2 dia útil!
- Fim das isenções e benefícios fiscais para os empresários! Fim do pagamento da divida que só beneficia os sistema financeiro! Calote nos empresários não nos trabalhadores!
- Dinheiro pro 13 e serviços públicos, não pra Olimpíadas! Cancelar as obras e investir em educação, segurança e saúde!
-Construir uma assembleia de todos os servidores para construir greve e fortes imobilizações unificadas do serviço público estadual
Data de Publicação: 20/12/2015 22:43:53

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