Greve Unificada dos SPF’s para derrotar os ataques de Temer!

O governo comandado por uma quadrilha, foi absolvido pelos deputados corrutos. Cerca de R$ 800 milhões em emendas foram pagas aos parlamentares e outros R$ bilhões foram empenhados para salvar o governo ilegítimo de Temer. Dos deputados que votaram a favor  do arquivamento das denúncias contra Temer, 42% são réus em ações penais ou respondem a inquéritos na Justiça. 

Após a aprovação da reforma trabalhista, Temer aumentou o preço dos combustíveis e pretende avançar na destruição dos Serviços públicos. A MP 729/2017 de Temer, prevê um programa de desligamento voluntário (PDV) para servidores federais, visando atingir 5 mil servidores. A MP prevê ainda redução da jornada de trabalho para 30 ou 20 horas semanais com a redução de salário e, por fim, fala de licença incentivada sem remuneração por até 6 anos (sendo proibido interromper a licença). O PDV é parte do plano de terceirização dos serviços públicos, baseado no velho falso discurso de contenção de gastos. Os governos de FHC, Dilma (com o PLP 257) e agora Temer veem a demissão de servidores como solução para cumprir cegamente o pagamento da dívida pública (interna e externa) aos banqueiros, montante que consome metade do orçamento federal. Inúmeros órgãos, como as universidades estão sem verbas para terminar o ano e Temer anuncia que vai suspender os acordos salariais com os servidores.  A intenção e chegar no nível de demolição que vemos no RJ, onde os servidores estão sobrevivendo com ajuda de cestas básicas.

É preciso enfrentar esses ataques de forma unificada, construindo uma forte greve do conjunto dos servidores federais e coordenando ações unificadas com as campanhas salariais das demais categorias nesse segundo semestre.

Desmonte da greve geral do dia 30/06 foi parte de um acordão!

O primeiro semestre de 2017 entrou para a história do movimento sindical brasileiro como um dos mais combativos dos últimos 30 anos, com greve geral em abril superior a de1989 e uma marcha de 150 mil pessoas em Brasília, onde por pouco não ocupamos o Congresso Nacional. Mas depois esse processo não teve continuidade pela traição da burocracia sindical, que suspendeu a greve geral do dia 30/06 e abandonou o eixo do fora Temer. 

Força Sindical, UGT, CUT e CTB, juntamente com PMDB, PSDB e PT construíram um grande acordão para “estabilizar o país”, manter o calendário eleitoral de 2018 com Temer no poder e Lula como candidato, tentando salvar a pele de todos os corruptos. Não é por outro motivo que na votação do dia 2, não existiu uma jornada nacional de luta e as reuniões unificadas das centrais foram suspensas. No fundo, todas essas centrais têm acordo com as reformas e foram cúmplices na aprovação da Reforma Trabalhista (elas formularam com o governo anterior de Dilma, propostas de reforma da previdência e trabalhista como o PPE do setor metalúrgico). Isso deu folego ao governo ilegítimo de Temer. Ou seja, o discurso do PT contra Temer é só jogo de cena, campanha eleitoral, para favorecer Lula em 2018.

Unificar a campanha salarial numa GREVE UNIFICADA DOS SPF´s

Não podemos aceitar as reformas neoliberais que retiram direitos, o ajuste fiscal contra os Serviços Públicos e o arrocho contra os trabalhadores, muito menos tolerar a corrupção e os corruptos. Nossa tarefa é construir um calendário unificados de luta dos servidores, uma greve de todas as categorias da esfera federal, unificando nossa luta com os demais servidores para superar a traição das burocracias sindicais.

 Ao contrário de demissão ou redução de salário (com a redução da jornada de trabalho), os servidores precisam de melhores condições de trabalho, fim do assédio moral e remuneração digna. Diversos setores de servidores públicos federais já se mobilizam para pôr em marcha a campanha salarial. A Fasubra realizou paralisação no dia 02/08. A Fenasps aprovou em sua última Plenária Nacional, indicativo de greve por tempo indeterminado a partir do dia 16/08. O ANDES está construindo um dia nacional de lutas para 11 de agosto. Alem disso, a traição da cúpula das centrais sindicais dispersou os calendários de outras categorias e nos estados.

https://ssl.gstatic.com/ui/v1/icons/mail/images/cleardot.gifEntendemos que a reunião ampliada do Fonasefe é uma oportunidade para avançarmos na reunificação das lutas. Principalmente com a unificação de um calendário nacional de protestos de rua e a deliberação de uma greve nacional unificada dos SPF, pela nossa campanha salarial e contra os ataques de Temer aos nossos direitos.

Para batalhar por essas propostas, entendemos que é necessário construir uma reunião de todos os sindicatos, federações, oposições, organizações políticas, correntes sindicais que defendem a greve unificada dos servidores. Em nossa visão a CSP-CONLUTAS poderia cumprir esse papel agrupando os que desejam construir desde já um enfrentamento contundente contra Temer e suas reformas neoliberais. Nesse sentido defendemos:

– Greve unificada dos SPF’s para derrotar Temer e suas Reformas! Contra o PDV e a suspensão dos acordos, por reajuste salarial para a categoria!

– Chega traição e trégua! Exigimos que as Centrais sindicais apoiem os calendários dos SPF’s e unifiquem as campanhas salariais do segundo semestre!

– Pela revogação da EC 95/16 (congelamento dos investimentos) e da reforma trabalhista! Verba pra salários e melhores condições de trabalho, não para a dívida externa e interna!

– Não ao acordão! Cadeia e confisco de bens de todos os políticos e empresários corruptos! Expropriação das empresas envolvidas na Lava Jato, como a Odebrecht e JBS!

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