29/11: OCUPAR BRASÍLIA CONTRA A PEC 55! FORA TEMER!

Derrotar o pacto de ajuste fiscal fechado com os Governadores! Nenhuma anistia aos corruptos!

 Dia 25/11 os trabalhadores, os estudantes e as mulheres estiveram novamente nas ruas protestando contra a PEC 55 e demais ataques do governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB/PSDB). À frente dessa luta estão as greves da educação (FASUBRA, SINASEFE, ANDES) e as ocupações estudantis, setor que se prepara para realizar uma marcha nacional no dia 29/11, ocupando Brasília. Em inúmeros estados as manifestações se conectam com protestos que enfrentam a austeridade dos governadores. No caso do RJ os trabalhadores protagonizam uma rebelião contra Pezão, prometendo uma greve geral estadual a partir de 7/12.

 Barrar o arrocho, os ataques à educação e a contrarreforma da previdência!

Para tentar responder as lutas, Michel Temer selou um pacto de ajuste fiscal com os governadores, na presença do presidente da Câmara e do Senado. Um pacto que prevê uma contrarreforma da previdência, arrocho salarial e o desmonte dos serviços públicos nos estados. Um ajuste a serviço dos grandes empresários que financiam as campanhas eleitorais. Os governadores do PT e do PCdoB estiveram nessa reunião, colaboram com os ataques que o PMDB e PSDB executam contra o povo. Somos contra esse pacto. Existe dinheiro para resolver os problemas sociais sem despejar a crise nas costas dos trabalhadores e da juventude. Uma medida central é suspender o pagamento da dívida interna e externa, mecanismo que drena metade do orçamento para os banqueiros. Com isso teríamos recursos para as áreas sociais.

 Chega de corrupção! Abaixo a anistia aos crimes de caixa 2!

Esse governo e esse congresso corrupto não tem legitimidade para governar o país. Menos ainda ao tentar anistiar seus próprios crimes, como o caixa 2 e demais esquemas de financiamento eleitoral. Ou utilizar o cargo em benefício pessoal, a exemplo de Geddel Vieira e Michel Temer. A luta contra o ajuste fiscal também é contra a corrupção. Defendemos o Fora Temer e todos os corruptos! Abertura do sigilo bancário, fiscal e telefônico dos deputados que defendem a anistia do caixa 2! Expropriação dos bens e prisão dos políticos e empreiteiros mafiosos! As lutas e os escândalos de corrupção derrubaram o sexto ministro de Temer, um governo fraco que pode ser derrotado pelos trabalhadores, o povo e a juventude.

 Chega de enrolação e dispersão: exigimos da CUT, MST e UNE uma greve geral!

Há uma gigantesca disposição de luta e de radicalização das bases, desaproveitada em pequenas manifestações isoladas ou diversos calendários. Sem dúvida a unificação das lutas derrubaria não só Ministros, poderíamos barrar o pacote de ajuste e colocar pra fora da presidência o próprio Michel Temer. Infelizmente, as direções da CUT, MST e UNE (PT, Consulta Popular e PCdoB) passaram o ano todo falando de “greve geral”, mas até agora nada. Essas direções desmontaram a greve bancária e isolaram as greves da educação do RJ e de SP. O que se explica pela estratégia de desgastar Temer até 2018 e candidatar Lula numa frente “progressista”. Eles estão comprometidos com o ajuste já que o novo regime fiscal e as contrarreformas de Temer foram apresentadas por Lula e Dilma. A presença dos governadores do PT e do PCdoB no pacto nacional pelo ajuste mostra que não podemos confiar nessas direções. Devemos confiar em nossas próprias forças e exigir uma luta efetiva com dias de luta unitários e coordenados. Além de exigir que eles marquem a data da “greve geral”.

 Unificar os dias de luta, coordenar as greves e ocupações e continuar a luta após a marcha!

Temos que seguir o exemplo da assembleia de greve da UFF que votou a seguinte resolução: “Propor ao Comando Nacional de Greve da FASUBRA uma plenária ou reunião nacional com ANDES-SN, SINASEFE, Ocupações estudantis e Centrais Sindicais para encaminhar a continuidade da luta nas semanas posteriores a marcha e construção de uma greve geral no dia da votação da PEC no segundo turno”. Acreditamos que essa proposta ou outras semelhantes poderiam ser encaminhadas pelo PSOL, MTST e CSP-CONLUTAS juntamente com a esquerda anticapitalista (PCB, PSTU, MAIS, NOS, UP, etc.) com movimentos sociais (Intersindicais; sindicatos como o SEPE, oposições) a esquerda da UNE e ANEL, visando a construção de polo classista em meio as mobilizações. Há um vazio imenso pois não existem entidades realmente representativas que ajudem a coordenar as lutas. Só a unidade do conjunto das organizações de esquerda e a atuação unificada dos setores combativos e classistas pode preencher esse espaço.

26/11/16, Corrente Socialista dos Trabalhadores – PSOL

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