Lançamento do Livro “PALESTINA: História de uma Colonização” reuniu diversas organizações em apoio a causa palestina!

Se reuniram na noite de dia 23 de março no IFCS-UFRJ, inúmeros militantes e organizações de esquerda para prestigiar o lançamento do Livro PALESTINA: História de uma Colonização, editado por Combate Socialista. Esse livro que foi lançado em 1973 pela Revista de América do PST (Partido Socialista dos Trabalhadores da Argentina) escrito por Roberto Fanjul e Gabriel Zadunaisky. O livro também tem uma  contribuição de Waldo Mermelstein e uma entrevista com Omar Barghouti, mostrando uma atualidade impressionante sobre o tema.

Na mesa do lançamento estavam presentes os companheiros Cid Benjamin (Jornalista e Editor Chefe da Revista Socialismo e Liberdade), Silvia Santos (Fundadora do PSOL e ex – membro de sua Executiva Nacional), Soraya Misleh – Jornalista Palestina-brasileira, integrante da Frente em Defesa do povo Palestino, o jovem ativista judeu Shajar Goldwaser, membro da Rede Global de Ativistas Judeus e Waldo Mermelstein – Militante da Causa Palestina e militante do MAIS (Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista). Veja as fotos (https://www.facebook.com/cstpsol/posts/1450883044954764).

Uma mesa muito qualificada, que pôde a partir de diversos pontos de vista, debater a atual situação em que vivem os palestinos que há quase 70 anos enfrentam a limpeza étnica perpetrada pelo estado de Israel. Também foi bastante ressaltado o papel do BDS (Boicote, Desenvolvimento e Sanções), como uma importante ferramenta usado por ativistas e intelectuais para desmascarar a política de Israel.

A companheira Silvia Santos abriu a atividade afirmando que é um princípio da esquerda socialista ser contra todo tipo de opressão e que era incompatível ser socialista com defender o Estado racista e opressor de Israel. Cid Benjamin destacou a importância do Boicote contra Israel, boicote que foi fundamental para derrotar o apartheid na África do Sul. O jovem Shajar centrou sua intervenção na militância dos judeus que, como ele,  questionam a opressão ao povo da palestina e sua convicção da necessidade de acabar com o sionismo. A companheira Soraya destacou a importância do livro apresentado; falou da impossibilidade de “humanizar” o sionismo e da necessidade de derrota-lo. E Waldo deu uma grande importância ao livro pois “significou minha ruptura teórica com o sionismo”, destacando que cada vez mais cai a máscara do Estado sionista de Israel, ao ponto de ser um pária, por ser um estado colonialista e excludente. Assista todas as intervenções (https://www.facebook.com/cstpsol/videos/1450119521697783/).

Cabe destacar a presença no evento de diversas categorias, como professores, garis, trabalhadores dos Correios, servidores das universidades, estudantes e de importantes organizações de esquerda, que fizeram saudação, como o MÊS (Movimento de Esquerda Socialista – PSOL), Insurgência – PSOL, NOS (Nova Organização Socialista), APS (Ação Popular Socialista – PSOL), Comunismo e Liberdade – PSOL, Unidade Classista- PCB, PSTU, e a presença do Comitê da Palestina do Rio de Janeiro. Algumas organizações que não puderam estar presentes, enviaram notas de apoio como a Esquerda Marxista e LSR (Luta, Socialismo e Revolução – PSOL). Ao longo da atividade foi lida as saudações de diversos companheiros, como Milton Temer (Fundador do PSOL), Juliano Medeiros (Presidente da Fundação Lauro Campos) e do ativista palestino que atualmente mora em Barcelona Samah Jamal. Esta rede de apoio e solidariedade de organizações de diversas origens mostra a unidade da esquerda em defesa da Palestina. Sobretudo num momento onde as organizações vêm sendo atacadas pelo sionismo.

Esta atividade exitosa de lançamento do livro, mostrou a necessidade de educar as novas gerações da esquerda socialista na defesa do povo palestino e mostra que não estamos sós, ao contrário no mundo inteiro milhões repudiam o genocídio que Israel faz com o povo palestino.

No mundo inteiro setores da intelectualidade e do mundo artístico fizeram pronunciamentos contrários a política de Israel, a exemplo de Eduardo Galeano, de Noam Chomsky, Rogers Waters do Pink Floyd que faz a comparação do Estado racista de Israel com o Estado do apartheid na África do Sul, de Judith Butler, judia e feminista -conhecida pelos seus trabalhos sobre –  e do dramaturgo Harold Pinter que junto a 100 intelectuais judeus fez uma carta aberta no 60º aniversário da ocupação sionista da palestina repudiando ocupação e os massacres.

No final da atividade, as organizações presentes se comprometeram em organizar uma nova atividade no Rio de Janeiro no mês de abril, como parte do chamado internacional da Semana mundial contra o Apartheid de Israel, que ocorrerá no final do mês de março até 10 de abril.

Corrente Socialistas dos Trabalhadores – CST/PSOL (24/03/2017)

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ABAIXO CONFIRA AS SAUDAÇÕES ENVIADAS AO EVENTO:

CARTA DE MILTON TEMER

Camaradas, por razões de ordem pessoal, não poderei estar presente ao debate de hoje.

Mas quero louvar essa oportuna e corajosa iniciativa de um ato de solidariedade pública com o povo palestino.

E digo corajosa por conta da violenta campanha do lobby sionista, não só em seus tentáculos nos meios conservadores e da direita reacionária, como também, e lamentavelmente, em segmentos ditos da esquerda, incapazes de compreender a importância do combate aos sucessivos governos de Israel, e de sua política expansionista e opressiva no Oriente Médio.

Registrem e contem com a minha mais fraterna solidariedade,

Milton Temer (Jornlaista e Fundador do PSOL)

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JULIANO MEDEIROS

PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO LAURO CAMPOS

Companheiros e companheiras,

Parabenizo os organizadores deste ato pela importante iniciativa. E me dirijo a vocês para reafirmar a necessidade de fortalecer a solidariedade à causa palestina. O Partido Socialismo e Liberdade tem sido um importante instrumento em defesa da justiça social e do socialismo no Brasil. Mas também está à serviço da autodeterminação dos povos e da liberdade em todo o mundo. Do Saara Ocidental ao Curdistão, da Catalunha à Escócia, da Guiana Francesa à Irlanda do Norte, sempre estivemos ao lado daqueles que lutam contra a opressão imperialista.

Em especial a luta pela libertação palestina, a mais importante trincheira contra o imperialismo no Oriente Médio, sempre contou com o PSOL. Mas os desafios hoje se mostram ainda mais complexos. O sionismo ampliou sua influência mundial e o imperialismo estadunidense conta, na função de chefe do maior exército do planeta, com um indivíduo absolutamente imprevisível. Internamente, a divisão e a capitulação de importantes forças no front palestino, também trouxeram dificuldades à causa da libertação.

Por essa razão, é hora de reafirmar nosso compromisso inarredável com a causa palestina. No ano em que se completam 50 anos da ocupação da faixa de Gaza pelo Estado de Israel, o PSOL deve cerrar fileiras contra quaisquer atos de agressão oriundos do governo israelense, defendendo a retomada das fronteiras anteriores a 1967 e a devolução dos territórios ocupados ilegalmente.

A Fundação Lauro Campos, órgão de estudos, formação e pesquisas do PSOL, está à disposição para desenvolver e apoiar iniciativas que estejam à serviço deste esforço.

Viva a Palestina Livre!

Juliano Medeiros

Presidente da Fundação Lauro Campos

Brasília, 21 de março de 2017.

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SAUDAÇÃO DE SALAH JAMAL *

Passam os anos. Desde 1948, o ano da Nakba palestina, até nossos dias, a Causa Palestina não para de ganhar a compreensão e adesão em todo mundo, sobre tudo nas massas populares e setores intelectuais. O Estado de Israel já não engana ninguém, como fazia nos anos 50 com suas falsas “comunidades socialistas”, os kibutz, que Noam Chomsky não duvidou em definir como “avançadas do colonialismo”.

Porém, na medida em que a solidariedade mundial aumenta, sobre o terreno, Palestina diminui. Primeiro, o Estado de Israel, desde sua criação sobre o 65% da Palestina histórica, fez todos os esforços para apagar os rasgos palestinos do território. E segundo, depois da ocupação do resto de Palestina, Cisjordânia e Gaza, na guerra de 1967, o Estado sionista não parou de converter esse território, mediante a permanente criação de colônias ilegais, muros, controles militares, etc., num território esquartejado  e desconexo, cercado e residual com a finalidade de impossibilitar a criação de um estado Palestino sobre Cisjordânia e Gaza segundo os acordos de Oslo assinados em 1993 e outros acordos posteriores que foram avalizados com entusiasmo pela comunidade internacional.

Na realidade, Israel, não tinha nenhum interesse nesses acordos, continuava com seus planos originais expansionistas, negando ouvidos aos hipócritas chamados de atenção da comunidade internacional.

O Estado colonialista de Israel, que sempre se apresentou nos foros internacionais como uma vítima, na realidade fez e desfez a sua vontade de maneira unilateral, tudo o que lhe convêm. Não respeita nada nem ninguém nem sequer seus aliados. Infelizmente, na atualidade, tem os ares à seu favor para continuar com sua política; a situação atual, onde a atenção internacional está colocada sobre as guerras civis árabes (Síria, Yemên, Líbia) o Estado de Israel, igual que os regimes árabes déspotas, se apresentam ante o mundo como os protagonistas na luta contra o espantalho do “jihadismo”, criado, alimentado e tele dirigido, justamente por potencias como Israel e os regimes árabes; e para maior desgraça, a divisão fraternal entre palestinos da mais fôlego à nefasta atitude sionista.

O Estado de Israel acredita que pode manter essa situação durante anos, é possível, mas é inegável que a continuação da mesma o haverá de levar, irremediavelmente a um Estado único de Apartheid, contra o qual, temos o dever moral de enfrentarmos com ele, como há anos o fizemos contra o regime racista de África do Sul, já não por motivos políticos, mas por respeito aos direitos humanos dos palestinos que levam anos sofrendo a ocupação militar e o desterro.

*Salah Jamal é ativista e defensor incansável da Causa Palestina.

É autor de numerosos artigos e contribuições.

Em 2014, recebeu o Prêmio “Nijmet Al Quds’, da Academia e a União Geral de escritores e poetas palestinos.

Nasceu em Nablus em 1951 e atualmente reside em Barcelona.

É autor de obras como “Palestina, ocupação e resistência” (2001).

Seguem as saudações que não chegaram a ser lidas

CARTA DA ESQUERDA MARXISTA:

A Esquerda Marxista parabeniza os camaradas por este lançamento e gostaríamos de estar presentes neste importante ato de lançamento do livro, mas as tarefas da militância nos impedem neste momento.

A Esquerda Marxista está incondicionalmente com o povo palestino contra o regime de Israel e a ocupação da Palestina, pelo direito de retorno de todos os refugiados palestinos desde 1948 assim como pelo estabelecimento de um só estado sobre todo o território histórico da Palestina onde possam viver em igualdade e fraternidade todos os que aí vivem. A Esquerda Marxista acredita que a luta por um único Estado laico e democrático em toda a Palestina é de suma importância, de crucial importância para os palestinos mas também para o proletariado de Israel, para os povos árabes e portanto para a humanidade. É nesta batalha que levantaremos as massas exploradas de Israel e o povo palestino oprimido para a revolução socialista, única que pode estabelecer a paz. As mortes no Oriente Médio não tem solução sem o fim do regime da propriedade privada dos meios de produção, que traz a guerra assim como a nuvem traz a tempestade.

CARTA HANNAH DESACATO STEIN DO DESACATO

Boa noite pessoas,

Meu nome é Anna Stein infelizmente  uma das poucas judias anti sionistas q vejo e percebo pelo Brasil. Por favor se existem mais judeus anti sionistas comuniquem se comigo.

Eu acho de extrema importância e apoio incondicionalmente  ativistas q se reúnem para conversar, refletir sobre a questão palestina como é o caso desse evento hoje que infelizmente  não pude comparecer.

Tenho para mim assim como Nurit elhanan peled, mãe q perdeu uma filha num atentado a bomba em 1997 que para nós judias, estou nesse caso me referindo só a mulheres, que as mulheres palestinas são minhas irmãs por mais que pó governo etnocentrico de apartheid israelense me diga o contrário.

Presenciar uma mulher palestina perder seu filho num ato de extrema covardia e intolerância dos “soldados” israelenses me deixa aos prantos apesar de não ser mãe. Ver mulheres palestinas serem assediadas  física  é psicologicamente  por  terroristas israelenses q dizem ser soldados, pq sim eles são terroristas, me deixa sem palavras como judia.

Enfureço -me ao ver q usam  a dor não só da minha família mas tb de tantas famílias de origem cultural/religiosa judaica para seu projeto de aniquilação do povo palestino. Mas os palestinos e palestinas preservaram  e  continuarão em sua luta a favor de eqüidade e justiça.

Não me importo ser chamada de judia q se odeia por outros judeus que se auto dominam guardiões  dos “valores” judaicos. Q valores  São esses? Ocupação,  apartheid, colocar uma população  Na maior prisão a céu aberto  que é Gaza?  Esse não é o judaísmo  Q quero seguir. Meus parentes não morreram em campos  de concentração em Treblinka e Varsóvia para que lunáticos terroristas como Netantahyu, Sharon, Peres e Barak possam usar de suas dores, dos  Meus parentes em benefício de um estado construído a partir de destruição.

Em meu nome não. Prefiro não ser judia a me juntar a essa nata de fascistas  para provar meu judaísmo.

Palestinos, irmãs palestinas vcs não estão só.

Contém comigo.

Anna Stein a judia que se odeia  :-).;

 

 

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