EDITORIAL | Construir a oposição contra Bolsonaro e os governadores | Combate Socialista Digital Nº 07

O Presidente Bolsonaro, o ministro Guedes, o STF e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, estão juntos na aplicação de um duro ajuste fiscal contra a classe trabalhadora. Tentam retirar todos os direitos dos trabalhadores dos Correios e privatizar essa empresa pública. Tentam reduzir o valor do auxilio emergencial, prejudicando os trabalhadores desempregados e precarizados. Bolsonaro publicou uma Portaria que dificulta o abortamento legal, constrangendo ainda mais as meninas e mulheres que forem vítimas de estupro. Tudo isso em meio à pandemia que vitimou mais de 100 mil pessoas nos dados oficiais. Apenas entre trabalhadores dos Correios são mais de 100 trabalhadores, de uma das categorias que está na linha de frente da pandemia, realizando entregas. 

Os trabalhadores dos Correios estão em meio à uma dura e difícil greve. Os trabalhadores dos Correios estão em meio à uma dura e difícil greve. Fechamos esta edição e ainda não há um desfecho para esse movimento em defesa dos direitos e das condições de trabalho, que se enfrenta com o governo da extrema direita. Garantir apoio efetivo nos piquetes, passeatas, carreatas e ocupações e buscar unificar as lutas é a tarefa imediata da oposição à extrema direita, para enfrentar os ataques de Bolsonaro e do general Mourão. É o que estão fazendo os sindicatos classistas e combativos como o SINTUFF e SINTSEP-PA, da CSP-Conlutas.

Bolsonaro governa para o imperialismo 

Ao invés de reduzir o auxílio emergencial dos desempregados ou tentar reduzir direitos dos trabalhadores dos Correios, eles poderiam taxar as fortunas dos milionários e suspender o pagamento da dívida externa e interna. Mas não! A extrema direita quer tirar o couro dos trabalhadores para favorecer o imperialismo dos EUA e suas multinacionais. Um exemplo é a empresa norte-americana Amazon, que é uma das interessadas no desmanche que Bolsonaro pretende fazer com os Correios. 

A extrema-direita é corrupta e criminosa 

A extrema-direita também mostra sua face corrupta com Queiroz e os depósitos não explicados na conta da primeira-dama e toda movimentação bancária de Flavio Bolsonaro. Duas figuras blindadas pela Justiça, sem sofrer nenhuma investigação de verdade. Outra evidência de corrupção na extrema direita é o governador Witzel, afastado do cargo por conta de desvios de recursos da saúde pública. Os ultraconservadores mostraram ainda sua atuação criminosa através de Flordelis (PSD-RJ), uma deputada que deveria ser cassada e presa imediatamente por assassinato e abuso de menores. 

Os governadores progressistas não passaram no teste 

Infelizmente os governadores que se dizem progressistas, como o PCdoB no Maranhão ou o PT no Ceará e na Bahia, não esboçam qualquer reação contra a extrema direita. Ajudaram a votar a reforma da previdência e estão abrindo tudo onde governam. São cúmplices dessa política antipopular de Bolsonaro. Com medidas dessa natureza, atuam de forma similar a governadores da direita, tais como Doria, Helder Barbalho, Zema, Leite, assim como a parlamentares do PSDB, MDB, NOVO, DEM, entre outros partidos, que aplicam e referendam as políticas de Bolsonaro no Congresso Nacional. 

Seguir o exemplo das lutas internacionais 

O caminho que devemos seguir vem das lutas internacionais. Neste exato momento, nos EUA, ocorrem novos protestos em defesa das vidas do povo negro. Novos movimentos que questionam as pautas repressoras e de ajuste fiscal da extrema direita de Trump. Devemos exigir da CUT, CTB, Força Sindical, UGT, que organizem o apoio efetivo à greve dos Correios por meio de ações concretas e unificando as campanhas salariais e lutas. Exigir que a FENTECT, FINDECT, FUP, CONTRAF construam um comando nacional unificado de greve e mobilização e comandos estaduais através de seus sindicatos. Que a UNE e UBES, juntamente com ANPG, FONASEFE e CNTE unifiquem as lutas da educação. Que o movimento de mulheres, negros e LGBTs atuem de forma coordenada. 

Por um plano econômico alternativo 

Necessitamos unificar as lutas contra o ajuste e o genocídio de Bolsonaro e dos governadores para impor medidas econômicas e sociais emergenciais em defesa do emprego, da vida, do salário e da renda. São as propostas que levantamos na greve dos Correios com a CSP-Conlutas, na luta contra a reabertura das escolas, na batalha da juventude indignada contra o ensino remoto, junto ao bloco radical do PSOL.

Defendemos que o PSOL, PCB, UP, PCO, PSTU realizem uma reunião nacional unificada para organizar o apoio às lutas, contra a reabertura das escolas, contra a corrupção, além do atendimento das reivindicações dos trabalhadores dos Correios, das mulheres, da juventude, no caminho de construir uma Frente de Esquerda Socialista como alternativa política de classe, que apresente um programa econômico e social emergencial que inclua a taxação das grandes fortunas e o não pagamento da dívida para garantir verbas para o SUS e renda básica emergencial sem redução de direitos em 2021.


O Combate Socialista agora está em formato digital. Veja os temas da atual edição:


COMBATE SOCIALISTA
Jornal Digital – Nº 07
Agosto/2020 em Formato Especial
(próprio para leitura em smartphones)

Sumário

Editorial | Construir a oposição a Bolsonaro nas lutas e nas greves | pág. 2

Jornada Internacionalista no Brasil | pág. 2

Combater Bolsonaro e os governadores! | pág. 3

Fortalecer a greve dos Correios e unificar as campanhas salariais | pág. 4

As direções sindicais estão na contramão da luta e querem desmontar o movimento | pág. 5

Plenária Nacional de Luta contra o Ensino Remoto aprova dia de lutas para 14 de setembro | pág. 6

Um programa alternativo para a educação pública superior! | pág. 7

Seguir as mobilizações em defesa do direito ao aborto e das crianças! | pág. 8

Escolas fechadas, vidas preservadas | pág. 9

Mais um caso de violência racista da polícia volta a incendiar as ruas dos Estados Unidos | pág. 10

A violência racista da polícia não dá trégua nem durante a pandemia | pág. 10

Visibilidade lésbica: queremos viver e amar quem quisermos | pág. 11

Bancários: organizar a greve contra a retirada de direitos e as propostas de privatização da Caixa e do BB | pág. 12

Fora Witzel, Claudio Castro e demais corruptos! | pág. 13

Peru: Por que e como participamos da Frente Ampla? | pág. 14

Há 80 anos do assassinato de Trotsky, reivindicamos seu legado e sua trajetória | pág. 15

Trotsky e a política revolucionária para os sindicatos | pág. 16


Assine o Jornal Combate Socialista + Revista Correspondência Internacional

PACOTE | 5 edições do Jornal Combate Socialista em formato digital + a nova edição da Revista Correspondência Internacional no valor único de 15 reais. Você também pode colaborar com um jornal socialista, antifascista e antirracista fazendo uma assinatura solidária no valor de 20 reais. Participe das nossas reuniões e ajude a construir uma organização revolucionária.


 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *