Por UIT-CI Imprensa

28/11/2022. Desde sábado, 26 de novembro, protestos eclodiram em diferentes cidades e campi universitários em toda a China. Milhares de pessoas foram às ruas furiosas contra a política de “Covid zero” e de confinamentos obrigatórios em massa do governo.

Os moradores de Xangai, a cidade mais populosa da China, juntaram-se aos protestos no domingo, dia 27, exigindo o fim do confinamento obrigatório nas casas. Eles gritavam slogans como “Queremos liberdade” ou “Desbloqueiem toda a China”. Outros grupos gritavam indignados “Renuncia Xi Jinping” e “Renuncia Partido Comunista” (dados Euronews).

O gatilho foi um incêndio mortal em uma residência na capital regional de Urumqi, onde mais de 10 pessoas morreram e dezenas ficaram gravemente feridas. Foi denunciado que as autoridades locais impediram que as pessoas que estavam no prédio saíssem rapidamente “para não quebrar as regras de confinamento, apesar da intensidade das chamas” (Clarín. Argentina, 27/11/2022).

As manifestações de protesto se espalharam para universidades em Pequim, Xian e Nanquim. Vídeos mostraram uma multidão de estudantes da Universidade Tsinghua de Pequim segurando uma faixa com os dizeres: “Democracia, estado de direito, liberdade de expressão”. Alguns cantavam o hino nacional e a Internacional.

Dias antes houve um grande protesto de trabalhadores da multinacional Foxconn por salários e contra o confinamento. Centenas de trabalhadores da fábrica foram registrados na manifestação e confrontando a tropa de choque.

Os extremos confinamentos fazem parte da política repressiva da ditadura capitalista do Partido Comunista da China (PCCh). Nós, da UIT-CI, apoiamos os protestos operários, estudantis e populares contra a ditadura de Xi Jinping e do PCCh. Apelamos a mais ampla solidariedade internacional em apoio à luta popular contra os confinamentos obrigatórios e repressivos, pelo direito à liberdade de expressão, pelo direito à greve e à organização. Abaixo a ditadura de Xi Jinping e do PCCh!